O descanso do general

A lua resplandecia na noite escura. Corujas e cigarras faziam seu barulho noturno. E o exército inglês se preparava para o ataque.

O general William caminhava tranquilamente pelo acampamento, preparando os soldados para a batalha, verificando armaduras e preparando os cavalos. Tudo devia estar em ordem para que se iniciasse logo a marcha.

Após os preparativos, os soldados se dirigiram à praça de reunião, onde o general discursava firmemente:

- Caros soldados! Saímos de nossa pátria amada e nos dedicamos a invadir território francês por apenas um motivo: a glória da Inglaterra. Daqui a alguns minutos partiremos para uma sangrenta, horrenda e difícil batalha. A vitória não é certa, porém lutaremos brava e persistentemente para a honra de nosso país. Como tradição, pronunciemos agora o Juramento de Guerra - e com a mão no peito começou:

"Por uma pátria amada,

De glórias e conquistas,

Lutaremos agora em sua homenagem,

Seja para viver ou morrer,

Mas nunca desistir.

À nossa amada Inglaterra,

Dedicamos esta batalha."

E partiram. Cavaleiros, arqueiros, espadachins e catapultas. Uma formação alinhada, bem estruturada e equilibrada. Durante as duas longas horas de marcha, o silêncio foi total.

Enfim, chegaram ao destino: Harfleur, uma cidade localizada no norte francês. Defesas bem construídas, muralhas poderosas e torres vigiadoras.

Ao sinal do general, as catapultas lançaram suas pedras. O som de pedra com muralha invadiu o local. O portão foi rapidamente destruído. Desembainhando sua espada e partindo em direção à cidade, William e seus cavaleiros se depararam com o exército francês.

E a batalha começou. Os exímios arqueiros ingleses abatiam inúmeros inimigos. Os cavaleiros franceses eram bastante eficazes contra a infantaria inglesa. A cada homem que feria, William se recordava das palavras contidas no Juramento de Guerra.

"Por uma pátria amada."

E desferiu um golpe.

"De glórias e conquistas."

Decepou um cavaleiro.

"Lutaremos em sua homenagem."

Esfaqueou um arqueiro.

"Seja para viver ou morrer."

Foi cercado por franceses.

"Mas nunca desistir."

Mesmo ferido, continuava lutando bravamente.

"À nossa amada Inglaterra."

Foi derrubado do cavalo por uma flecha.

"Dedicamos esta batalha."

E ali, estirado ao chão, perfurado por flechas e espadas, seus lábios pronunciaram a última frase do Juramento e, contemplando a esplêndida lua, fechou os olhos e descansou em paz.