Os Quatro Elementos Parte I

- Eu estava em um rodeio, participava e um prova de laço, tenho meu cavalo é treinado a parar quando o laço entrar na cabeça do garrote, e quando isso aconteceu ele escorregou, parece que foi derrubado e me jogou alguns metros a frente e eu desmaiei e não lembro de mais nada.

- Rafael o que é rodeio e o que e garrote?

- Edros no meu mundo rodeio são competições que acontecem em uma arena, são como a arena do rei onde tem competições, garrote é um animal jovem e que usamos para laçar.

- Jovem seu cavalo começou a soltar as asas.

- Edros quem e aquela mulher da esfera?

- Aquela e a rainha dos quatro elementos ela controla e faz de tudo para que exista equilíbrio.

Kiran abre suas azas e ergue suas patas dianteiras, está pronto para levar Rafael de volta e o jovem se despede de Edros em um forte abraço, mas o cavalo levanta vôo e faz círculos sobre os dois e bate as azas para fortalecer esteve muito tempo sem voar.

- Edros ele vai embora e me deixar?

- Não, só esta se exercitando você agora está mais pesado do que quando veio.

E o cavalo faz um vôo rasante e depois volta e desce perto do jovem e fica esperando.

- Edros tenho que ir, diga a Azekan que não me esquecerei do seu beijo e ela seria a melhor esposa do mundo.

Rafael sobe no cavalo e ele abre suas azas e começa a levantar vôo, ganha pouca altura e faz um circulo sobre Edros e ele grita para Rafael:

- Meu amigo, lembre-se não pode guerrear no seu mundo, mas pode mudar as pessoas falando.

O cavalo toma a direção do castelo e sobrevoa e todos acenam para o jovem, Azekan esta em uma das torres e Rafael pega um corrente que tem no pescoço e deixa cair onde ela esta, kiran começa a bater as azas mais forte e começa a ganhar altura e some lentamente entre as nuvens.

Todos correram onde o jovem estava caído e imediatamente Rafael foi levado ao hospital e entrou em um coma profundo, todos os seus órgãos estavam funcionando, mas ele não acordava do coma. Ficou no hospital por dois dias e sua situação permanecia a mesma, os médicos chamaram seus pais e resolveram montar uma UTI em sua casa seria mais fácil, já que jovem estava em perfeita saúde, e todos os seus órgão estavam funcionando, e assim foi feito.

Já fazia cinco dias que estava em sua casa quando em uma manha sua mãe entra no quarto e o rapaz está com os olhos abertos, ela não sabe o que fazer e o abraça, mas ele só consegue falar e

olhar e pede para sua mãe ouvi-lo:

- Mãe calma eu estou bem, não tenho dor estou ótimo, em um sonho alguém pediu minha ajuda, implora por isso e tenho que ajudar e vou ficar assim mais um tempo, mãe não deixe ninguém me tirar desse quarto ou tentar me acordar, não importa o que aconteça.

Sua mãe com lagrimas nos olhos concorda com o rapaz acariciando seu rosto e seus olhos começam a fechar e volta ao seu estado ve- getativo.

Naquele momento ele se vê em outro mundo, em uma esfera escura com um ponto luminoso muito longe, sem saber o que esta acon- tecendo, fica olhando para esse ponto que começa crescer e chegar mais perto, e à medida que vem chegando tudo vai clareando.

O rapaz assustado tenta se afastar, mas a esfera não e grande e ele encosta-se a uma das paredes,

quando luz esta bem perto ele vê que é uma mulher em um vestido longo e branco que se arrasta pelo chão, ela parece flutuar e aquela luz permanece em sua volta iluminando todo o local.

Ela chega bem perto do rapaz fica a olhar por alguns instantes e co- meça a falar:

- Não se assuste Rafael, esta tudo bem.

- Quem e a senhora?

- Sou alguém que no seu mundo não existe, sei que não vai compre- ender, mas nada acontecera.

- Por que estou aqui?

- Rafael sou eu quem pediu ajuda em seus sonhos, seu corpo e a casa de um guerreiro do meu mundo, ele esta adormecido em você e agora eu preciso acordá-lo.

E ergue sua mão e de seu dedo sai um pequeno pingo em forma de luz, vai de encontro ao jovem e encontra seu rosto, naquele instante o corpo do jovem cai de joelhos, sem que ele queira e ele ergue sua cabeça e olha para aquela mulher iluminada e pergunta:

- O que esta acontecendo comigo?

Ela com sua voz macia explica:

- Rafael quando essa esfera se quebrar você começara a respirar o ar de outro mundo você entrara em um descanso acordando o guerreiro que esta em seu corpo, mas isso e lento, só depois de algum tempo o guerreiro estará forte para assumir todo o corpo, e vocês dividiram o mesmo corpo por onde andar nesse mundo.

A mulher anda para um dos lados da esfera olhando para fora e con- tinua a falar:

- Seu único conhecimento desse mundo e só a fala, Rafael quando chegar a esse mundo procure alguém com o nome de Edros, ele sabe o que fazer a rainha Heresia e seu reino de terror têm que ser des- truído, ele saberá onde encontrar o melhor aço para forjar a espada.

Ela retira do seu manto uma pedra vermelha que brilha com a luz e coloca nas mãos do rapaz, e ergue novamente sua mão e novamente um pingo de luz sai de seu dedo e vai de encontro com a parede da esfera. E na parede uma sombra começa e se mexer querendo se desprender e lentamente começa a sair um cavalo negro alado. Suas azas tomam conta do lugar, Rafael olha aquele enorme cavalo que começa a sapatear na sua frente, não conhece o Rafael, chega er- guer suas patas dianteiras contra ele, e a mulher fala:

- Rafael coloque sua mão no cavalo e saberá que seu dono esta ai com você e ele deixara você montar, ela vira-se e sai andando para o ponto de onde veio.

A cada passo que ela se afasta o piso e as paredes daquela esfera começam a se quebrar, Rafael ainda assustado com a atitude do cavalo que luta contra sua aproximação, ele olha para os lados e já não tem mais espaço para ficar, tenta tocar o cavalo sua única saída, e quando um pedaço do piso que esta debaixo de suas patas se des- prende o cavalo anda em sua direção e Rafael o toca.

Já não tinha muito tempo, monta no cavalo e o resto do piso se des- az deixando eles em pleno ar. O cavalo abre suas azas e começa a voar com um pássaro, passando entre nuvens.

Rafael está agarrado em sua crina com medo, e o cavalo faz rasantes para pegar correntes de ar.

Aos poucos Rafael começa a ver o verde da paisagem, em um enorme vale eles vão pousar, ele desce do cavalo e suas pernas estão tremendo, não consegue ficar de pé e senta-se no chão e fica olhando para todos os lados. O cavalo está inquieto começa a bater sua pata contra o chão e aos poucos fecha suas asas e elas se transformam em uma sela parecendo uma armadura sua enorme crina se transforma em rédeas e ele fica ali perto do Rafael.

Rafael que foi abrigado a montar esse cavalo levanta-se depois de algum tempo sente o cheiro daquele vale enche seu peito de ar puro, e sem saber para onde vai começa a andar.

O cavalo fica parado, por algum tempo de depois sai a galope ate alcançá-lo, com o barulho Rafael começa a olhar para trás o cavalo no galope, sem olhar onde esta pisando e tropeça em um tronco e cai e o cavalo chega quase que em cima dele e fica esperando ele se le- vantar. Rafael olha o enorme animal na sua frente se levanta, começa a bater o pó da sua calça e fala com o cavalo:

- Meu amigo eu não sei nem seu nome, nem para onde vamos não sei nada desse mundo.

E o cavalo começa a sapatear como se quisesse lhe falar, e Rafael toca o animal no pescoço com sua mão e olha de onde vieram e vê cinco lobos com suas presas enormes partindo para o ataque, não tinha tempo para fazer nada, coloca o pé no estribo da sela e sobe no cavalo que sai disparado os lobos não desistem, e o chefe da matilha chega do lado do cavalo para fazer seu ataque final e o cavalo pula um tronco e consegue dar um coice jogando-o no chão, os outros quatro ainda tentam alcançar mas seu líder ficou caído e param a perseguição.

O cavalo ainda mantém seu galope por alguns quilômetros, e Rafael assustado com aqueles animais enormes fica olhando para trás, e lentamente o cavalo diminui sua carreira e começa a andar passo a passo.

