O DIVINO EVENTO
Uma grande platéia constituída por milhares de homens importantes de
nosso mundo social, econômico e político se reunia, tendo a natureza como anfiteatro. O palco, posicionado em lugar de muito destaque, ficava bem no alto e desnivelava sobremaneira a multidão que se agitava à procura de boas colocações, subindo e descendo os degraus que interligavam os andares... Havia dois microfones móveis cor-de-rosa colocados à disposição da platéia, que era quem decidia a apresentação do grande evento, através de números improvisados, mas que representavam muito bem as expressões de todos.
O motivo que os unia era de transcendental relevância. Apesar de eles se dividirem em facções competitivas na vida pública ou privada, naquele momento confraternizavam-se, seguindo sem o saber, os impulsos representados pelos inconscientes coletivos.
Um homem muito importante do nosso mundo político e social foi impelido a subir ao palco sagrado e então falou coisas que nunca tinha dito ou pensado antes. Era agora, uma personalidade humilde, diante daquele público inteligente, culto, espiritualizado e que lhe exigia a satisfação de suas mais profundas necessidades humanas: sentir Deus!
Todos nesse momento sentiam e exteriorizavam um profundo amor ao próximo e ao Poder Supremo, representado ali pelo palco vazio, livre e entregue às consciências presentes,as quais subiam até ELE com muito respeito e responsabilidade, dirigindo-se aos seus irmãos da platéia.
Esta reportagem espiritual termina quando duas mulheres foram convocadas a subirem ao palco e a usarem os microfones móveis cor-de-rosa. Uma delas representava um tipo de consciência feminina mais evoluída e a outra, menos avançada.
Pedia-se para que elas cantassem...
Elas subiram as escadas, que davam acesso ao palco divino, um pouco receosas pelo improviso, afastando-se depois para um dos cantos a fim de afinarem os tons de suas vozes.
Enfrentaram então, decididamente os microfones e cantaram maravilhosamente bem, uma música chamada:" CREIO EM TI AO VER QUE A CHUVA CAI E FAZ O SOL NASCER..."