O INVENTOR DE JOGOS
- Pai! Você poderia brincar comigo de alguma coisa?
- Brincar filho? Você não sabe que eu tenho um monte de coisas para fazer e não posso ficar brincando com você?
- Pai! Afinal de contas o que é que você faz?
- Vamos dizer que eu sou um... Como irei explicar para você... Inventor.
- Inventor, nossa que coisa interessante! E o que um inventor faz?
- Inventa coisas! Cria!
- Poxa pai. Isso deve ser divertido mesmo heim?
- Posso dizer que me divirto um pouco com isso, mas ultimamente tenho andado com falta de idéias.
- Então o senhor não tem inventado muitas coisas ultimamente?
- Para ser sincero não.
- Então, sobra um tempinho para o senhor brincar comigo, não é?
- Até sobraria meu filho, mas mesmo quando um inventor não está trabalhando, ele está trabalhando.
- Não entendi.
- É que eu tenho que pensar muito para poder inventar as coisas mais perfeitas.
- Pai! E quando eu crescer vou ser inventor também?
- Não vamos pensar nisso agora.
- Está bem, mas então vamos brincar.
- Você não pode brincar sozinho não?
- Pai! Porque você não inventa uma brincadeira então?
E assim foi, e todos os jogos e brincadeiras que seu pai inventava, o filho com inteligência e perspicácia resolvia e logo chegava ao final.
Tão logo o pai criava um novo jogo o filho já vinha lhe pedir outro novo, quase não dando tempo para o seu pai desenvolver com perfeição o seu trabalho. Então o pai começou a pensar em um jogo cada vez mais complexo para que o filho levasse mais tempo para resolver e a dificuldade de seus jogos aumentava e lhe impressionavam sua genialidade e a de seu filho.
Então o pai entrou num acordo com o filho e pediu que ele brincasse com todos os inúmeros jogos que ele havia inventado até então para que ele pudesse inventar a sua obra-prima. O jogo dos jogos. O filho concordou e seis dias se passaram. O filho jogou todos os jogos na ancia do que tinha por jogar, mal sabendo ele a quem tinha provocado. No sétimo dia ele apresentou ao filho sua criação e lhe disse:
- Agora você terá muito tempo para se divertir com ele e eu vou tirar umas férias ou talvez até mesmo me aposente e lhe transmita meu ofício.
O filho ficou maravilhado, não compreendendo todas as variações do jogo a princípio e suas dificuldades, mas por fim o pai vencera o desafio.
- Pai! Antes de o senhor ir, como se chama o jogo?
- Pensei em chamá-lo de Universo...