Andam sem direção ate chegar a um riacho, Rafael desce do animal e começa a lavar seu rosto o dia esta muito quente, de repente ouve homens gritando se levanta, mas não consegue ver, sobe no cavalo e começa a andar de encontro aqueles gritos, e anda alguns metros e consegue ver. Quatro homens com espadas nas mãos perseguindo alguma coisa que o mato não deixa ver. Ele se aproxima, aqueles ho- mens lutam com uma mulher ela tem uma espada e tem muita habi- lidade.

Fica olhando por instantes aquela luta, mas acha injusta e grita cha- mando a atenção daqueles cavaleiros, eles param e conversam uns com os outros e saem a galope em direção a Rafael.

A mulher se aproveita e pula na garupa do ultimo cavaleiro e com sua espada lhe corta o pescoço ficando com seu cavalo, os outros três não percebem e aceleram os cavalos para chegar ate Rafael e erguem suas espadas para o ataque.

Novamente Rafael coloca seu cavalo para correr, mas aqueles cava- leiros e seus cavalos não têm chance de alcançar o garanhão preto, que parece brincar com sua velocidade, e desistem de persegui-lo.

Rafael começa a andar devagar com seu cavalo, quando vê parada na sua frente aquela mulher com o cavalo que roubou na luta, ele chega perto e a mulher que começa a falar:

- Obrigado jovem cavaleiro, aqueles ladrões queriam minha espada, mas provavelmente depois me matariam.

E o primeiro som conhecido que Rafael escuta naquele mundo e responde:

- Eu só queria ajudar, mas acho que você os mataria primeiro,

- De onde vem cavaleiro?

- Nem eu acredito onde estou e também você não acreditara de onde venho.

- Qual e seu nome?

- Rafael e o seu?

- Azekan, sou das montanhas, mas sempre venho ao castelo negociar na praça.

Envolvido com a conversa e os dois andando com os cavalos e Rafael ainda não percebeu que o seu tênis se transformou em botas de cou- ro com pelos, e ele pergunta admirado:

- Castelo, onde tem castelo por aqui, ate agora eu só vi lobos e pás- saros estranhos e pessoas com espadas.

- Meu jovem cavaleiro você esta nas terras do rei Glaucius, e seu castelo fica a oeste para onde vamos depois de ir para aquelas montanhas passar a noite.

Rafael olha para as montanhas e faz uma pergunta que não devia ter feito.

- Onde fica o reino da rainha Heresia?

Azekan tira sua espada que fica embanhada em suas costas e en- costa no peito de Rafael e fala:

- Você e um espião daquela maldita, por que esta aqui?

Rafael ergue suas mãos sem saber o porquê esta sendo ameaçado:

- Calma, eu não sou espião, me pediram para não ir às terras dessa rainha, calma.

Azekan guarda sua espada e responde ao jovem:

- Heresia já massacrou outros reinos, ela tem um bruxo que a ajuda, e o rei Glaucius já perdeu muitos cavaleiros guerreando com ela, esse reino tem seus dias contados.

- Mas ninguém pode impedir que isso aconteça.

Azekan sorri e acelera seu cavalo deixando o jovem para trás, mais adiante ela elogia o cavalo de Rafael, mostrando interesse no animal.

- Onde trocou ou roubou esse animal Rafael?

- Eu não troquei e nem roubei e de um amigo tenho que devolver quando o encontrar.

Azekan começa a vistoriar os pertences do antigo dono do seu animal e em uma das sacolas que esta pendurada acha algumas castanhas e começa a comer, ela entrega algumas para Rafael, que as coloca na sua boca com receio, aquele gosto que não e conhecido, mas esta com fome e come.

Chega às montanhas onde vão passar a noite, Azekan desarreia seu cavalo e olha que Rafael que não desarreia e pergunta:

- Não vai tirar sua sela?

Sabendo que a sela e parte do cavalo Rafael responde:

- Não ele esta acostumado a ficar assim e não gosta que tirem sua sela.

Rafael senta-se no chão e olha para seus pés e percebe que seu tênis se transformou em botas, com suas mãos a toca de um jeito admirado.

Azekan sai ali por perto e pega alguns gravetos para fazer uma fogueira, chega e os arruma em um lugar no chão e tira de uma pequena sacola que esta presa em seu corpo duas pedras e bate uma na outra tirando faísca e consegue acender a fogueira.

O sol já escondeu e a noite escureceu o local, o jovem Rafael está cansado e deita-se, mas não consegue dormir assusta-se com os uivos dos lobos e Azekan deitada do outro lado da fogueira olha para o jovem inquieto e fala:

- Pode descansar esses animais tem medo do fogo e não incomodarão.

Rafael vira-se do lado e começa a dormir, Azekan espera que o jovem durma e se levanta de onde esta deitada, pega sua espada e sorra- teiramente vai ate o cavalo e o pega pelas rédeas e se afasta, o cavalo não aceita e tenta escapar, mas a habilidade da guerreira o domina e ela o monta.

Azekan começa a andar devagar para fugir, quando ela toca nas virilhas do animal ele começa a correr e depois de alguns metros trava suas patas no chão em uma freada e joga a guerreira de costa no chão, ergue suas patas e relincha e volta onde Rafael o tinha deixado.

Azekan se levanta tenta aprumar seu corpo, mas não consegue sai arrastando uma perna e volta a deitar-se.

No outro dia o sol começa a clarear Rafael levanta-se e começa a olhar a paisagem e seu barulho acorda sua amiga, Azekan levanta-se sela seu cavalo e os dois começam a andar, Rafael olha para o chão e vê a freada do cavalo e olha para a guerreira e começa a questioná-la.

- Você tentou roubar meu cavalo?

Azekan acelera seu cavalo e deixa Rafael para trás, mas o jovem a acompanha e continua a falar:

- Por que queria roubar?

- Eu não queria roubar só queria dar uma volta, mas ele me derrubou.

- Eu não acredito em você, esta comigo só pelo cavalo, aqueles homens você também roubou.

Azekan coloca o cavalo no galope e deixa o jovem para trás, Rafael fica com seu cavalo no passo a passo pensa em mudar de direção e deixar Azekan seguir seu caminho, mas desiste da idéia.

A guerreira que esta mais a frente, vira-se olhando por cima dos seus ombros e fala para o rapaz:

- A melhor maneira de roubar e matando o dono ai não seria roubar seria achar e você ainda esta vivo, então não queria roubar seu cavalo.

Azekan olha para as montanhas e vê uma harpia se jogar em vôo, grita para o jovem:

- Rafael, corre...

E começa a galopar com seu cavalo, Rafael fica olhando para a jovem galopar e continua no passo a passo do seu cavalo, Azekan olha para trás para seu cavalo e ergue sua mão apontando para a montanha, o jovem olha e vê aquela enorme ave em seu vôo que podia ser capaz de erguer um cavalo preso em suas garras, Azekan grita novamente:

- Corre, temos que ir para a floresta.

Rafael coloca seu cavalo para correr, em poucos instantes já esta junto com Azekan e o dois vão em direção a floresta que esta mais ou menos a um quilometro, a grande harpia faz seu mergulho para o aba- te, mas eles conseguem se proteger debaixo de uma arvore que fica a alguns metros da floresta e em seguida continuam a correr ate entrar na floresta.

Azekan desce de seu cavalo e fica olhando por onde deve andar, o jovem fica em cima de seu cavalo olhando para a harpia que sobrevoa as copas das arvores e depois de alguns minutos desce do animal.

Azekan começa a andar puxando seu cavalo e Rafael monta seu cavalo, a guerreira para seu cavalo e começa a falar:

- Desça e mais seguro andar no chão, e vou pedir uma coisa quando eu falar com você obedeça se quiser viver, mais alguns minutos que ficasse lá parado agora estaria morto, essas montanhas são o caminho mais curto para o castelo, mas só à noite e seguro, agora temos que ir pela floresta e demora um pouco mais.

Rafael abaixa sua cabeça e não responde nada só concorda com um gesto, o jovem desce de seu cavalo e os dois começam a andar, depois de algum tempo Rafael para seu cavalo e começa olhar uma coisa chamou sua atenção luzes de varias cores no chão da floresta como uma poça d’água. Azekan volta e olha também, o rapaz quer ir lá perto e Azekan não deixa e fala:

- Aquilo e uma armadilha, esta vendo aquela flor amarela que esta acima da luz, ela deixa cair um liquido que refletem essas luzes isso e para atrair sua presa, e quando a presa se aproxima ela faz seu ata- que e a devora.

Azekan caminha por mais um tempo depois se abaixa e começa olhar pegadas no chão e Rafael fica observando a jovem decide mudar de direção e Rafael pergunta:

- Por que estamos seguindo essas pegadas?

- Não estamos seguindo estamos indo em direção oposta.

- São rastos de pássaros?

