A PRINCESA ENCANTADA E SEU QUARTO MÁGICO!

 

Em uma casa confortável, em um belo quarto, vivia uma Princesa Encantada, cheia de sonhos em sua cabecinha. Sonhava encontrar alguém que lhe fizesse feliz. Não precisava ser, necessariamente, o Príncipe Encantado, um ser vindo de outro Planeta, ou mesmo um homem bonito, rico. O que ela queria, era amar... Dar todo aquele amor que havia em seu coração a alguém que, realmente, o merecesse. E ela tinha tanto amor para dar... Sincero... único... repleto de calor humano e vontade!

 

Ela passava a maior parte de seu precioso tempo ali, naquele quarto, que fora construído especialmente para ela, dentro dos moldes de sua – transitória - deficiência física, pois, pelo menos por enquanto, não lhe era permitido andar, de um lado para o outro, como nos velhos tempos, antes de contrair uma Bactéria teimosa, por uma gripe mal curada. Virou pneumonia e as coisas se complicaram 

 

Naquele quarto mágico, havia a cama – onde ela sonhava – o telefone, para os contatos com os amigos – muuuuitos! – e seu bem maior: o computador! Mas, como assim... Computador no quarto da Princesa? Já havia a tal da Internet, nos tempos áureos da vida palaciana? Bem, nessa história, sim! E era ali, digitando, às vezes com certa dificuldade, devido ás dores que sentia, que ela compunha belíssimas Obras Poéticas!

 

O que havia de mais profundo lirismo em matéria de Poesia! Escrevia, todos os dias, por vezes, compulsivamente, até altas horas da madrugada, em que  a sua veia poética estava ainda mais aflorada e ela podia dar vazão, no silêncio de seu quarto mágico, a sua inspiração para escrever os mais belos Poemas de amor e paixão... e que paixão!!!

 

Seus versos não eram dedicados a ninguém, em especial! Ela, simplesmente, escrevia! Inventava, às vezes, um Muso, um mago encantado, que lhe inspirava... Mas era pura imaginação de Poeta!

 

E, assim, de versos em versos, de rimas em rimas, ela, a Princesa Encantada, em sua solidão pela qual havia, ela mesma, optado, ia encantando a todos que a liam!

 

O que a Princesa não percebia, às vezes até por ter alma de Poeta, é que ela era, sim, muito feliz! Feliz por ter amigos, por ser amada por todos, porque seus inúmeros amigos torciam por sua total recuperação, pelo retorno de sua alegria de viver – que, na verdade, ela não a havia abandonado – mas, vez em quando, sentia-se deprimida, triste, solitária, esquecida, por todos, até mesmo por sua família, que a amava muito! No fundo, ela tinha certeza disso.

 

E, no dia de seu Aniversário, reuniram-se os amigos em uma festa que ficou na história, de tão bela e perfeita! Todos os pares, vestindo roupa branca, dançavam a Valsa Vienense, em sua homenagem! No imenso salão do Palácio, todo enfeitado e magistralmente iluminado, os pares levitavam.  E a Princesa Encantada, no centro do de tudo, sorria!

 

Sorria da vida! Sorria para a vida! Sorria para o amor! Saiu daquele quarto mágico – embora jamais tenha abandonado o seu dom divino de escrever belíssimas Poesias -  e foi feliz, com seu amado, com o qual sempre sonhou, por toda a vida, que encontrava-se no salão, a sua espera!

Foram felizes...para sempre!!!