O Retorno do Dragão de Trevaterra. Parte II
---Dormiste bem, meu nobre amor?
Não eram escamosas as mãos que circundavam sua cintura.
Por alguns segundos, a Rainha olhou para a céu. Nada do Dragão. Olhou para o pé da torre. Nada do bardo. Aliás, fazia um certo tempo que o bardo silenciava. Porém, ela não havia dado-se conta de que na verdade, ele nem estava lá. Ou estava, e havia escondido-se entre as árvores. O estranho, é que o bardo havia cantado há poucos dias uma canção sobre o fim de um ciclo e o início de outro. Talvez fosse isto. Como poderiam ter havido mudanças na vida do bardo (E vida de bardo é sempre turbulenta...), ela não se surpreendeu. Talvez nem ele tivesse dado-se conta do quanto sua companhia, mesmo que não se falassem diretamente, era importante e lha dava forças para suportar a clausura, até por que, nunca a havia visto. A torre era mesmo muito alta.
---Como um anjo...
Ela respondeu, com um sorriso carregado de melancolia; segurando as mãos lisas do Rei de Lugarnenhum.
---Querida...
Continuação de "O Retorno do Dragão de Trevaterra. Parte I".