Azekan sorri vendo que o jovem não sabe o que esta falando e responde:

- São pegadas de formigas e não seria bom encontrá-las.

Rafael fica admirado com o tamanho das pegadas e fala:

- No meu mundo formigas são pequenas e não deixam rastos como pombos.

- Pombos o que e isso?

Azekan pergunta ao jovem desconhecendo o significado de pombos.

- São aves pequenas que vivem nas cidades.

Azekan fica pensando e não fala nada, e depois de algum tempo para seu cavalo e pede silencio ao rapaz, alguma coisa faz barulho e a mulher procura identificar aquele barulho virando seu ouvido para um lado e outro aponta com seu dedo uma direção. Fica esperando ate que aparece uma pessoa, os dois levantam e vai em direção de um homem, Azekan chega com sua espada não mão o homem retira a sua e fica em posição de combate.

Rafael esta segurando as rédeas dos cavalos pergunta:

- Qual e seu nome?

- Orius, e quem são vocês?

- Esta e Azekan eu sou Rafael e estamos indo ao castelo, Azekan abaixe sua espada.

- Eu também vou ao castelo, mas não consigo sair da floresta.

Azekan olha para Rafael e abaixa sua espada, Orius também embanha a sua a e pede que ajude a sair da floresta.

- Posso acompanhar vocês ate o castelo?

- Sim, mas depois montaremos nos cavalos e você ficara para trás.

Diz Rafael para o homem, Azekan começa a puxar seu cavalo pelas rédeas e os três começam a andar ate chegar a um riacho onde tem que atravessar para o outro lado.

Azekan para e começa a olhar para as águas, Rafael solta suas ré- deas e vai para lavar as mãos, a guerreira empunha sua espada e coloca na frente do rapaz impedindo que ele se aproxime da água

ela da dois passos em direção a água e uma forma estranha de vida que vive no rio sai da água e a ataca, com um golpe da sua espada ela abate, e diz:

- Orius arrume alguns gravetos vamos fazer uma fogueira e comer.

Rafael olha aquela estranha figura com escamas de peixe, pernas e dentes afiados e pergunta:

- Como vamos atravessar o rio com esses animais dentro da água?

- Acalme-se rapaz, esse animal tem território e só ficam nas margens e esse era o único por aqui você só vai achar outro descendo o rio alguns metros daqui.

Explica Orius, depois de algum tempo já alimentado entram na água para atravessar o rio que não e muito fundo, chegando do outro lado Azekan fica olhando no chão procura rastos de animais, predadores que possam atacar. Azekan escolhe uma direção e começa a andar, Rafael olha para Orius ele tem uma cicatriz em seu braço e faz uma pergunta;

- Onde conseguiu essa cicatriz?

- Isso faz tempo foi em uma luta, depois disso parei de lutar.

- De onde você vem?

- Eu sou do norte, e minha vila foi destruída pelos guerreiros da rainha Heresia, as pessoas que os guerreiros não mataram foram capturadas e serão transformados em escravos.

Azekan escuta e faz uma pergunta ao guerreiro:

- Porque está vindo ao castelo?

- Eu vou me juntar aos guerreiros do rei para lutar contra Heresia.

Já e tarde e logo vai escurecer e passar a noite na floresta e peri- goso, Azekan já esta preocupada com aquilo e fala;

- Vamos andar depressa temos que sair da floresta antes que anoiteça.

E começam a andar depressa e depois de algum tempo Azekan para e pede silencio para os dois, se abaixa e fica olhando para uma direção procurando alguma coisa, retira sua espada e fala:

- Orius temos que lutar, nos estamos cercado.

Orius retira sua espada e as segura em suas mãos e se prepara para a luta, Rafael pega as rédeas dos cavalos e fica segurando, e os dois começam a andar na frente com as espadas empunhada, o ataque não acontece naquele momento, andam mais um pouco e quando entram em uma lugar mais desacampado são atacados por pessoas primitivas que vivem na floresta, Orius mostra toda sua habilidade com a espada junto com Azekan, são muitos e algumas daquelas pes- soas partem para onde Rafael esta com os cavalos e o garanhão co- meça a defender com coices, impedindo que cheguem ate o rapaz, Orius luta contra o líder do bando, e consegue desarmá-lo e o segura por traz colocando sua espada no pescoço iria degolar, Azekan olha e vê Orius iria matar aquele primitivo, grita com ele:

- Orius pare, se o matar terá que matar todos.

Orius vira aquele homem mostrando aos outros e em gestos ordena que todos coloquem as espadas no chão e o combate acaba era o líder do bando que estava para morrer.

Orius o joga no chão e todos saem correndo pela mata. Orius senta-se em um tronco, mas Azekan ainda esta preocupada com a noite e apressa ele para sair da floresta, andam por mais algum tem- po e conseguem sair da mata fechada, tinha agora que arrumar um lugar para passar a noite, Rafael olha para o horizonte e consegue ver a torre do castelo do rei.

Montam no cavalo e Orius fica olhando os dois e Rafael fala:

- Azekan não podemos deixar ele aqui sozinho.

- Rafael ele sabe que isso ia acontecer, agora nos temos que ir ate aquela montanha para dormir.

Orius sorri e fala para os dois:

- Acho que eu chego lá primeiro que vocês.

E sai correndo, Azekan acelera seu cavalo e o coloca no galope para acompanhar Orius, Rafael fica admirado com aquilo um homem acom- panha um cavalo no galope.

Chegam a montanha, Rafael desce do cavalo e procura alguns gravetos para fazer uma fogueira, Orius senta-se em um lugar e fica descansando, Azekan vistoria a segurança de onde vão passar a noite

Com a fogueira acesa Rafael olha Azekan que esta de pé e fala:

- Hoje posso dormir você não vai roubar meu cavalo.

- Jovem cavaleiro pode dormir eu gosto de você e sem seu cavalo vo- cê não vivera muito por aqui.

Orius fica olhando os dois tenta entender a conversa, mas fica quieto, todos deitam e começam a dormir, já era tarde da noite a fogueira estava quase apagando Rafael acorda e coloca alguns gravetos para acender novamente a fogueira e fica agachado perto do fogo, quando se levanta vê que alguma coisa se escondeu atrás de uma rocha, vai ate onde Orius esta dormindo pega a sua espada e fica observando, nada acontece naquele momento volta onde estava deitado com a espada nas mãos e se deita.

Ele fica observando quando alguma coisa começa a se mexer nova- mente, uma enorme cobra começa a se rastejar, e vai em direção a Azekan, Rafael pensa em gritar, mas não consegue seu medo não deixa. Seu corpo se levanta sem que ele queira e vai para cima da cobra e com um golpe da espada degola o animal.

Rafael percebe que seu corpo não o obedecia parecia possuído por alguém, coloca a espada perto de Orius e volta a se deitar não acreditando que tinha feito aquilo.

Na manha seguinte Azekan acorda e olha o enorme animal degolado a seu lado, acorda Orius e lhe pergunta:

- Orius foi você que matou essa cobra?

- Não, eu não acordei estava muito cansado.

Azekan olha para Rafael que esta dormindo, vai ate ele e o acorda.

- Vamos temos que andar mais um dia e é bom sair cedo,

Rafael abre seus olhos e se assusta com o tamanho da cobra, a noite só viu a parte que estava na luz da fogueira e Azekan pergunta a ele:

- Foi você que salvou minha vida ontem à noite?

- Sim eu não queria acordá-la, mas não sabia que era tão grande assim.

Azekan olha para o rapaz e se dirige para seu cavalo para arriá-lo e apressa ele para se levantar.

Começam a caminhar em direção a castelo e Rafael segura as rédeas e percebe que seu braço está mudado suas veias estão mais altas e aparecem mais destacadas que o normal, Orius anda a seu lado e lhe pergunta:

- Jovem por que vai ao castelo?

- Eu procuro um amigo, acho que ele esta no castelo me esperando.

Azekan que esta mais a frente começa a rir de fala;

- Se seu amigo não estiver no castelo onde vai procurá-lo?

- Não sei, mas tenho que encontrá-lo e muito importante.

Continuam a andar por mais um tempo e Azekan para o cavalo e fica olhando, e Rafael chega do seu lado e pergunta:

- Por que esta olhando naquela direção, o que tem lá?

- Não sei alguma coisa esta nos observando.

Orius retira sua espada e fica em posição de ataque e chega do lado da guerreira o olha para o local, Azekan desce do cavalo e começa andar devagar acompanhada de Orius, ela coloca a mão sobre o om- bro de Orius e aponta para uma rocha. Roda sua espada no ar e a lança contra aquela rocha que parte em duas, e uma sombra em forma de dragão sai voando e vem em direção aos dois, Orius ergue sua espada e golpeia cortando um pedaço da asa que cai no chão, a outra parte continua voando e vai embora.

