UM CAMINHAR

No findar de mais um dia de busca, com erros e acerto derrotas e vitórias sai pensando estar sem destino conduzindo meus passos pelas ruas, becos e vielas seguindo a brisa suave que tocava a minha face projetei-me calmo em sentido da praça central da cidade, estava bem tranqüilo com o corpo cansado, porém não sentia as dores dos músculos que iam lentamente se relaxando após um dia inteiro de trabalho sagrado, até o estresse da cidade não me incomodava.

Quando fui presenteado com um belo sorriso de uma linda criança, mais adiante um pouco, dois guardiões da chave do saber estava a dialogar, parei cumprimentei-os e eles me saudarão com bastante paz em seus corações, fiquei por alguns instantes escutando o dialogo dois como estava despreocupado, só escutei e sai tranqüilo pela calçada a degustar cada passo que tocava o concreto suave sobre meus pés cruzei esquinas, e mais esquinas até chegar a praça central e ao tocar com meus pés sobre o meio fio, olhei o canteiro central que estava molhado após ser regado pelo jardineiro e a grama estava verde em pleno inverno, as flores já se floria flores repletas de aroma saudável há espalhar teu perfume em todas as direções, as arvores estavam trocando suas vestes e surgia brotos lindos.

Parei e fiquei ali próximo do banco olhando o canteiro e também observava a multidão que passava apressada depois de uma segunda-feira que para eles foi estressante, preocupada apenas em correr desvairadamente para chegar em teus lares, nem bem sei se com tanta tensão irá conseguir ver a beleza de teus filhos, porém continuei ali, quando veio em minha direção um velho amigo falando espanhol, francês, estava feliz entre aspas, porque com todo teu potencial corre sempre atrás de alcançar algum alvo sem sentido e objetivo nenhum.

Porém não o desanimei falei um pouco com ele e depois de alguns minutos ele partiu e ai assentei-me no banco e fiquei a contemplar a avenida central projetada bem em minha frente, o sol todo avermelhado buscando esconder-se atrás das longínquas montanhas, no final da grande vereda distante, só que para mim cada por de sol é diferente, este também com toda certeza não será igual aos outros, pois ao longe a fumaça começa a se erguer no meio dos canaviais querendo esconder o brilho de teus raios, porem com bastante energias positivas depois de um dia inteiro de luta ainda encontra subsídios para encantar toda terra, e nesta Constância não resisti permaneci ali até os últimos raios esconder-se atrás da montanha, e foi quando olhei para o lado e vi que não estava sozinho degustando mais um presente em meu dia, pois estava acompanhado de um lindo cãozinho que com muita paz me saudou latindo e abanando o rabinho feliz por poder contemplar a mais um lindo presente cedido de graça por ELE. Não busco ser perfeito ou anormal apenas degustar cada instante de meu tempo.

NUTE DO QUARA