Contos do Eremita: os opostos andam lado a lado
Mais uma história... alguns humanos realmente são fascinados em histórias fantasiosas... o que por sinal, é bastante peculiar.
Essa história fala sobre um guerreiro de um reino medieval. Sim, aqueles guerreiros de armadura... que matavam dragões. Ele não era um destaque em seu reino, não era o mais forte ou mais ágil, ou mais astuto, ou mais nada. Porém algo interessante aconteceu com ele. Algo que provavelmente ficou bem guardado, por ser teoricamente difícil de acreditar. Estava em um caçada, e acabou perdendo-se em uma floresta antiga e escura. Um pouco idiota, se me permitem dizer. Anda, anda, anda, anda...pensa em desistir de andar...finalmente se rende. E como algumas outras histórias, em meio ao caos vem o renascimento. Um ponto de luz começa a brilhar de forma misteriosa a sua frente. Era minúsculo, mas possuía uma luz forte o suficiente para iluminar o lugar. Mas o cavaleiro rendido não quer saber de pontos de luz, sejam eles vagalumes ou luzes sagradas, e estapeia o pontinho, que vai ao chão.
- Que recepção é esta que tu me fazes? Essa é a forma que me recebes? - esbraveja o pontinho de luz com uma voz fina, que ao mesmo tempo demonstra força.
- E que demônio és tu? Viestes levar minha alma mais cedo do que o esperado.
- Fui estapeado e confundido com um demônio. Sei que não és o mais forte, mas parece ser o mais idiota. eu sou uma pequena fada espiritual. E por puro capricho resolvi salvar-te da morte...dessa vez. E me confundes com um demônio, uma ótima retribuição.
- Podes até ser um espírito...mas duvido de que tenhas tanto poder assim... um espírito pequeno como você?
- Pequena é minha estatura, grande é meu poder, os desacreditados mudam apenas em frente ao que podem ver! - A fadinha some, e as árvores ganham vida, e enroscam completamente o cavaleiro, e o mantêm preso até o fim de sua existência. Os opostos sempre andam juntos: as luzes e as trevas, as convenções de bem e mal. Uma pequena fada não causa nenhuma impressão, mas pode ter um enorme poder. Um grande animal pode causar um grande medo, mas será pacífico se não for provocado. Opostos sempre andam juntos, o que basta para uma boa convivência com ambos é saber usá-los.