Azekan pega sua espada e volta e olha o pedaço que esta no chão e com a ponta da espada a penetra e ela se quebra como uma rocha, e ela fala:

- Orius isso e coisa rainha Heresia e seu bruxo, são espiões que estão no reino.

Rafael fica olhando Azekan, não consegue imaginar como podia ver através da rocha e pergunta:

- Azekan como viu através racha?

- Jovem eu não tenho família fui criado por uma feiticeira e posso ver coisas que vocês não vêem.

- Você também e feiticeira?

- Não, posso ver coisas que são feitos por feiticeiros, mas não faço feitiço.

Orius pega as rédeas do cavalo de Azekan e saem andando e Rafael vem atrás continua montado no seu garanhão.

O sol esta a pino e muito forte eles param debaixo e uma arvore para descansar Azekan ainda tem algumas castanhas e as divide, Rafael senta-se em uma das raízes da arvore e fica observar o local Orius senta-se mais afastado e Azekan de pé fica olhando o horizonte e por ali ficam algum tempo e Rafael pergunta:

- Azekan quando vamos chegar ao castelo?

- Quando chegamos às montanhas das harpias tínhamos que esperar a noite para passar por lá, mas resolvemos ir pela floresta perdemos o mesmo dia para atravessar, por lá tem mais perigos e por aqui não, mas levaremos um dia a mais, amanha estaremos no castelo.

- Mas eu vi as torres do castelo lá da floresta?

- E por que ele esta no ponto mais alto dessas terras.

Azekan se dirige ate seu cavalo pega as rédeas e monta:

- Vamos temos que passar a noite depois daquela colina.

Rafael olha para Orius e fala:

- Vamos meu amigo temos que enfrentar o sol mais um pouco.

Monta seu cavalo e espera o guerreiro caminhar, Azekan esta mais a frente e pede que eles andem depressa:

- Se não chegar àquelas colinas temos que lutar a noite inteira com os lobos, andem.

Azekan quando atravessou o rio na floresta tinha enchido as bolsas de couro que estava em seu cavalo de água, pegou uma e bebeu um pouco de deu para eles beberem, depois acelerou seu cavalo em um galope lento, Orius começou a acompanhar a guerreira, Rafael vinha mais atrás, Azekan olha para o lado e vê avermelhar o horizonte e fala;

- Aquilo e bruxaria temos que correr ate a colina para proteger.

- Azekan não podemos deixar o Orius.

- Não podemos fazer nada, eu não sei o que tem dentro daquela tempestade pode matar a todos.

Rafael olha para Orius e fala:

- Suba na garupa do meu cavalo iremos mais rápido.

Orius já tinha acompanhado o galope dos cavalos por várias horas a pé e estava cansado, pulou na garupa do Rafael e os dois começaram a correr junto com Azekan, mas a tempestade veio rápida e só conse- guiram chegar ate o pé da colina. Desceram dos cavalos e entraram em uma caverna para se proteger, o vento era forte e derrubava ar- vores, Azekan ficou em pé na entrada da caverna e olhava a destrui ção, estava preocupada por que o tempo demorava a limpar.

- Orius não podemos ficar aqui temos que subir a colina.

Orius vem ate onde esta Azekan e fica olhando, e lhe pergunta.

- Como vamos sair desse lugar esse vento nos arrastara?

Azekan fica calada, Rafael chega perto e fica olhando e ali ficam horas presos ate que para o vento e já está escuro, Azekan pega as rédeas do seu cavalo e os chama:

- Vamos os lobos demoraram um pouco para sair de suas tocas.

E saem daquela caverna e começam a subir a colina, depois de um tempo começam a ouvir os uivos dos animais, Azekan pede mais rapi- dez ali ainda não era seguro, Orius deixa Rafael passar a sua frente e empunha sua espada ficando para trás, Azekan fala:

- O vento limpou nossa trilha os lobos não nos acharam temos tempo para chegar ao topo.

E continuaram a subir ate chegar ao local seguro, a lua clareava e Orius pegou sua espada e foi ate uma arvore seca e cortou alguns galhos para fazer uma fogueira e do outro lado os lobos uivavam e Rafael faz uma pergunta a Orius:

- Por que os lobos não atacam aqui?

- Eles atacam em bandos e nas montanhas não podem cercar sua presa.

Azekan se afasta dos dois e senta-se outro local, Rafael olha a guer- reira que esta sentada em uma rocha e vai ate ela e olha que a guerreira esta triste e começa a conversar:

- Por que esta triste já está chegando ao castelo?

- Estou pensando que esse reino vai ser destruído, Heresia vai escra- vizar todos e não haverá mais liberdade, essas terras serão trans- formadas em desertos.

- Azekan sempre há uma saída, ela deve ter um ponto fraco.

Rafael esta em pé e senta ao lado da guerreira e:

- Azekan, eu tenho que agradecer por me ajudar a chegar ao castelo.

Azekan coloca sua mão no ombro do jovem e o balança e com um sorriso fala:

- Eu não sei por que, não tenho um motivo para fazer isso, mas eu me sinto grata a mim mesmo em ajudar, eu gosto da sua companhia e me sinto obrigada em proteger sua vida.

Rafael apóia sua mão na guerreira e se levanta e volta para onde esta Orius e senta perto da fogueira e por algum tempo fica sem falar na- da, Orius deita-se e começa a dormir, Azekan volta e se deita sem falar nada.

Na manha seguinte o sol clareava, Azekan acorda e percebe que al- guém esteve por ali, uma de suas sacolas tinha sumido e começa a olhar as pegadas no chão, Orius acorda e ela faz sinal com a mão pa- ra que fique quieto e sai seguindo as pegadas no chão. Orius pega sua espada e vai atrás da guerreira, caminham entre as rochas e en- contram a sacola sozinha em um lugar, os dois ficam parados observando. Mas parece que o ladrão já tinha partido vão ate o local onde esta a sacola pegam e quando se viram um arqueiro com seu arco pronto para o disparo, esta em cima de uma rocha e aponta para os dois, eles param e ficam esperando a atitude do homem.

Ele retira a flecha do arco mostrando que não queria atacar e começa a falar:

- Me desculpa não queria roubar só estava com sede estava esperando o dia clarear para devolver.

Azekan começa a caminhar para sair do local, ali estava cercada e em desvantagem e pergunta:

- Qual e seu nome e de onde você vem?

- Meu nome é Zancar e venho do sul.

Orius olha o arqueiro que desce da rocha chegando ate os dois e lhe pergunta:

- Por que esta por esses lados?

- Eu fugi, era escravo da rainha.

Caminham ate onde estava Rafael e o jovem já estava acordado, Zancar ergue a manga de sua camisa e mostra a Azekan a marca feita a ferro em seu braço de fala:

- Todos os escravos da rainha têm essa marca.

Rafael olha para Azekan e fala:

- Ele pode ser um espião da rainha, que quer entrar no castelo do rei.

- Não, ele e mais um que teve sua família massacrada pela maldita Heresia.

Azekan arria seu animal e os chamam para ir para o castelo, todos começam a caminhar e Zancar e Orius começam a conversar sobre o que aconteceu em suas vilas. Caminham por algum tempo e já ouvem o barulho do castelo, estavam pertos e dava para ver os portões, o castelo foi construído em um lado da montanha e sua única entrada eram os portões.

Andam por mais algum tempo e chegam a frente aos enormes portões, Rafael fica admirado só conhece em seu mundo em fotos e historias, Azekan ergue uma argola que esta preso no portão batendo-a e ele se abre, dois guardas os revistam com os olhos e deixam entrar.

Rafael olha para todos os lados, muitas pessoas estão ali uma ver- dadeira cidade cercada por muralhas, Azekan desce do cavalo e co- meça a andar em direção à praça de troca Orius e Zancar a seguem, Rafael fica parado no seu cavalo olhando, parece perdido, quando percebe seus amigos estão longe e ele corre ate os alcançar.

Muitas pessoas com animais frutas e castanhas tudo para ser trocado Rafael desce do cavalo e começa a andar junto com seus amigos, no meio da multidão alguém tenta roubar e Orius tenta impedir, mas Aze- kan não deixa que ele faça e fala:

- Não, ele rouba por que tem fome deixe-o.

Azekan toma outra direção todos a seguem ela vai ate um conhecido seu, chega à frente do local e olha não tem ninguém fica esperando e Rafael pergunta:

- O que você vai fazer ai?

- Tenho que pegar alguma coisa que mandei fazer já faz algum tempo.

