UMA HISTÓRIA DE MEDO E DE FANTASMAS (PARTE III)
Então Joe iniciou o que seria um longo discurso: - Sabe doutor, eu vejo naquilo que escrevo uma grande oportunidade para um garimpo promissor. Quero dizer, que o meu ouro aqui são as pessoas, e em particular as mulheres. Ao longo desses anos todos venho percebendo que existem mulheres e mulheres, e que grande parte delas, não são todas, elas gostam e desejam homens cafajestes. Mas veja bem, eu estou falando no sentido de homem safado, mulherengo, mas que lhe jurem amor eterno, fidelidade, mesmo que elas saibam que tudo não passa de uma grande mentira. Homens certinhos, retos, parecem não despertar o lado lôbo, de amante visceral delas, porém, se sentem mais seguras ao lado deles. Elas gostam mesmo é de sentirem que são desejadas, que são capazes de despertar tesão, de aventurar-se. Outras são mais comedidas, mas acho que também possuem esses mesmos desejos, velados, lutam contra seus pré-conceitos, e quando se libertam, saia de perto, é uma avalanche, ninguém segura.
O que faço então! Abro o verbo. Falo sobre tudo, dando um ar de verdade, de liberdade, de que sou resoluto em minhas afirmações e que quando eu amo, eu amo com todas as minhas forças e com uma paixão intensa. Isso não falha nunca. As vezes escolho determinados perfis, e invisto nesta pista. É claro que eu tenho um "modus operant" pré-estabelecido. De início me declaro como alguém solitário, isso é fundamental, porque tentar começar um relacionamento com alguém já engajado em outro é meio complicado. Então, falo de toda minha dor por estar só e como eu desejaria ter alguém só pra mim, para eu amar e ser correspondido. Forneço pistas de como seria a mulher ideal. Isto quase sempre dá certo. As pessoas hoje estão muito vulneráveis em se tratando de sentimentos, a vida está muito corrida, quase ninguém tem tempo, Este é o segredo. Dá uma de bom moço, é outra forma de se conseguir aproximar de "minhas vítimas sentimentais". Quando tenho um bom cartel, então é hora das escolhas. Este é um momento muito importante, devido ao fato do processo de empatia gerado por mim e pela pessoa em questão.