OS RATINHOS DO CELEIRO
O alerta:
É tão suada e valorosa essa nossa luta do dia a dia
Para conseguir o nosso sagrado e preciso alimento,
E melhor ainda na amizade que a cumplicidade exigia,
Não importando qual fosse nosso comportamento;
Porém, a gula é um perigo, isso eu sempre lhe dizia.
Até fez-me protestar certa vez e de um modo irritado.
Então meu caro amigo guloso, tome muito cuidado!
A estória:
O ratinho magro e o rato gordo do celeiro,
Que somente pensava em dormir e comer
E qualquer trabalho não gostava de fazer,
Ignorava os conselhos do seu companheiro,
E alimentava-se do melhor que podia roubar e ter.
O velho vendo o estrago no estoque, um gato ali botou.
Os dois ficaram com fome, mas o gordo não aguentou...
A glutonice dele era tamanha, que até o amigo intimidou,
Para pegar os grãos, na frente do gato o gordo atravessou.
Mas, o ligeiro gato saiu atrás deles numa só disparada,
O magrinho correu e numa fresta da madeira passou,
porém, o gordinho lá ficou, com a sua barriga entalada.
O gato, da situação se aproveitou e o seu amiguinho papou.
Vendo tal desgraça, o magro lá na mata se embrenhou...
Depois do susto ele exclamou!
"Antes ser um rato magro no mato, do que um rato gordo na barriga de um gato”.
Uma estória pelo meu avô contada,
Na minha rica infância encantada...
Essa é a moral do conto que depois virou um tipo de ditado entre os antigos moradores.