Rafael chega perto da porta e olha para dentro e vê muitas espadas penduradas e uma fornalha acesa em um canto, e vê um menino em uma porta esta parando olhando os visitantes, Rafael acena para que ele venha o menino parece estar com medo, mas chega mais perto:

- Onde esta o dono? Pergunta Rafael.

- Meu pai foi ate o castelo levar umas espadas para o rei.

Azekan olha para o menino e chama Rafael e os outros para voltar à praça, e saem do local.

Entra em outro lugar na praça onde tem muita gente sentada no chão jogando, Rafael olha o estranho jogo com pedras, e pergunta a Aze- kan:

- Como se joga esse jogo?

- Cada um coloca uma pedra no chão, e cada jogador fala um numero contando todas as pedras que podem estar no jogo, e se aposta o que quiser.

Rafael fica mais um pouco olhando, e seguem caminho por entre as pessoas, ate Azekan encontrar alguém que conhece, e a pessoa fala:

- Pelos cabelos do rei, uma ladra no castelo.

E ergue seus braços e vem em direção de Azekan para abraçá-la que com um sorriso responde:

- Eu já disse que não sou ladra só pego o que esta sobrando de al- guém.

Abraçam-se parece que já faz tempo que não se encontram, o estranho amigo de Azekan olha para os outros e fala:

- Onde roubou ou trocou essas pessoas.

- Esses são meus amigos não são roubados.

E Azekan apresenta primeiro Orius depois Zancar e por ultimo Rafael, e o homem fala:

- Se são amigos de Azekan são meus amigos também, meu nome e Irius venham, vamos tomar uma bebida.

Irius sai na frente conversando com Azekan e os leva ate um caverna para beber, chegam lá o dono coloca em cuias de madeira um bebida vermelha e da para todos, Rafael cheira o bebida e Zancar fala:

- Pode beber isso e bom e a melhor coisa que tem aqui no castelo.

Rafael experimenta a bebida doce muito saborosa e concorda com Zancar, Irius pergunta a Orius;

- Azekan falou que veio do norte para ser soldado do rei?

- Sim, quero combater a rainha Heresia, ela levou pessoas da minha família para ser escravo.

Orius bebe a bebida e também concorda com Zancar, e todos olham para Rafael e Orius pergunta:

- E você jovem, veio de tão longe o que vem fazer no castelo?

- Eu procuro um amigo tenho negócios com ele.

Irius olha Azekan e lhe pergunta:

- Seu amigo e negociante de que, ele não carrega nada que possa trocar.

- Não sei Irius ele e muito misterioso, mas salvou minha vida.

- Oh um herói... Mas quem e o amigo que procura no castelo eu conheço ate os dragões daqui.

Rafael fica pensando e alguma coisa acontece sua garganta esta dolorida e sua voz começa a mudar ficando mais áspera e ele responde:

- Eu procuro alguém com o nome de Edros.

- Azekan olha que seu amigo procura no castelo.

Com uma gargalhada Irius fala com Azekan:

- Ele procura aquele lobo do mato o Edros.

Azekan chega ate a mesa e fica mais perto de Rafael e lhe faz perguntas:

- Mas o que você tem com Edros?

- Não sei Azekan ele que tem que me falar o que tem para mim.

A voz de Rafael deixou de ser doce esta áspera e decisiva nas respostas, e o jovem pergunta:

- Azekan quem e Edros, e porque Irius falou lobo do mato?

- Edros e o ferreiro ele e meu amigo e é muito respeitado por aqui.

Rafael fica de cabeça baixa pensando como vai falar com Edros, Zancar olha para o rapaz e vê que está preocupado e lhe fala:

- Eu não sei o que você tem que falar com Edros, você está preo- cupado, eu irei com você.

- Não, eu tenho que falar com ele sozinho e depois vocês saberão de tudo.

Irius pega sua cuia e toma mais uma dose da bebida e fala com Aze- kan:

- Amanha a filha do rei faz dezoito anos e procura um pretende, vai ter competição no castelo e muita comida e bebida e vocês são meus convidados.

Rafael sente que sua garganta para de doer e pede mais uma cuia da bebida, e se levanta e vai ate o dono da caverna para pegar, alguém que esta no local olha para ele e começa a irritá-lo, Rafael simples- mente ignora o homem que resolve empurrá-lo derrubando sua bebida.

Orius se levanta e Azekan não deixa que ele vá defender o amigo, Rafael resolve não revidar, mas seu corpo não o obedece e empurra o homem jogando alguns metros em uma parede da caverna, todos pa- ram e ficam olhando, era muita força para um rapaz daquele porte fí- sico.

Azekan chama todos para sair do local, Irius oferece um lugar em sua casa para que todos passem a noite, Azekan pergunta se todos esta- vam de acordo e ficou marcado quando escurecer irem para a casa de Irius.

- Azekan já que vão passar a noite na minha casa vou levar os cava- los tenho lugar para eles.

Rafael vai ate seu cavalo e coloca a mão em seu pescoço e sopra al- guma coisa no seu ouvido, sai

andando e olha seus braços e não consegue imaginar por que tem tanta força, lembra-se do que a mulher lhe falou na esfera negra, Azekan se despede de Irius e chama Rafael para voltar a casa de Edros, e começam a caminhar pela praça de trocas ate chegar a casa.

Azekan entra no pequeno salão onde Edros trabalha e chama por duas vezes e de uma porta sai aquele homem barbudo e enorme, seus bra- ços fortes de trabalhar batendo sua marreta no aço.

- Eu não acredito quem me deve uma troca sempre aparece.

E vem de encontro a Azekan aos sorrisos, Azekan retira sua espada e a empunha como se fosse combatê-lo e a joga ela no ar para que Edros a pegue, ele a segura e faz movimentos e fala;

- Não são iguais as que eu faço seu peso e desconfortável, mas pode matar um homem.

- E verdade fazer espadas iguais ao velho lobo não existe, mas como esta meu amigo?

- Estou bem hoje o dia foi bom o rei trocou varias coisas por espadas e você o que faz no castelo?

- Deixa-me te apresentar meus amigos, esse e Orius, Zancar e Rafael que diz ser seu amigo.

- Meu amigo!

Edros coloca a mão na barba e anda em volta do rapaz olhando e cai em gargalhadas.

- Você trouxe um amigo para mim, por que eu não o conheço.

- Edros ele quer falar com você.

Edros olha para Rafael e se vira crava a espada que esta em sua mão em um troco que esta do seu lado:

- Venha vamos entrar quero ouvir o que tem para falar:

Edros passa e pega uma espada guardada em uma caixa de madeira e joga para Azekan, ela olha a espada que tem três cortes em sua la- mina e fala para Edros:

- Mas, por que esta faltando aço nessa espada?

Edros vira-se sorrindo e responde a guerreira:

- Minha amiga rode a espada no ar ela fará um barulho que chamara a atenção do seu oponente e ele não terá tempo e nem percebera que foi atingido pelo golpe.

Azekan começa e fazer movimentos com a sua nova espada e Rafael começa a caminhar para entrar e ele faz sinal para que esperem fora do salão e entra, Edros chega a uma mesa no fundo do salão perto da fornalha e senta e espera o rapaz sentar e pergunta:

- Se me conhece o que quer falar?

- Edros eu não conheço você, mas uma pessoa mandou eu te procu- rar, ela disse que a rainha Heresia e seu reino têm que ser destruído.

Edros se levanta e começa a andar de um lado para o outro, Azekan de onde esta observa que seu amigo ficou agitado com a conversa, e Rafael continua a falar:

- Ela disse que você sabe o que fazer.

- Sim eu sei o que fazer, mas quem e o guerreiro que vai usar a espa- da?

- Eu sou o guerreiro que vai usar a espada que você fazer.

Edros coloca suas mãos na pequena mesa e olha para o jovem que não tem o corpo de um guerreiro e fraco e cai em gargalhada, Rafael levanta-se e pega a pedra vermelha que esta em seu bolso e coloca na mesa, e olha para Edros e pergunta:

- Por que tenho essa pedra nas mãos e eu não sou um guerreiro?

Edros pega a pedra na mão, olha e a leva ate a fornalha, a pedra fica mais vermelha e brilhante parece pegar fogo, ele volta e a coloca na mesa e fala:

- Rafael isso e o olho do dragão eu farei a espada mais perfeita que minha habilidade possuir.

- Edros, desculpe-me, mas você sabe o que fazer e não temos muito tempo.

Azekan vê tudo acontecer de onde esta, junto com Zancar e Orius e não entende o que esta acontecendo e entra no salão, Edros pega sua marreta e começa a andar de um lado para o outro novamente. Ergue a marreta e bate contra sua bigorna fazendo o som da batida ecoar por todo o castelo, e chama Azekan para sentar-se à mesa.

