AS FANTASIAS DE MÔNICA
OS CABELOS EXCESSIVAMENTE LOIROS REFULGIAM SOBRE OS olhares e reascendia o desejo dos machos. Curtos e esvoaçados por uma lufada de vento, ele sequer se deu ao trabalho de alinhá-los. Parecia fazer questão de provocar a libido dos homens. Por outro lado ela tinha medo de ser atacada.
Mônica era excessivamente sensual. Lábios carnudos, olhos redondos e penetrantes ela chamava a atenção no primeiro olhar.
Provocante por natureza, ela foi tocada por um desejo que nem as teorias de Freud conseguiram explicar: queria ser comida por todos os maridos de suas amigas. Enfim, passou a ser dominada uma tara incomum. Queria transar apenas com homens casados.
Primeiro foram os esposos de suas amigas. Em pouco tempo quase todos os homens casados do bairro eram seus amantes. Gostava de ser amada, possuída, dominada, penetrada, chamada de vadia, de puta, de quenga no momento do coito.
Mas cada homem imaginava ser o único amante da loira fogosa, atraente e sensual. Porém em pouco tempo eles descobriram que estavam sendo traídos. A possessividade dos homens não lhes permitiam compreender a lascívia da moça. Ela queria ser a senhora de todos os homens casados. Era a fantasia que lhe proporcionava felicidade e prazer intenso.
Eles decidiram se vingar.
Numa noite a bela Mônica preparava-se para imergir nos prazeres sob os lençóis macios com mais um marido. Ouviu uma tropelia perto da porta. Ela já aguardava o amante do dia. Saiu para ver.
Estavam enfileirados em sua porta todos os seus amantes. Quase trinta maridos iriam fazer amor com ela naquela noite.
A moça ficou apavorada. Tentou expulsar os amantes.
Fizeram com que ela se livrasse do babydoll. Os trinta maridos se revesaram durante toda a noite penetrando as entranhas da garota.
Mônica chegou a manhã do dia seguinte coberta por uma camada de líquido viscoso cinzento. Inerte e com as entranhas arrebentadas, ela jamais se levantaria do leito em gozara de muitos prazeres.
JOEL DE SÁ
30/12/2009.