HISTÓRIAS DE MEDO E DE FANTASMAS (PARTE II)
          Mas segundo muitas culturas e religiões, a morte não é o final de tudo mas uma passagem, uma espécie de umbral, para o desconhecido até então. Algumas pessoas sofrem intensamente com a perda de um ente querido, muitas não conseguem superar jamais, outras, são capazes de encontrar forças renovadas diante dessa situação tão obscura. Mas não vamos ficar aqui falando de morte, vamos voltar ao nosso amigo Joe. Ele afirmava ter perdido sua esposa querida e sentia-se um viúvo. Mas voltaremos a falar disso depois.
          Após inúmeras sessões de análise, o seguidor dos ensinamentos do Professor Sigmund Freud, sempre atento e recolhendo falas ditadas por Joe, tentava em suas anotações, um elo que as ligassem ao seu inconsciente, buscando a compreensão para o comportamento de seu cliente. Este parece ser o procedimento padrão de tratamento, digamos assim. Entretanto, para uma boa surpresa do doutor Sócrates, esse era o nome do psicanalista que o acompanhava, um dia Joe confessa que gostava muito de escrever. Afirmou que escrevia sobre tudo que estivesse sentindo e que não sentia também, mas que não sonhava em ser escritor.
          Alí estava aberta uma porta para uma boa exploração do mundo de Joe, e o doutor  Sócrates não perderia esta oportunidade que se apresentava diante de seus ouvidos e olhos. Demonstrando um interesse peculiar por seus escritos, o doutor pediu-lhe que falasse sobre essa atividade literária, o que encorajou  de pronto a Joe.
          

 
Ricardo Mascarenhas
Enviado por Ricardo Mascarenhas em 22/01/2010
Reeditado em 19/12/2020
Código do texto: T2045165
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