- Azekan nós precisamos arrumar guerreiros para uma viagem.

- Edros onde vamos viajar com guerreiros, e você sabe que isso esta escasso no castelo.

- Temos que ir às montanhas do norte e retirar o aço da caverna do fogo, eu tenho um trabalho a fazer.

- Que trabalho e esse que arriscara vidas por aço?

- Combater a rainha Heresia.

Zancar que esta perto de Azekan da um passo a frente:

- Edros sou arqueiro, e para combater Heresia eu irei.

Orius também faz o mesmo, e Edros começa a andar de um lado para o outro, Azekan chega perto de Rafael e lhe pergunta:

- Meu rapaz o que veio fazer nesse mundo?

- Sou um guerreiro e vou combater Heresia ate a morte.

Edros para em um canto e vira-se para Azekan e fala:

- Amanhã o rei e a rainha mostraram sua filha para todos, ela faz maioridade, vai ter competição e muitas pessoas no castelo. O rei acha que pode arrumar aliados para combater Heresia, vou falar com ele posso conseguir alguns guerreiros para essa viagem.

Azekan olha a pedra e tenta pegar e ela queima sua mão, Rafael a pega e entrega novamente a Edros que a guarda em uma caixa com chaves e fala:

- Vamos descansar, amanha um novo dia e os pensamentos serão novos e melhores.

Rafael e Azekan saem do salão acompanhado pelos dois guerreiros e Azekan pergunta:

- Por que não me falou sobre o que sabia antes?

- Azekan eu não te conhecia e não te conheço ate agora como iria falar coisas que era para Edros.

- Rafael você e um guerreiro quem o mandou aqui para lutar?

- Não sei a pessoa só falou o que tinha que fazer.

Azekan fica pensando e Orius chega perto do rapaz e coloca sua mão sobre seu ombro e diz:

- Meu rapaz sua roupa esta mudando de cor por quê?

Rafael olha sua calça que era de tom azul e algumas partes começa a ficar marrom com pelos, o jovem não responde a Orius e continua andando, Zancar esta ao lado e Azekan e começa a perguntar sobre as montanhas do norte e ela responde algumas coisas:

- La e um lugar quente e perigoso para chegar até essas montanhas têm que passar por perigos desconhecidos, é terras estranhas.

Zancar espera Rafael e Orius que estão mais atrás e os acompanha ate chegar a casa e Irius, lá já tinha um cômodo para que eles ficassem Irius não estava na casa só o filho mais novo que os rece- beu, e os levou ate outro cômodo que tinha uma mesa com comida e água.

Zancar retirou uma perna o animal que estava assado sobre a mesa e disse:

- Já faz tempo que não me alimento, e você Orius?

- Eu também estou faminto.

Azekan olha e pega um pedaço de carne e oferece a Rafael, o jovem fica olhando o estranho animal que esta sobre a mesa, mas pega e começa a comer, Irius entra pela porta e fala:

- Meus amigos fiquem a vontade essa comida e só para vocês, meu jovem eu não consegui desarrear seu cavalo ele não deixou nem che- gar perto dele deu coices.

- Me esqueci de falar ele não gosta que tirem seu arreio, esta acos- tumado a ficar assim.

Azekan esta comendo e começa a falar:

- Meu jovem, eu só vim ao castelo buscar minha espada e agora es- tou metido em uma viagem, que não sei se vou voltar viva, tudo por te encontrar.

Rafael olha a guerreira e responde:

- Você esta pensando nisto, eu que sai da minha terra deixei minha família estou em um lugar estranho com pessoas que andam a cavalos e com espadas, já fui atacado por lobos só porque tem uma rainha que vai destruir um reino que não e do meu mundo e não estou recla- mando.

Azekan olha para o jovem e se levanta e vai ate a porta, Irius que não entendeu nada pergunta:

- Que viagem e essa meus amigos?

- Temos que ir as montanhas do norte buscar aço para Edros fazer uma espada para combater Heresia.

Responde Orius, Rafael que está sentado se levanta e vai ate Azekan e coloca sua mão em seu ombro e fala:

- Não precisa ir à viagem pode seguir seu caminho, talvez no dia de amanha não tenha mais um caminho para ir a algum lugar neste mundo.

Rafael se retira e vai para o cômodo para dormir e todos abaixam a cabeça e fica pensando no que o rapaz falou, e não demoram muito para todos irem dormir.

Na manha seguinte todos acordam cedo e Azekan não esta, Irius esta colocando comida para os cavalos e Zancar vai ate ele e pergunta pela guerreira:

- Irius você viu Azekan?

- Não, ontem à noite ouvi seu cavalo sair, eu acho que ela resolveu partir.

Zancar volta para o cômodo e fala a seus amigos que Azekan foi em- bora, Rafael se levanta e vai para fora ainda está escuro, ele senta- se em uma rocha, logo depois seus amigos chegam e se sen- tam perto dele, dentro da casa Irius faz muito barulho depois de al- gum tempo sai ate a porta e:

- Já estou pronto quando vamos viajar?

Todos ò olham, vestido como um cavaleiro em sua roupa de couro, Orius se levanta e vai ate ele:

- Irius você e cavaleiro?

- Sim, já fui cavaleiro do rei, mas na minha época o rei não tinha ini- migos.

Rafael se levanta e olha Irius em seu traje de cavaleiro e fala:

- Irius você tem seus filhos e mulher não precisa ir é uma viagem mui- to perigoso.

- Meu jovem esta roupa esta apertada, e em alguns dias me servirá e tenho akar que pode carregar muito aço em sua costa, não perderei por nada a companhia de vocês.

Sai para fora da casa sorrindo e vai ate Zancar e começa a falar:

- Meu filho e cavaleiro do rei, minha mulher pode resolver tudo por aqui, o pequeno Radik e um guerreiro e vai proteger minha casa.

O menino que esta em pé perto da porta entra correndo para um dos cômodos e volta arrastando uma enorme espada e a coloca em pé na sua frente:

- Pai pode viajar, para passar por essa porta tem que lutar ate a mor- te.

O sol começa a sair e o som das trombetas do castelo é tocado e Ra- fael começa a andar para a praça de troca, Orius e Zancar o acom- panham e Irius volta para dentro da sua casa, em poucos instantes estão na frente da casa de Edros e o chamam, Edros demora um pou- co para sair.

- Rafael onde esta Azekan?

Pergunta Edros ao jovem.

- Edros ontem ela partiu não vai para as montanhas.

- Isso e impossível ela não faria isso, eu conheço Azekan.

Zancar que está parado olhando a conversa fala:

- Edros ela foi e nem se despediu, saiu ontem na madrugada sorrateiramente e foi embora.

- Rafael eu irei em seu lugar, vamos ao castelo vou falar com o rei depois das comemorações para que nos de alguns guerreiros para a viagem.

- Edros Irius ira conosco, e você não pode ir e o único que sabe fazer espadas e o reino depende da sua habilidade com o aço.

- Ele e velho, mas e experiente vai ajudar conhece todos os caminho ate as montanhas, vamos para o castelo.

E todos começam a caminhar para o castelo, Irius os alcança e pas- sam pela praça e andam por mais um pouco ate chegar à arena onde vai ter as competições, Zancar o arqueiro pega seu arco e diz que vai competir, Rafael que sempre ouviu falar em seu mundo sobre lutas pergunta:

- Edros vai ter combate de espadas, gladiadores vão se enfrentar ate a morte?

- Não meu jovem, o rei proibiu isso há muito tempo e agora não luta- mos ate a morte.

O castelo esta cheio de pessoas que vão participar dos jogos e ou- tras que estão olhando, quando as trombetas tocam novamente e todos se ajoelham e o jovem Rafael fica de pé olhando e Edros que esta a seu lado ajoelhado usa seus braços fortes e bate atrás dos joelhos do jovem fazendo-o ajoelhar e diz:

- Quer que os arqueiros do rei o matem, e não levante a cabeça en- quanto as trombetas não tocarem novamente.

E um novo toque das trombetas ecoa pelo local e todos se erguem, e o jovem Rafael diz:

- Edros no meu mundo não tem reis, são presidentes que governam.

- Seu mundo e estranho jovem, o que são presidentes?

- São como o seu rei, mas não precisa ajoelhar quando ele entra.

