O espartilho azul e um pedido insano! Veste pra mim

Meu pedido é educado e singelo. Ainda que não seja tão verdadeiro. Eu peço educadamente e insisto:

_ Amor dá para você se cobrir?

Ela manhosa geme como um bebê dengoso. Não-uuuuu!!!

Confesso que meu pedido soa um tom de ironia, e soa mesmo. Como solicitar que ela se cobrisse com um lençol ou que vestisse uma calcinha maior, se a beleza está contida na provocação desmedida que faz questão de me mostrar.

_ Só se você ficar aqui!

Vira-se de lado e continua me provocar ainda pela manhã. É uma cachorra essa garota.

Como um que de boazinha e ingênua, continua gemendo. Hummmmmmmmmmm, amoooooooooooooooooooorrrrrrrr vem, amor!

Eu fico nervosa, logo cedinho. Sei que por trás daquele dengo de adolescente há uma pretensão de mulher provocante.

Imagina se estou equivocada. Passamos toda a tarde nos curtindo muito. Era a tarde do dia de natal. Abraçamos-nos, ouvimos músicas e nos amamos demais. Solicitei que tomasse um banho e vestisse uma roupinha mais sensual.

Ela fez questão de frisar.

_ Hoje eu não quero fazer amor!

Concordei com ela e jurei que se vestisse o espartilho de renda azulzinho claro, só a olharia. Ainda que meu desejo saltasse aquela minúscula calcinha transparente. Ufa! E dominasse meus tendões e me fizesse perder as forças. Às vezes meu desejo é tão intenso que me contorço ao lado dela sem sequer toca-la, apenas com a imagem despojada na minha cama. Também, como não perder as forças dos tendões? Se só a forma dela deitada me leva a imagens travessas e indecentes.

Ela foi ao banho. Tinha feito uma escova progressiva no cabelo e o cheiro me sufocava.

Mesmo adorando beijar sua nuca, dessa vez fugir do pescoço, das orelhas e da pele toda. Quero dizer dos seios para cima.

Seria uma covardia se visse aqueles pequininos endurecidos seios excitados e não quisesse aconchegá-los na palma da minha mão.

Seria uma imensa covardia, deixa-la pegar neles e enfiar na minha boca faminta.

Um tanto paradoxal a cena; Ela retira parte do espartilho e me mostra os seios, Coloca na minha boca e puxa meus cabelos e me jura que fazer amor não.

_ Amor, antes de você voltar você vem aqui de novo!

Eu estava no computador querendo atualizar meu blog... ela insiste: _Amor eu to ‘cordando’.

Sei que é puro engano de menina mimada.

Agora ela tah de bruços, levanta os pés e bate no lençol. Continua dengosa:

_ Mô, o que você tah escrevendo? De bruços chega ser covardia, de cara pra tela eu não sou doida em olha-la. A calcinha enfiadíssima naquele bumbum definido e trabalhado. Parece bumbum moldado em academia. A renda da calcinha dá um tom que ela está excitada. Não sei, parece úmido o sexo. Eu consigo ver o sexo dela por debaixo da calcinha.

Eu posso assumir publicamente que estou enfeitiçada com sua meninice. Eu posso gritar se eu quiser que estou apaixonada.

Eu posso escrever quantos poemas eu quiser e te dedicar.

_ Mô vc vai vir ou eu posso levantar?

Resolvo deixar o computador e me deitar ao lado dela. É pura provocação mesmo. Ela continua dengosa demais e mimada. Quer porque quer minha boca na boca dela. Eu também quero. Aliás, minhas mãos inocentes já estão no bumbum dela. Minha boca na boca dela. A outra mão aperta os seios, estou transtornada de novo.

Cheguei a fazer uma comparação assustadora.

Ontem, enquanto nos amávamos, a servi um vinho branco numa taça na cama. Imediatamente, ela teve uma visão. Eu derramava o vidro de formal que sobrara da progressiva dentro da taça dela.

Ela perguntou: _ Você teria coragem de me

matar?

Levantei, assustada com a visão dela e fui dar um jeito de sumir com aquele vidro. Abri a porta e fui até o lavatório. Derramei todo o conteúdo de formal e abri a torneira. Retornei ao quarto, ela ainda de bruços me aguardava excitada. Decidi aplicar um corretivo nela. Apaguei a luz, desliguei o computador, o som e dormir.

É assim que se comporta diante de uma bela ninfeta dengosa, deixa-a, excitada e molhada para aprender a parar de fazer esse maldito jogo de provocação. Eu quero, tu queres, ele quer, nós queremos, vós quereis e eles ficam de água na boca... como nós... ela acabou cedendo e a vi de espartilho azul dançando suave em volta da minha cama. A magia se quebrou quando não consegui resistir a dança toda, a toquei. Acabou ali, num enorme suspiro de agonia.

O espartilho azul e um pedido insano. Veste pra mim!

Lu Maximo
Enviado por Lu Maximo em 30/11/2009
Código do texto: T1952335
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