Malandro demais... I
emiliaeavida.blogspot.com
As duas amigas riam á larga diante das fotos da última viagem. Lena, a mais velha, divertia Mariana com suas observações bem humoradas sobre pessoas e lugares visitados. A amiga curtia demais esses momentos, pois era como se tivesse viajado também. Na volta de Lena, ver as fotos era o motivo para uma tarde agradável, de muito riso, de muita prosa.
Das duas, Lena era a aventureira, sempre de mochila pronta, aceitando os convites mais inusitados, para conhecer novos lugares. Mariana se cansava só em ver as fotos, admirada da energia esfuziante da amiga. Em rara ocasiões viajaram juntas mas Mariana nem tentava acompanhar o pique da amiga de “asinha nos pés".
Eram muito diferentes, mas sempre foram amigas e confidentes. “Bonitas inteligentes e bem resolvidas”, era assim que se definiam, sem nenhuma modéstia. De personalidade calma e tranqüila, Mariana era um vulcão prestes à entrar em erupção. Estava sempre “envolvida” com alguém, se apaixonando, esquecendo e recomeçando, sempre a procura da “tal” alma gêmea. Lena, apesar de mais extrovertida, era mais centrada. Tinha um “namorido”, como costumava dizer as amigas, mas dizia também que a vida era uma eterna busca.
Mariana clicou na pasta “fotos de amigos”, clicou de novo na “apresentação de slides” e ficou atenta ao desfile dos tipos mais diversos da lista de Lena. Ria, pois revia também fotos suas, de momentos partilhados, felizes. Distraída, tomou um susto quando apareceu uma foto em meio a seqüência: um homem sorria, brincando com um cachorro. Parou a apresentação, de olhos arregalados:
- Quem é?
- Um amigo...
- Conhece-o de onde?
- Por ai... por ai...
Lena percebeu que a amiga estava séria demais. Parecia desconfortável, rugas na testa, lábios cerrados...
- Algum problema, Mari?
- Não! Nenhum! E a resposta foi tão ríspida que Lena confirmou: algo acontecera com sua amiga.
- Você o conhece também, não é?
Mariana quis desconversar. Levantou um par de olhos tristes e falou sem graça:
- Conheço-o, sim. Mas é só um amigo virtual...
- Ei, eu não o conheço pessoalmente, é meu amigo virtual também!
- Lena, você lembra que te falei que havia conhecido alguém muito interessante? Era dele que estava falando!Trocamos emails, nos falamos no MSN...você tem algo com ele?
- Como assim, “algo”?
- Lena, é que ele me manda cada e-mail! Diz que está apaixonado por mim!
Lena não responde. Inclina-se e abre seu email, clica numa pasta “confidencial” e dispara:
- Desculpe amiga, leia alguns emails dele, ou todos se quiser e tire suas próprias conclusões...
Mariana iniciou a leitura imediatamente e Lena percebeu a aflição no semblante da amiga. Sua intuição lhe dizia que essa história mal havia começado.
CONTINUA...
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As duas amigas riam á larga diante das fotos da última viagem. Lena, a mais velha, divertia Mariana com suas observações bem humoradas sobre pessoas e lugares visitados. A amiga curtia demais esses momentos, pois era como se tivesse viajado também. Na volta de Lena, ver as fotos era o motivo para uma tarde agradável, de muito riso, de muita prosa.
Das duas, Lena era a aventureira, sempre de mochila pronta, aceitando os convites mais inusitados, para conhecer novos lugares. Mariana se cansava só em ver as fotos, admirada da energia esfuziante da amiga. Em rara ocasiões viajaram juntas mas Mariana nem tentava acompanhar o pique da amiga de “asinha nos pés".
Eram muito diferentes, mas sempre foram amigas e confidentes. “Bonitas inteligentes e bem resolvidas”, era assim que se definiam, sem nenhuma modéstia. De personalidade calma e tranqüila, Mariana era um vulcão prestes à entrar em erupção. Estava sempre “envolvida” com alguém, se apaixonando, esquecendo e recomeçando, sempre a procura da “tal” alma gêmea. Lena, apesar de mais extrovertida, era mais centrada. Tinha um “namorido”, como costumava dizer as amigas, mas dizia também que a vida era uma eterna busca.
Mariana clicou na pasta “fotos de amigos”, clicou de novo na “apresentação de slides” e ficou atenta ao desfile dos tipos mais diversos da lista de Lena. Ria, pois revia também fotos suas, de momentos partilhados, felizes. Distraída, tomou um susto quando apareceu uma foto em meio a seqüência: um homem sorria, brincando com um cachorro. Parou a apresentação, de olhos arregalados:
- Quem é?
- Um amigo...
- Conhece-o de onde?
- Por ai... por ai...
Lena percebeu que a amiga estava séria demais. Parecia desconfortável, rugas na testa, lábios cerrados...
- Algum problema, Mari?
- Não! Nenhum! E a resposta foi tão ríspida que Lena confirmou: algo acontecera com sua amiga.
- Você o conhece também, não é?
Mariana quis desconversar. Levantou um par de olhos tristes e falou sem graça:
- Conheço-o, sim. Mas é só um amigo virtual...
- Ei, eu não o conheço pessoalmente, é meu amigo virtual também!
- Lena, você lembra que te falei que havia conhecido alguém muito interessante? Era dele que estava falando!Trocamos emails, nos falamos no MSN...você tem algo com ele?
- Como assim, “algo”?
- Lena, é que ele me manda cada e-mail! Diz que está apaixonado por mim!
Lena não responde. Inclina-se e abre seu email, clica numa pasta “confidencial” e dispara:
- Desculpe amiga, leia alguns emails dele, ou todos se quiser e tire suas próprias conclusões...
Mariana iniciou a leitura imediatamente e Lena percebeu a aflição no semblante da amiga. Sua intuição lhe dizia que essa história mal havia começado.
CONTINUA...