Três Estrelas e um Pequeno Príncipe
Três Estrelas e um Pequeno Príncipe
Em algum ponto do Universo, não muito distante, havia um planeta onde: Sol e Lua reinavam juntos. Por isso, não havia noite. Quando muito, céu nublado.
No céu deste planeta brilhavam três estrelas; e passeando em seu solo, um pequeno príncipe.
A lua brilhava cumprindo sua trajetória de se apresentar em suas quatro fases. Enquanto o sol, não só iluminava a lua, como recebia o brilho que ela refletia.
E assim, ambos aqueciam o planeta.
Era um planeta muito bonito e harmonioso!
Entretanto, por alguma fraqueza, a lua de repente se fez minguante e não voltou a crescer. O sol usava toda sua energia, porem não conseguia retirar a lua da fase minguante.
O sol chorou!... E chorando, orou.
O Senhor do Universo escutou suas preces. Chamou as três estrelas que brilhavam no céu daquele planeta e ordenou:
- Vocês terão que descer para ajudar a lua a deixar de ser minguante e voltar a iluminar tudo que estiver ao redor.
As três estrelas prontamente concordaram.
E uma após outra, em pequenos intervalos, desceu para sua missão
A primeira estrela era de brilho intenso!... Líder e objetiva enfrentava os problemas de frente. Descomplicava o complicado.
Era quem dava as ordens.
Sentia-se responsável pela missão.
Tomava a iniciativa e sem olhar pra trás, decidia.
Sobre ela pairava uma maior sobrecarga, já que todos sabiam de sua energia e acreditavam em sua força.
Esta é a Estrela que conduz e da segurança.
A segunda estrela tinha uma luz azulada e suave.
Falava pouco, era tímida, extremamente competente e cumpridora dos deveres.
Era a estrela que: serenamente acalentava.
Seguia a luz forte da estrela maior; mais por admiração do que por submissão.
Todavia, com sua luz azulada e passos tranqüilos, iluminava o caminho dos que vinham a seu lado.
Essa é a estrela que acalma e apazigua.
A terceira estrela tinha luz quente, que ia do amarelo cheio de entusiasmo, ao verde; trazendo esperança.
Era uma estrela saltitante e afobada.
Sempre pronta a contestar as normas vigentes, as convenções, e os preconceitos.
Chegava trazendo calor; cuidando da terra, da fauna e da flora.
Para ela tudo estava correto quando se respeitava a origem primária das coisas.
Essa é a estrela que eleva e acredita.
Enquanto isso: O pequeno príncipe, que trazia em si o brilho do sol, alegre corria e brincava.
Em alguns momentos, triste chorava sentindo falta do brilho da lua.
O sol c as estrelas resolveram:
Foram à busca do pequeno príncipe.
Precisavam do seu brilho e da energia de suas lágrimas.
Juntos, caminharam até a lua que estava caída, e unindo forças ergueram-na; enquanto as lagrimas, puras e luminosas, do pequeno príncipe devolvia-lhe o brilho.
O sol, entretanto, consumira tanto energia, que seu brilho e calor enfraqueceram. Agora era ele que trôpego caminhava.
A lua procurou ampará-lo, enquanto ocupava seu lugar.
Para seu espanto, notou que ela também tinha luz própria, embora não tão forte como a do Sol.
As estrelas e o pequeno príncipe, cada um com seus atributos, para manterem o planeta aquecido, ampararam o sol e a lua.
E hoje, Sol e Lua, em uma carruagem enfeitada, passeiam pelo planeta aquecido pela luz das três estrelas.
Luz que é maior do que a do sol, pois são estrelas de maior grandeza.
Enquanto o Pequeno Príncipe, já crescido, de longe se prepara para ser o Sol de seu planeta.
Lisyt
Ps. Dedico este conto a minhas filhas: Ana Claudia, Andréa Luisa, Ana Luisa e ao filho Sergio André.