Um passeio em Ursa Maior (minimalista)
Chegou correndo, como fazia todos os dias. Trazia colado ao peito todo seu equipamento de comunicação e teletransporte. Um ship com mapeamento genético completo para sua locomoção por toda a extensão do universo. – Henrique, onde você vai brincar hoje, meu filho? – Perguntou a mãe com voz doce e suave, livre de qualquer preocupação. – Com alguns amiguinhos lá de Ursa Maior. – Respondeu o filho e projetou-se rumo ao infinito.
Na galáxia ao lado, o pai do menino permanecia concentrado. Trabalho duro... Estava em um debate com amigos de Órion. Embora palavras e espaço/tempo estivessem vencidos, era possível sentir o calor das discussões. Na pauta, a construção de um novo terminal interestelar para o setor oeste da Via Láctea. O problema não era dinheiro. Apenas a organização e direcionamento dos focos de raios mentais para favorecer e otimizar o fluxo de energia de cada corpo etéreo em movimento dentro do todo universal.
Ao final do trabalho, a esposa disse ao marido: - vejo daqui, que você está um pouco cansado. – Nada que impeça meu retorno. – Respondeu. – Quando você volta? – Indagou a esposa. – Vou demorar um pouco. Acho que uns dois segundos. – disse. – O Henrique está ali, em Ursa Maior. – Informou. – Eu estou vendo. Olhe só como ele brinca naquelas cinco constelações. Menino esperto e de futuro! Exclamou o pai, cheio de orgulho.