A árvore.
O garoto subiu na frondosa árvore ao lado do rio, permaneceu folgado ao galho mais alto, colheu a frutas silvestre e verdes, no rio abaixo percebeu uma movimentação ruidosa de alguns peixes que subiam as correntezas.O garoto gostava de ficar observando o rio e sempre que podia subia na figueira, mas naquela tarde havia uma manifestação estanha, ele não sabia mas nas margens sujas do rio nascera uma serpente que a muito o observava. Ficava ali encostada nos ramos que se curvavam ao passar das águas, e foi assim que ela desejou ser um menino.
Naquela tarde ela resolvera virar menino, os peixes assustados fizeram a confusão nadando ao contrario,para poder assim ficar de olho na serpente.
Mas o menino endiabrado observava tudo isto, ficou encantado com os peixes que subiam o rio de costas, era bem estranho pensou o garoto que distraído não viu a serpente se aproximar, jogou o corpo para trás prendendo as pernas no galho, balançou o corpo com os braços estendidos para baixo.
Chegando silenciosamente a serpente não percebeu que o menino tinha nas mãos um canivete.Como toda serpente é surda esta não fugia a regra, não ouvia o garoto endiabrado recitava uma endecha macabra com o movimento dos braços e o brilho do canivete enfeitiçou a serpente.
Ela sorrateira foi subindo na arvore, os peixes que passavam bem que tentaram avisar o garoto, mas alguns estavam felizes por escapar do canivete que balançava brilhante.
Quando ela chegou mais perto tocou o chocalho para dar um bote e virar menino,porém com movimentos ágeis o garoto espetou o canivete próximo a cabeça da serpente que se curvou enrolando-se no caule grosso da figueira e no menino.Ambos caíram no rio ela sentindo uma dor atros ele sentindo-se um herói, e foram correnteza abaixo seguidos de perto pelos peixes, era bonito de se ver, a serpente enlaçada no garoto e ele agarrado ao dorso dela.O final ninguém soube contar, mas me mostraram uma grande figueira no lado oposto do rio que o grosso caule tem a forma de um menino porém a cabeça de serpente.