Tarde triste
descendo pelo corpo tácito desse rio solitário,
uma coruja entristecida pia sem parar.
Ela olha melancólica e saudosa
o cavalo na grama à sua frente, que está a pastar;
lembrando o tempo em que nos campos ao lado,
renasciam a cada primavera, rosas de amor.
E então com os olhos marejados de lágrimas,
em meio a seus devaneios, essa história me contou:
No dia 06 de agosto, de um ano qualquer, numa tarde gostosa de um dia sutil,
uma mãe deu a luz
e um rosa, para esse perverso e desconcertante mundo, floriu.
Mas os anos cruéis sua vida marcaram
com a lâmina mortal , por não ser tão igual, da imcompreensão,
a retalharam.
seus sonhos, seus amores, suas ilusões criadas na inocência dentro dela,
que ninguém viu... até isso lhe roubaram.
Montes e vales de tempo, nasceram e morreram no seu coração:
amor, amizade,e até mesmo saudade .... incontrolável confusão.
Passando a vida inteira querendo deter o tempo,
escondeu-se no seu ideal - e criado por ela-mundo, para recolher seu desapontamento.
e então
Numa redoma de insensibilidade se perdeu, e com ela para sempre desapareceu.
hoje sua memória é só um resquício, vagando no ócio de alguém.
seu nome é autobiografia, para as alusões de quem vive a mesma frustração.
L@grima!