Labirinto
Ampolas. Lençóis novos- diz a enfermeira; mulher gélida, malvediça.
Sai do quarto. Fecha a porta.
Joana sorri em direção à figura do homem posto em jaleco suspeito, porém firme e frio.
Inóspito local. Cheiro de ampolas. Vidros alucinados. Beijos sufocados.
Palpitam, o corpo dela e os dedos benfeitores. Alí, curiosos, imersos.
Seios e coxas, mesmo murchos e pálidos, mostram toda a avidez da pele contagiada e viva.
A luz do quarto é incisiva, cirúrgica. E os lábios ainda infantis de um vermelho acentuado e pueril se mostram. Um sol de iluminuras frágeis abate os corpos anexos, absorvidos...