AMOR E BARRO

No verão chovia muito e sempre havia um pé enlameado para se limpar em um galho. E muitos deles naquele verão passaram a ser limpos mais ou menos no mesmo lugar.

No outono os montinhos estavam cada vez mais altos e quando chegou o inverno chovia pouco, a bem da verdade, mas o suficiente para grudar as folhas que caíram durante o outono entre as pilhas de barro unindo-as e formando varias paredes.

Na primavera vieram os passarinhos e as flores trazendo a beleza dos campos. Mas faltava uma coisa, pois da chuva eles ainda não sabiam como se proteger.

E quando o sol do verão e a chuva chegaram novamente trabalharam sem parar para tirar a água. Estiou e deitaram em cima das folhas para descansar, mas se incomodavam com o brilho do sol e pegaram os galhos que tinham muitas folhas e colocaram em cima das paredes formando um telhado.

E trouxeram muita madeira e fizeram janelas, portas e uma mesa enorme com varios bancos e colocaram um cesto de frutas alegrando todos com aquele aroma inebriante, e falaram bem alto.

— Enfim no nosso lar doce lar.