O rei senta em seu trono do seu lado a rainha e sua filha com o rosto coberto por uma seda branca que impede que todos vejam seu rosto, o rei se levanta e anuncia o inicio dos jogos, o gladiadores começam a lutar como não tem armas nas mãos tem que derrotar o outro na for- ça de seus braços, Rafael olha atentamente tudo que acontece e Zancar vai ate um determinado ponto onde estão os arqueiros para competir, Edros chama todos para ver e vão ate o local, na frente de uma parede de madeira e colocado um pequeno arco e soltam uma fruta pequena amarrada em um barbante quando a fruta passar na frente do arco o arqueiro deve acertar cravando ela na parede e a flecha fica com sua calda no arco mostrando que passou por ali, Edros esta perto de Irius e comenta que entre os arqueiros do rei só um consegue tal proeza.

- Rafael este e o melhor arqueiro do rei, agora ele vai acertar a fruta.

Diz Edros e todos ficam olhando. O arqueiro tem que acompanhar com os olhos a fruta e olhar o arco ao mesmo tempo, e ele acerta ga- nhando aplausos de todos em seguida Zancar se prepara para seu disparo, só que ele tira duas flechas e coloca no arco e Rafael fala:

- Olha Edros o que Zancar esta fazendo.

O Jovem Zancar espera que soltem a fruta e faz o seu disparo com duas flechas, uma entra pelo arco e acerta a fruta e a outra corta o barbante que ela esta pendurada, todos o aplaudem por muito tempo e o rei se levanta e propõe outro desafio contra seu arqueiro e Zan- car aceita.

E colocado na parede uma fruta parada, o arqueiro do rei pega duas flechas na sua mão uma ele aponta para cima a pino e dispara e a ou- tra ele prepara no arco, quando a flecha cair em sua frente ele dis- para a que esta no seu arco acertando a que cai e a fruta que esta na parede. Todos o que estão ali o aplaudem. Zancar olha e ergue seu arco para cima e outra fruta e colocada na parede, ele pega duas flechas e faz o mesmo quando a flecha lançada para cima cai a sua frente ele dispara e com toda precisão ele faz as duas cravarem na fruta, e o rei levanta e o aplaude dando o voto de ganhador.

Rafael olha para o arqueiro que vem em sua direção e fala;

- Zancar onde aprendeu atirar assim?

Zancar em sorrisos o abraça e fala;

- Meu jovem, meu pai era arqueiro e me ensinou tudo que sabia e fa- ço isso já há muito tempo.

Quando acabaram os jogos o rei se levanta e apresenta sua filha ao publico descobrindo o rosto da jovem, Rafael fica parado olhando a princesa e fala a seus amigos:

- Mais e a mulher mais linda que já vi no neste mundo e no meu, ela e perfeita.

Orius que esta do seu lado coloca sua mão em seu ombro e diz:

- Como vai fazer para levar ela para seu mundo, ou vai ficar por aqui.

Rafael fica parado olhando e Edros os chama para falar com o rei no castelo, todos saem e Rafael ainda fica parado está anestesiado pela beleza da princesa, Irius volta e o pega nos braços de uma forma brin calhona e o leva, passa pelos outros e o coloca no chão novamente.

Em poucos minutos entram no primeiro salão do castelo, Edros anun- cia que quer falar com o rei.

Rafael e Zancar ficam olhando a grandeza do castelo, um dos guardas que foi anunciar ao rei que Edros estava querendo lhe falar volta e os manda entrar, começam a caminhar acompanhados por dois guardas ate a outro salão enorme e um guarda os conduz ate a sala onde o rei os recebera. E é anunciada a entrada do rei e todos se abaixam para a majestade real, quando ele entra junto com ele entra seu conse- lheiro e o rei fala:

- Edros o que traz você aqui?

- Majestades, eu estou aqui com meus amigos, quero pedir guerrei- ros para uma viagem ate as montanhas do norte.

- Edros sabe que não tenho guerreiros suficientes e estão todos nos campos combatendo Heresia, os poucos que tenho fazem a proteção do castelo, como vou ajudar você.

- Majestade, essa viagem e para combater Heresia, tenho que trazer aço para fazer uma espada.

O rei se levanta do seu trono, conhece Edros e o trata como um ami- go, e desce alguns degraus da escadaria e pergunta:

- Quem são esses que esta com você?

- Amigos que vão ajudar vossa majestade a combater Heresia, esse e Rafael, Zancar o arqueiro que ganhou a competição, este é Orius um guerreiro e este e Irius meu amigo aqui do reino.

- Mas uma espada tem muitas no reino, só preciso de homens.

- Majestade essa e especial pode combater o feitiço e um guerreiro especial vai usá-la.

O rei desce os degraus restantes e chega ate Edros e olha para todos.

- Quem e o guerreiro que vai usar a espada?

- Este aqui majestade.

O rei olha para Rafael da à volta em torno dele e se dirige ate escada que leva ao trono.

- Edros, mas ele é fraco para ser guerreiro.

- Majestade ele já salvou vidas aqui no seu reino, ele foi enviado por alguém que quer ajudá-lo.

Nesse instante entra no salão perto da cadeira do rei sua filha, mas esta com o rosto coberto e Rafael fica olhando fixo para a princesa.

- Edros quantos guerreiros você precisa?

- Majestade, precisaria de muitos, mas o que for dado será o sufici- ente.

A princesa olha para todos e para seus olhos no jovem Rafael, e sai para onde veio, e o rei fica por alguns minutos pensando e sobe as escadas e senta em seu trono novamente e fala:

- Edros quanto tempo demora essa viajem?

- Majestade talvez duas ou três semanas.

- Eu deixo em suas mãos o arqueiro e mais um guerreiro e cavalos pa- ra todos.

- Sim majestade, será o suficiente para viajem.

O rei faz sinal para que saiam e volta aos seus aposentos, à princesa volta novamente ate o trono do rei e o acompanha, Rafael fica parado e Orius tem que pegar em seu braço e puxar ele para sair, e se diri- gem pela praça de troca ate à casa de Edros. E o meio da tarde e lá tinha uma mesa com comida, Irius pega uma perna da ave que esta na mesa e se despede de todos, deixando marcado que na madrugada saíram para as montanhas e Edros o acompanha ate a porta.

- Vou ate o vale buscar akar e deixá-la pronta para a viagem amanha na madrugada, vou arrumar comida e água para levar.

- Irius você e o mais velho e experiente conhece os caminhos cuide de todos, Azekan tinha experiência e conhecia todos os caminhos, mas nos deixou.

- Eu conheço, mas não conheço todos os perigos dessa viagem, mas vamos trazer seu aço amigo.

Irius deixa o local e sai pela praça de troca, Edros olha dois cavaleiros se aproxima com alguns cavalos.

- Edros nós somos os cavaleiros que o rei mandou, e aqui estão os cavalos que lhe foi dado.

- Vamos entrar e conhecer os outros tem comida também venham.

Edros entra na frente e os apresenta:

- Aqui estão os novos amigos para a viagem.

- Meu nome e Lamury eu sou arqueiro do rei há muitos anos, este e o cavaleiro Italus o melhor homem que o rei tem no castelo.

Edros apresenta Rafael, Zancar e Orius e eles começam a conversar sobre a viagem.

- Lamury você e um ótimo arqueiro de onde vem?

Zancar pergunta ao jovem arqueiro.

- Venho das terras baixas depois das montanhas, vivia em um povo- ado perto das águas salgadas.

Rafael se levanta, e chama Edros para fora da casa e começa a per- guntar:

- Edros como vamos fazer amanha?

- Não sei meu jovem se você não quer ir não vá.

- Eu não posso mesmo que não queira ir não poderei ficar vim a seu mundo para isso.

- Eu sei jovem esta dentro de você o guerreiro, ele obedece a ordens.

- Azekan era forte e eu confiava nela apesar dela querer roubar meu cavalo.

- Mas você tem um cavalo?

- Sim esse cavalo me trouxe ate aqui, ele esta na casa de Irius e você não ò viu.

- Não, Rafael estas pessoas que estão com você são os melhores guerreiros para uma viagem.

Rafael entra novamente na casa o sol estava se escondendo e fica conversando, e depois vão para a casa de Irius.

Na manha seguinte todos levantam cedo, Irius já tinha arrumado tudo na costa de akar e começa a balançar um pequeno sino e akar o acompanha, Irius chega onde esta os cavalos, balança o sino nova- mente e akar aparece um enorme mamute assustando todos:

- Calma essa e akar ira na viagem e muito prestativa.

Orius estava com a sua espada empunhada em guarda, Rafael tinha se afastado volta para perto do seu cavalo, Zancar que correu para dentro saiu com seu arco na mão.

- Irius você não disse que tinha um mamute?

- Desculpa arqueiro, mas não me preocupei pensei que conheciam meu animal.

