Mãos vazias.

Ela, tinha as mãos vazias e o coração em desalento.

A garrafa de vinho cintilava naquela velha prateira empoeirada.Passara por ali tantas vezes, e avistava aquela garrafa insignificante, agora era diferente, Beber o vinho daquela garrafa poderia dar-lhe a coragem que necessitava para afogar todas as lembranças que a faziam dilacerar no próprio seio. Ela tinha sede de vingança, queria derramar o fel que lhe impuseram beber. E foi então que Ele chegou, mansamente, tomou-lhe a mão vazia e beijou-as, quem seria Ele? Como se atrevia a fazê-la desistir da embriagues e da vingança? Sentou-se com ela naquele ponto do caminho.Declarou-se como se a amasse há muito tempo em silêncio sem faze-la saber, mas agora não poderia perde-la, não para aquele vinho, não para aquele ódio, para aquela sede de vingança, ele retirou uma garrafa cheia de vinho que trazia no peito, que ironia... Vinho... E ali mesmo, eles se embriagaram, ela se esqueceu de tudo o que havia sofrido e do seu passado, fizeram amor e nunca mais se separaram. Quando ela por ventura ou desventura quer lembrar de alguma coisa, ele a convida para dançar sob a luz do luar. Abraçados são apenas, “UM”, Na doce fragrância do vinho que os mantém embriagadamente...Sóbrios.
 
 
Dedico ao Meu Amor Maior que me ama sem me pedir explicações.





 





Fotos da Internet.