Tarde triste

descendo pelo corpo tácito desse rio solitário,

uma coruja entristecida pia sem parar.

Ela olha melancólica e saudosa

o cavalo na grama à sua frente, que está a pastar;

lembrando o tempo em que nos campos ao lado,

renasciam a cada primavera, rosas de amor.

E então com os olhos marejados de lágrimas,

em meio a seus devaneios, essa história me contou:

No dia 06 de agosto, de um ano qualquer, numa tarde gostosa de um dia sutil,

uma mãe deu a luz

e um rosa, para esse perverso e desconcertante mundo, floriu.

Mas os anos cruéis sua vida marcaram

com a lâmina mortal , por não ser tão igual, da imcompreensão,

a retalharam.

seus sonhos, seus amores, suas ilusões criadas na inocência dentro dela,

que ninguém viu... até isso lhe roubaram.

Montes e vales de tempo, nasceram e morreram no seu coração:

amor, amizade,e até mesmo saudade .... incontrolável confusão.

Passando a vida inteira querendo deter o tempo,

escondeu-se no seu ideal - e criado por ela-mundo, para recolher seu desapontamento.

e então

Numa redoma de insensibilidade se perdeu, e com ela para sempre desapareceu.

hoje sua memória é só um resquício, vagando no ócio de alguém.

seu nome é autobiografia, para as alusões de quem vive a mesma frustração.

L@grima!

lagrima da lua
Enviado por lagrima da lua em 18/04/2010
Reeditado em 01/05/2010
Código do texto: T2205179
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