O POÇO

Na aldeia que morava

Um poço profundo alimentava

Todos que dele se furtava

Levando um balde para casa

A água pura e sagrada

No poço algo mágico transbordava

Quem bebia ou se banhava

Sentia que se imortalizava

Menos eu..nem bebia ou me banhava

Queria saber até onde sem ele eu chegava

Percebi que entre uma estação e outra eu definhava

Um dia de outono ventando estava

Me debrucei para puxar a água que imortalizava

Cai...e senti que me afogava

E afundei como pedra pesada

Em desespero...nem notei que respirava

Alguém esticou-me a mão abençoada

Me retirou já toda molhada

Me joguei ao chão ...e chorava

Do medo da morte que me aguardava

Me virei e um Anjo ao meu lado estava

Pensei!! Ai morri afogada!!

Ele abriu suas enormes asas

Me aquecia e acalentava

Senti que eu nada lamentava

Afinal foi bom não ser imortalizada!

Pois um Anjo me abrigava

Eu olhei para Anjo , ele me fitava

Disse-me....Seque suas asas!

Volte a aldeia que morava

Proteja o poço das pragas !

Serás para sempre eternizada

Das águas primordiais serás a fada !

Cumpra agora sua caminhada

Todas as energias por ti será IMORTALIZADA...

Astarty
Enviado por Astarty em 22/12/2009
Código do texto: T1990178
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