Albeto e o forte na montanha
Vazio, esta seria a melhor palavra para descrever lá fora. Tudo parece tão calmo, ainda que não seja muito seguro lá fora está, pois os perigos são muitos e muitas são as incertezas da vida a muito tempo. A vida seria mais solitária para o velho senhor Alberto Gurvelino, se não fosse por seus dois amigos inseparáveis: o cachorro jo-fi e o gato de olhos grande e amarelos chamado Smeagle. Nunca teve amigos tão leais e confiáveis como estes dois animais adoráveis.
São tempos difíceis para todos, e Alberto sabendo disto veio a mais de dez anos se refugiar num esconderijo na encosta de um montanha. Seu castelo e forte, lugar quase intransponível, sempre toma cuidados para não deixar que o vejam entrar. Sua morada tem um imensa janela e uma grande lareira aonde costuma ler antigas histórias e ver as suas mais queridas memórias marcadas em fotografias.
Sua casa é repleta de livros, estantes e estantes de A à Z. tem pelo menos meia dúzias dos antigos computadores e muitos mais muitos cds, chips, dvds e pendrives. Todas coisas da antiga civilização outrora existente. É muito lamentável saber que quase nada existe além de ruínas, de máquinas velhas destroçadas e enferrujadas, e muitas mutações à solta por ai.
Humanos, são poucas as criaturas que ainda restam, neste mundo poucos animais antigos existem. E os demais, preservam-se ou em antigas fotografias ou em replicas de siborgues de latas que tem as suas antigas formas. O velho Alberto tem inclusive um destes corvos mecânicos de nome Osvald, últimas destas grandes invenções dos homens, reflexo de sua loucura e decadência.
Tudo ia bem até aquele momento...quando o seu alarme de defesa disparou a gritar e a denunciar algum possível invasor. – vá ver o que é Osvald. Ordena Alberto ao corvo mecânico à vapor, que sair voando com suas asas metálicas pela janela do forte na rocha.
Em cima da montanha de Alberto se encontram alguns homens que brigam entre si. Então o corvo tenta se aproximar para ver do que se trata. Quando de repente é atacado por um dos homens que atira nele, lhe acertando em cheio a asa esquerda, fazendo com que o pássaro cai em uma floresta no pé da montanha. Alberto que via tudo através dos olhos de Osvald, fica indignado. Mas se acalma e pensa em uma forma de resgatar e descobrir as intenções daquele grupo de homens.
Quando de repente tem um idéia maluca, de usar um de seus velhos projetos até então não usado. Uma espécie de traje mecânico gigantesco. Então, ele vai até a sua sala de armas e bugigangas e entra na empoeirada armadura mecânica e ligando os motores vai para cima da montanha.
- olhem! Grita um dos homens, apontando para um robô enorme que vem em direção a eles, e começa a atirar. O robô não sente nenhum dano provocado pelas armas dos homens e continua em direção aos homens até derrubar um a um e pegar um deles na mão e o interrogar: - quem são vocês e o que querem? – o homem tremendo como uma vara verde então responde: - somos um grupo vindo da cidade das sucatas, estamos em busca de um abrigo seguro. Não queríamos incomodá-lo, nós deixe ir, por favor! O robô então o solta e pergunta: - por que atiraram no pássaro mecânico? – por achar que fosse um espião da cidade das sucatas que queria nos encontrar.
Então, Alberto, os deixar ir e os advertem para que não mais voltem àquelas bandas, e vai até o pé da montanha pegar o seu amigo de ferro que está abatido na floresta.
Depois do acontecido, alberto já em casa e consertando Osvald que foi seriamente danificado, enquanto reflete no que aconteceu e o que pode está acontecendo lá fora. E se pergunta: - não seria uma boa hora para criar um grupo de restauração do mundo?
Mas logo parou de pensar nisto. na certa estava delirando e foi relaxar em sua cama ouvindo um destes antigos clássicos já desconhecidos mas que fazia sua alma se encher de graça e esperança de um novo amanhã. Em um mundo sem esta imensa nuvem de fumaça negra que cobre de par em par os céus cor de cinza. Quando os campos voltarem a ser verde claro e não este verde escuro que tinge toda as regiões de floresta(pelo menos o que resta).
Alberto então adormece...
De França, Jhonathan do livro Horas bizarras da vida, publicado em recanto das letras em 26/11/08