Defenssores do Paraíso: Kan Raruh

É noite, o céu parece estar desabando em águas. No fim de uma densa floresta, se encontra um homem. Atrás dele, centenas de corpos formam um longo tapete misto de sangue e chuva, à sua frente um penhasco servindo de palco para uma imensa tela de sombras e raios. Seus cabelos não voam ao vento, estão pesados molhados pelas gotas grandes e geladas que despencam do céu velozes e torrentes. Em sua mão uma espada longa que outrora se encontrava vermelha, mas agora sua lâmina se mostra límpida e cândida como se houvera sido purificada pelas águas celestes. Em seu rosto se observa uma expressão triste onde deveria haver felicidade por ter vencido sozinho um exército de quinhentos homens, ao invés disto, lágrimas se misturam a água que escorre por seu rosto e uma grande angústia o faz lançar um grito terrível ocultando até mesmo os apavorantes trovões.

Seu nome? Este é uma representação de seu maior sonho, que em uma língua já esquecida traduz-se: "Aquele que tem nome de quem vive, mas está morto."