Welcome to Mistery - Para quem assistiu Alice (Tim Burton)
Se deitou, fechou os olhos e adormeceu como um anjo. Ela caiu, feito Alice, na toca do Coelho. Mas viu que ali não era Wonderland, não havia um Chapeleiro, nem uma Lebre. Beyard? Não, ali também ele não haveria de existir. E se cansou de pensar! Levantou-se, caminhou até a porta, mas ali não era Wonderland e a porta estava aberta. Ainda esperançosa, procurou um “Drink Me” ou um “Eat Me”, mas nada encontrou. Saiu andando, mas ali também não deveria de haver rosas pintadas de vermelho, nem sequer havia um Coelho! Como caíra então, feito Alice, na toca? Mais uma vez ela retrucava seus pensamentos e em voz alta saía dizendo:
- This is not Wonderland.
Acordava de um sonho, mas logo se sentia presa em outro. E acordava mais umas cinco ou seis vezes. Estava em seu quarto.
Alice! - Ela escutava, mas quem e de onde gritava?
Alice! - Ela tapava os ouvidos. E ouvia novamente seu nome estridente, rangendo como uma porta velha, parecia vir de sua mente. Deitou na cama, adormeceu e caiu na toca do Coelho. Mas que coisa chata!
Alice! - Ela mesma berrava, e logo retrucava: This is not Wonderland. Para, não quero mais. Quero acordar, dormir jamais, ficar com os olhos bem abertos, como o Chapeleiro ao ver Alice na hora do chá. Em sua cabeça ela ouvia: Welcome to the tea party. A trilha sonora de Alice, era agora tema de sua vida sem sentido. Hey Alice, aqui não é Wonderland, mas não se preocupe. Escureceu, e em seu próprio sonho ela adormeceu. Acordou.
- Hey Alice.
Chega disso. Voltou num pulo da toca do Coelho. Assustada, sem compreender nada... Her name is Alice. Mas isso não para? Não sou Alice, ela pensava. Fechou os olhos e caiu feito Alice, na toca do Coelho. Olhos grandes e um sorriso de orelha a orelha. Era Chess, o gato. Ele a convidava e dizia: Hey Alice, welcome to mistery.