OS CANTORES E A ÁRVORE ENCANTADA (MINICONTO INFANTIL)
Madrugada; a cantoria começa às quatro da manhã. Os vizinhos acostumados, com a poluição sonora da cidade implicam com o canto. Afinal, não se lembram mais, como é o barulho do campo. O dono não sabe o que fazer com ele? E, também com os seus filhos- cantores! Oferece os taizinhos, para os amigos, familiares,... até para os inimigos! Alguns se comprometem a ir buscar o pai ou um dos filhos. Mas, não aparecem! No prédio vizinho até um sapato foi atirado no cantor-pai. Foi só pena que voou! Com o susto, ele ficou alguns dias emudecido, mas, passado o trauma da sapatada, voltou a cantar. Subia no galho mais alto da pitangueira e soltava a franga, isto é, soltava a voz! Carolina, a criança da casa, tinha certeza, que ele e seus filhotes vieram de um reino encantado. Cogitou-se a possibilidade de exterminar alguns, mas, o choro da menina foi ouvido com intensidade, que a idéia foi esquecida. Os vizinhos continuam na cruzada do extermínio. O dono dos cantores confabulou com a esposa de colocá-los num saco e os levar para longe. Aquela madrugada fria seria a última para os tenores! Mas, a manhã reserva uma surpresa! No local da pitangueira uma cratera!? Todos exploravam o fato, assustados! Carolina, então deu a sua versão sobre a história: “Emilia veio nos visitar e jogou pó de pirlimpimpim nos nossos cantores, e assim, eles fizerem uma viagem fantástica! Ah! Agora estão felizes cantando no sítio do Picapau Amarelo!