21/12/2008
É um domingo. Está um dia quente e meio sombrio. Ontem também esteve assim. A verdade é que as pedrinhas não saíram ainda de minhas mãos. Esqueci delas por um pequeno instante, atarefada. Quase não brinquei. Entretanto descobri o brilho fulguroso delas. Cintilam e tua presença, teu riso, teu canto, teu jeito misterioso, tornam-se reais. E hoje, só hoje, descobri algo incomum, ao observá-las e guardá-las. São frágeis como cristal quando desperto. Enquanto durmo e alcanço-as com as mãos, são rochas inabaláveis. Quando sou gente, desperta no mundo, vivendo o dia a dia comum, não pode haver descuido. Observei-as e percebi que se caírem fatalmente o brilho seria reduzido à poeira. E o encanto cessaria. Faça-me forte ao cuidar delas. Sendo eu, como fui até o dia em que ganhei o presente, certamente cairão. E eu não quero perdê-las!
Encanta-me!