Metamorfose(Capítulo quatro) - Primeira Parte.
A bruxa aprendiz
Já havia amanhecido e Sofia teve uma ótima noite de sono. Ela já sentia que estava pronta para o longo dia de aprendizado. A garota trocou de roupa e desceu a escada bem ansiosa, quando entrou na cozinha e se deparou com Napoleão, seu gato, e sua tia Valeriana.
- Acordou um pouco tarde hoje... Miaau!
- Foi? – Indagou Sofia.
- Querida, não ligue para o que ele diz. – Afirmou à senhorita Bland.
- E aí está pronta?Miaau!
- Digamos que ansiosa.
- Então, tome o seu café, e após siga para o jardim. – Falou a senhorita Bland retirando-se da cozinha.
- Está bem. – Confirmou a menina sentando-se a mesa e comendo rapidamente.
- Calma! Miaaau! – Disse Napoleão espreguiçando-se. – Cuidado para não se engasgar.
Sofia comeu num piscar de olhos, na última colherada Napoleão a olhou, balançou a cabeça negativamente e desceu da mesa para acompanhá-la até o jardim dos fundos da casa.
O jardim era enorme, meticulosamente florido e bonito. Nele havia uma parte coberta em uma estrutura de vidro, um pequeno terraço, composto de uma mesa pequena e quatro cadeiras, onde Valeriana estava esperando Sofia Morgan, pois estava garoando.
- Sente-se querida. – Disse Valeriana arrumando os seus cabelos ondulados vermelho-berrantes.
- Obrigada! – Falou Sofia sentando-se e colocando Napoleão no colo.
- Querida, primeiramente eu gostaria de dar-lhe este livro e dizer que ele será necessário mais adiante, mas por enquanto não precisa se preocupar em abri-lo. – Disse Valeriana entregando o livro a Sofia, que não se continha de tanta alegria. – Agora... Eu gostaria de começar sua aula mostrando a você, a bola de cristal. – Afirmou à senhorita Bland entregando uma pequena e brilhante bola a garota.
- Nossa! Isso é o máximo – Admirou-se observando a bola. – Ela prevê o futuro?Que nem nos filmes?
- Até que seria interessante, mas esse poder só cabe a Deus. A bola de cristal, na verdade lhe guia quando você está perdida. Sugere o caminho ao qual deve seguir de acordo com o que desejar.
- Como se fosse uma bússola?
- Justamente, a única diferença é que a bola de Cristal é mais precisa. Contudo, ela só sugere o caminho, a bola de cristal não lhe mostra o perigo iminente.
- Que legal! – Afirmou a garota observando que a bola de cristal era bem menor que as dos filmes. – Parece uma bola de pingue-pongue feita de cristal. – Disse Sofia entusiasmada. – Só falta uma varinha, não é?
Nesse instante a senhorita Bland e Napoleão, este que até então estava bem comportado, deram uma risada bem gostosa.
- Amiga... Miaau! Nós não usamos varinhas, que dizer... Os bruxos não usam varinhas. Estamos no século XXI, pelo amor de Deus. Francamente! Isso é tremendamente arcaico. Miaau! Todo mundo notaria e diria que somos loucos, iriam querer nos internar...
- Tudo bem! Já entendi. – Disse Sofia rindo.
- Basta se concentrar mentalmente no que quer realizar. No começo é um pouco complicado, contudo sei que com o tempo você conseguirá controlar os seus poderes... Quer tentar? – Perguntou Valeriana.
- Ah... Quero!- Respondeu a garota jubilosa.
- Ótimo! Mas não vale me elevar novamente. Miaau!
- Não se preocupe Napoleão. – Falou Sofia tranqüilizando-o.
- O que você deseja realizar Sofia? – Indagou à senhorita Bland.
- Não sei... – Disse a garota olhando para a mesa, quase maquinalmente, onde havia um copo e uma jarra, esta continha água. – Já sei... – Falou a menina levantando da cadeira exultante deixando o gato cair no chão. – Eu quero passar uma pequena quantidade de água para o copo.
- Boa escolha Sofia. Preste atenção! Eu farei primeiro e depois você tenta. Está bem?
- Sim! – Respondeu a menina balançando a cabeça.
Valeriana concentrou-se e ficou olhando fixamente para a jarra, esta por sua vez, prontamente se elevou no ar. A senhorita Bland olhou para o copo, e mais uma vez se concentrou. Prontamente a jarra de vidro se inclinou delicadamente e encheu o copo com água.
Sofia ficou Atônita e ao mesmo tempo ansiosa para tentar realizar o mesmo feito que sua tia havia acabado de fazer.
Continua...