Carlos e o Mar

Carlos foi ao mar, não um mar ali ao lado, foi ir ao mar do caribe, seu sonho de vê os azuis caribenhos de perto, de dentro, no mais profundo de todos os mares que ele já sonhara, o azul do caribe chamava por ele,

Chegou já de no meio da tarde, pode ver do pequeno avião que fez a ultima parte da viagem a ilha Destino o azul daquele mar sonhado, na transparência de suas águas podia ver suas belezas, e mesmo as que não podia ver ele já as sentia mais de perto, digo mais de perto porque sempre sentira em sua vida aquele mar que agora conhecia

Fez o check in no hotel e mal levou suas malas foi ate à areia, sentou e fitou aquele, mas, olho nos movimentos daquele lindo ser azul, ali acariciando a areia branca e fina do caribe, na praia de La Luna, Carlos fitava o mar com carinho vivia sua paixão.

Repassou cada forma de vida que iria ali, encontrar, estar com o corpo imerso naquela água, vendo as moréias que guardam os recifes com suas bocas mordendo o nada, caçando o ar e o alimento. Pensou nos naufrágios que antes eram super tecnologias de guerra, como os aviões que ali naquele mar dormiam agora não mais poderosas armas, mas ancorando recifes que cheios de cores e vidas usavam o fundo do mar pela paz de existir.

Os navios que pegos pelos poderes de mudar que aquele mar usava ao seu prazer, e agora no fundo se postavam como cavernas para serem exploradas, com historias de vida e de cargas para se desvendar, anotar e mesmo desenhar nas pranchetas de mergulho que ele trazia consigo em seu equipamento de mergulho, agora guardado no quarto, Amanha estaria na água.

As horas se passam e Carlos sem nem querer se dar conta do tempo que esta ali, a fitar seu sonho, a reviver cada desejo que agora ira realizar.

À noite esta estrelada e a lua se faz presente a sua praia, a areia reluz em seu encanto branco, o mar já não faz onda, mas se alenta em pequenas marolas que fazem gostoso barulho ao chegar à areia.

Carlos se levanta ainda chegando por horas e horas ao seu mar de sonho, tira todas suas roupas, tranqüilo, pois ninguém mais parece existir ali, ninguém veio à praia da lua. Deixa estes símbolos de sua civilidade ali na areia, sapatos, calça, meias, cueca, camisa, relógio, chave e ate seu celular agora faz parte de um pequeno monte na areia seca da praia.

Entra com passadas lentas, sentindo o mar subir por seus pés, molhando suas coxas, nadegas, sexo, barriga e costas, peito, braços e pescoço, cara e cabeça, agora esta no mar imerso, cheio de vida no mar.

Os sentidos percebem a vida dentro e fora, em todo ser Carlos é o mar, a vida de cada um de seus desejos vem He receber e se apresentar na forma da existência, mesmo as mais profundas recebem Carlos com carinho de quem já se conhece, já se sonhou.

O sol nasce, renascendo o azul do mar do Caribe, as ondas se elevam na nova maré, uma pequena pilha de roupas chega a ser levemente alcançada e molhada, mas ali fica. A pilha de roupas de Carlos, que ainda esta lá a viver seu amor pelo mar.

Guilherme Azambuja
Enviado por Guilherme Azambuja em 17/09/2009
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