A sabedoria também salva
Havia um sapo, monge budista sobre uma vitoria régia, tranqüilo, meditativo.
Uma serpente se aproximou, olhou para o pequenino parado ali e logo foi dizendo:
-Corra pequenino ou então devorarei você.
-Cara senhora serpente. Sinto em incomodá-la, mas faço minhas meditações neste local todos os dias. O fato de a senhorita ter aparecido por aqui não vai mudar meu fato de cumprir minhas rotinas. Jamais! Por mais que ameace.
-Não tem medo? Sou venenosa. E se eu te devorar?
-Entendo. Sou seu prato predileto. Se devorar devorou, oras. O que eu poderia fazer se já estivesse dentro da sua barriga? Também não a culpo se tens fome. - disse o sapinho verde muito calmo e centrado ajeitando os trajes de monge.
A serpente sustentou o olhar por um instante, eriçou a língua e logo depois se virou e saiu em partida.
-Não serei seu jantar?
- Não, não...Continue suas meditações...sabe, procurarei outra refeição. Não tenho anti-ácido estomacal – e sorriu.