Anjos - EPISÓDIO II: Uma conversa de amigas.
A contemplar a beleza do entardecer, Constelação lembrou-se que havia sido indelicada com Menusses e resolveu procura-la para lhe pedir desculpas.
- Oi. Posso falar com você?
- Claro que pode – respondeu Menusses com um sorriso.
- Ai você já me olha desse jeito. Assim estraga todo o discurso que preparei para lhe pedir desculpas.
- Ora Constelação você e seus discursos saiba que não precisa me dizer nada. Nós não precisamos concordar em tudo o legal é podermos estar juntas e nos amar, uma não precisa se anular para ser amiga da outra.
- Muito bonito o que você disse. Isso me faz lembrar um belo jardim que vi na terra onde todas as flores, cada uma em seu canteiro, estavam felizes por serem tratadas com carinho e não se importavam por ser diferentes, pois era essa diferença que fazia a beleza do jardim.
- Viu que não é só tristeza que podemos encontrar na terra? Devemos olhar para as coisas com o coração e assumir que nossa missão é cuidar do que Deus nos confiou indo onde precisam de nós mesmo que não possamos fazer nada.
- É verdade, mas ainda assim eu não entendo por que o homem pode ser tão mal?
- Ora Constelação nem eu entendo, mas devemos crer que o amor do Pai está no coração deles em algum lugar e um dia irá brotar e transformar a vida deles.
- Nem que este dia seja o último da vida deles? Não te parece muito pouco Menusses?
- Não Constelação não é pouco, pois para ao Pai não importa nem o ontem nem o amanhã, mas o hoje.
- Nossa você está parecendo uma teóloga.
- Quem sabe eu seja uma teóloga do amor.
As duas riram e se abraçaram fortalecendo um relacionamento que não pode ser explicado, pois Menusses e Constelação seguem caminhos diversos em buscam de um mesmo ideal: serem felizes e amar sempre mais a Deus.