Irius pega uma castanha e da para o mamute, Rafael se aproxima e toca em uma das presas do animal e fala sorrindo:

- Quando contar a todos em meu mundo que toquei em um mamute ninguém vai acreditar.

- Por que Rafael no seu mundo não tem animais assim?

Pergunta Orius.

- Não Orius, só tem elefantes e são menores que esses animais.

Começam a passar pela praça de troca e algumas pessoas que estão por ali se afastam do animal e em alguns minutos chegam ate a casa de Edros, os dois guerreiros do rei já estão esperando eles já conhe- cia akar, Edros sai e entrega sacolas de couro com água e Irius que as coloca na costa de akar. E começa andar em direção aos portões do castelo, Edros chama Rafael para ver seu cavalo, e olha o cavalo e fala:

- Meu amigo já sabe o nome do cavalo?

- Não Edros, não faço a menor idéia de como chamá-lo.

- Pode chamá-lo de kiran, Rafael eu tenho um presente para você espere.

- Edros você conhece o cavalo de onde?

- Eu já usei como você esta usando fui um guerreiro como você.

Edros entra para dentro e traz uma espada e entrega para o jovem.

- Edros eu não sei usar isso.

- Salvou a vida e Azekan foi com uma espada, então a leve.

Rafael fica olhando à espada e a retira da bainha olha volta e em banhar novamente e a coloca na costa e prende no seu corpo, se despede e sai galopando.

Rafael alcança seus amigos depois dos portões do castelo o mamute para de andar, e Irius pega o sino e toca por duas vezes e o animal vai ate ele:

- Akar esta pensando que vai para o vale, mas hoje ele ira mais longe.

Fala Irius a Italus que esta a seu lado, e Lamury pergunta a Irius:

- faz quanto tempo deixou de servir o rei?

- Muito tempo... Muito tempo, eu estou velho estou ate vendo coisas que não existem, ontem quando busquei akar no vale eu olhei uma rocha e ela andou, eu não acreditei, mas eu vi.

- Zancar o bruxo da rainha Heresia já sabe onde estamos indo.

Fala o Jovem Rafael.

- Sim Rafael seus espiões estão por todos os lados no reino, agora temos que ter cuidado para não ser pegos de surpresa pela sua magia.

O sol já esta a pino quando param para um descanso, e logo em se- guida começam andar novamente, o sol forte ainda no meio da tarde quando chegam ao vale seco, e Zancar que veio do sul não conhece a região pergunta a Irius:

- O que aconteceu aqui não tem nada e tudo seco?

- Jovem aqui neste vale ouve muitas lutas antes dos reis, homens que andavam em dragões, a morte de um príncipe fez seu pai conde- nar o vale com bruxaria e desde então ficou assim.

Irius apressa para que andem mais rápido, toca seu sino novamente e da uma nova castanha para o mamute, Italus galopa com seu cavalo e vai a frente abrindo uma distancia dos outros, Observa o local e fica esperando eles chegar e orienta o melhor caminho para passar com o mamute.

Eles caminham, o sol já esta quase para se esconder e Irius aponta para um lugar na montanha:

- Temos que chegar ate aquelas montanhas lá e seguro para passar a noite, tem uma caverna.

Chega lá já está escuro Lamury arruma gravetos para fazer uma fo- gueira, oferece ao jovem suas pedras de fogo, Rafael pega suas pe- dras de fogo e tenta acender bate por duas ou três vezes e nada todos caem em gargalhadas pelo jovem não saber usar aquele ape- trecho, e ele se defende:

- No meu mundo usamos isqueiros ou fósforos, temos combustíveis

para acender fogos.

- O que são fósforos e isqueiros meu jovem?

Pergunta Italus.

- Fósforo e um palito de madeira que colocamos em uma das pontas pólvora que provoca fogo e isqueiros e um artefato mecânico onde colocamos gás, ele tem uma pequena pedra que faz faíscas e em contato com o gás causa combustão.

Lamury bate uma pedra na outra e coloca fogo parece fazer mágica com as pedras e fala:

- Isso que você usa no seu mundo e muito complicado e não e rápido como minhas pedras.

Rafael senta em uma pedra e começa a gargalhar, e todos ficam olhan do o deboche do rapaz:

- Vocês deviam conhecer, as coisas do meu mundo iriam entender o que eu falo.

Irius retira do mamute um saco com castanhas e água e começam a comer e depois de algum tempo se deitam para dormir.

Na manha levantam cedo para caminhar Orius e Zancar saem com seus cavalos e fazem uma ronda pelo local e volta em seguida e Orius fala:

- Irius por onde vamos sair, nesta direção tem uma floresta e por ali muitas rochas.

- Nos vamos pelas rochas, a floresta tem muita areia movediça e po- demos perder animais.

Começam a andar ao pé das montanhas, Rafael olha para o topo e comenta com Italus.

- Eu não gosto desse lugar pode ser fácil para emboscar alguém.

- Eu já pensei nisto jovem e vou mais a frente de vocês.

Italus galopa com seu cavalo e uma enorme rocha rola da montanha, mas não vem em sua direção e todos param e começam a se afastar do pé da montanha para observar, Italus sobe com seu cavalo pela encosta ate chegar ao topo e nada vê, volta e todos começam a andar novamente no pé da montanha.

Mais adiante Irius começa a mudar o caminho para dentro da flo- resta, aquele ponto já não tem mais areia movediça e é mais seguro que no pé da montanha, que se afunila sendo perfeito para ataques, demoram a atravessar a floresta, do outro lado e campo aberto, podem andar mais rápido e seguro. Andam o dia todo ate chegar ao lugar onde vão passar a noite.

E tarde da noite, Lamury acorda com barulhos, os cavalos começam a ficar inquieto, ele chama Italus e acorda Orius para ficar de guarda, mas todos aqueles movimentos acordam os outros, e eles saem para ver o que esta incomodando os animais, o mamute ameaça enfrentar alguma coisa que eles não conseguem ver, Zancar enrola na ponta de uma flecha um tecido e acende e crava ela em uma arvore para cla- rear o local, mas a pequena tocha não clareia, Lamury chama Zancar para ver um pequeno ponto vermelho, os dois armam seus arcos e atiram, ouve o ruflar de azas que parte e vai embora, Zancar e La- mury voltam para perto da fogueira e Irius pergunta:

- O que tinha por lá?

- Não sabemos, parecia um dragão pelas batidas de azas.

- Mas ainda não estamos perto das terras dos dragões como podem vir aqui:

- Pode ser um espião do bruxo.

Diz Ítalos e Orius concorda com o fato, Rafael olha para Irius e se le- vanta e vai ate seu cavalo, no caminho percebe que seu corpo cres- ceu e ficou forte, volta e pega sua espada e fica em pé.

- Podem dormir eu fico de guarda ate amanha, temos que fazer assim agora para não morrermos.

Todos voltam a seus lugares, mas já não conseguem dormir e espera o dia clarear para continuar a viagem, quando o sol nasce todos vão ate onde Zancar e Lamury atingiram o estranho visitante, e não viram rastos e só encontraram as flechas caídas no chão, Irius os apressa para saírem.

- Vamos temos que atravessar a floresta dos macacos vermelhos ate ao meio do dia.

- Irius agora o bruxo sabe onde estamos indo e vai nos atacar com todas as suas forças.

Comenta Italus, e Rafael está mudado e começa a impor sua per- sonalidade de guerreiro.

- Eu quero que venham seus feitiços e nada vai impedir que eu o des- trua.

Todos ficam olhando a maneira que o jovem fala, mas ninguém diz nada, e continuam a andar ate chegar a hora de parar para o des- canso do meio dia, o sol e forte o jovem Rafael não se senta, fica de pé e olha para o caminho que leva ate a floresta dos macacos verme- lhos e pergunta a Irius:

- Por que temos que passar por essa floresta Irius?

- Jovem este e o caminho mais curto apesar dos perigos da floresta.

- Nos vamos mudar o caminho, qual e o outro que temos de opção?

- Se subir ate as montanhas temos outro caminho vai demorar meio dia a mais.

- Então iremos por esse que demora mais, e quais são os perigos dele?

- Passaremos a noite no alto da montanha, não tem perigos e depois teremos que andar todo o dia sem sombras, temos que sair dessas terras antes do sol se por, sua vegetação e muito baixa e os animais não podem comer, temos que impedir que eles comam podem morrer.

- Nos iremos por esse caminho, o bruxo pensa que vamos pela floresta isso o confundira.

Sobem para as montanhas para passar a noite, tudo parece tranqüilo

nilferr
Enviado por nilferr em 19/12/2009
Reeditado em 22/03/2014
Código do texto: T1986587
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