Celtas
O “Guerreiro” estancou diante da planície verde que se estendia como um tapete à sua frente, convidando-o a atravessá-la.
Seu exército impaciente organizava-se às suas costas, sob o comando dos generais e capitães.
As lanças, os escudos, as espadas e as couraças refletiam a luz do frio sol da manhã, revestidas pelas brumas geladas.
Os cavalos bufavam das ventas o ar que haviam inspirado e preenchido seus pulmões para manterem-se vivos, carregando nos costados os ferozes cavaleiros prontos a matar e morrer.
A guerra cheirava no ar, e os guerreiros, cumpririam seus destinos de guerrear.
Havia uma beleza estética, plástica, épica e triste.
Havia uma fúria insana, inconsciente e indomável.
Logo todos estariam manchados do vermelho do próprio sangue e dos inimigos.
Logo braços e pernas e cabeças seriam decepados e nada restaria além de vencidos e vencedores.
O “Guerreiro” pensou nas palavras do druida na partida da aldeia – “viver e morrer, morrer e viver; é a alma em vidas sucessivas a caminho de Deus”, e ordenou:
“CELTAS!!! ATAQUEM!!! AAAHHHH!!!