A gruta de Narendra (extraido do livro a viagem a ilha de Saves)
O recém chegado observou o pequeno e atrapalhado besouro azulado que ,ao contrário da mariposa ,que com gestos suaves ,depositava os grânulos de pólen nos estames das plantas floríferas,este,todavia,esforçava-se no mesmo intento.Que tamanha
obstinação impulsionava o voador desajeitado!Um novo encanto,alento
vivificante circulava nas veias indo banhar o coração do sapo.
Prezado leitor,grandioso será o seu dia,quando a desilusão chegar,obrigando-o a refletir sôbre o sentido de sua existência.Por certo,feliz paradoxo não ocorrerá em momento tão belo,quando se emocionará derramando lágrimas sinceras ao ver o grandioso milagre nas pequenas coisas.
Caro leitor,não se inquiete,se a visão de um imenso nada ou um vasto deserto na multidão dos homens se erguer a sua frente.Trata-se de pura ilusão,fogo ardente pintado sôbre tela fria,incapaz de queimar sua essência eterna e infantil.O pequeno Govinda a irrequieta criança cosmica que habita nosso âmago,estará sempre pronta a transformar em florestas de savanas,alamedas de rica vegetação aqueles cenários de abandono.Assim,encontrava-se o nosso personagem e entendia a seriedade de tais fenômenos e dedicava intermináveis momentos a observá-los com imenso deleite.
Ignoto e caro leitor,compadeça do pobre autor que se esforça em jogo de palavras e metáforas a tentar traduzir o intraduzível.Porém,creia que a desilusão do homem é o seu mais belo instante,pois antecede o crescimento de um semi deus inconsciente ,tonto e perplexo em Deva de pura consciência,capaz de ouvir a música dos arcanjos e serafins.
Voltemos,agora,a narrativa,confiantes do perdão do leitor pela divagação que nos afastou da retidão do texto,todavia,creio que nunca devemos deixar de explorar as pequenas trilhas que surgem a beira da estrada.Elas existem às custas de alheios passos pesados que esmagam plantinhas rasteiras,mas no holocausto de seus corpinhos,acreditam valer a pena tamanho sacrifício.Quiçá,em seu término,o anônimo explorador deparará com orquidea de rara beleza ou surpreenderá com um ninho de azulões e quem sabe, acordará Govinda,sempre nascitura e que adormece em si...
Kapila,acompanhado de Mazda e Jaimini convidaram IANODA a conhecer a ilha de Saves e a explorar a gruta do monte Arati,onde vive o asceta Narendra,que já contava com mais de cem anos.Circularam por uma vereda de palmeiras,oitizeiros e pajurás da mata.Durante a caminhada ,eram saudados,alegremente, pelos moradores que se curvavam e repetiam a mesma frase:"Sejam felizes",no que respondiam
agradecidos.
O recém chegado observou o pequeno e atrapalhado besouro azulado que ,ao contrário da mariposa ,que com gestos suaves ,depositava os grânulos de pólen nos estames das plantas floríferas,este,todavia,esforçava-se no mesmo intento.Que tamanha
obstinação impulsionava o voador desajeitado!Um novo encanto,alento
vivificante circulava nas veias indo banhar o coração do sapo.
Prezado leitor,grandioso será o seu dia,quando a desilusão chegar,obrigando-o a refletir sôbre o sentido de sua existência.Por certo,feliz paradoxo não ocorrerá em momento tão belo,quando se emocionará derramando lágrimas sinceras ao ver o grandioso milagre nas pequenas coisas.
Caro leitor,não se inquiete,se a visão de um imenso nada ou um vasto deserto na multidão dos homens se erguer a sua frente.Trata-se de pura ilusão,fogo ardente pintado sôbre tela fria,incapaz de queimar sua essência eterna e infantil.O pequeno Govinda a irrequieta criança cosmica que habita nosso âmago,estará sempre pronta a transformar em florestas de savanas,alamedas de rica vegetação aqueles cenários de abandono.Assim,encontrava-se o nosso personagem e entendia a seriedade de tais fenômenos e dedicava intermináveis momentos a observá-los com imenso deleite.
Ignoto e caro leitor,compadeça do pobre autor que se esforça em jogo de palavras e metáforas a tentar traduzir o intraduzível.Porém,creia que a desilusão do homem é o seu mais belo instante,pois antecede o crescimento de um semi deus inconsciente ,tonto e perplexo em Deva de pura consciência,capaz de ouvir a música dos arcanjos e serafins.
Voltemos,agora,a narrativa,confiantes do perdão do leitor pela divagação que nos afastou da retidão do texto,todavia,creio que nunca devemos deixar de explorar as pequenas trilhas que surgem a beira da estrada.Elas existem às custas de alheios passos pesados que esmagam plantinhas rasteiras,mas no holocausto de seus corpinhos,acreditam valer a pena tamanho sacrifício.Quiçá,em seu término,o anônimo explorador deparará com orquidea de rara beleza ou surpreenderá com um ninho de azulões e quem sabe, acordará Govinda,sempre nascitura e que adormece em si...
Kapila,acompanhado de Mazda e Jaimini convidaram IANODA a conhecer a ilha de Saves e a explorar a gruta do monte Arati,onde vive o asceta Narendra,que já contava com mais de cem anos.Circularam por uma vereda de palmeiras,oitizeiros e pajurás da mata.Durante a caminhada ,eram saudados,alegremente, pelos moradores que se curvavam e repetiam a mesma frase:"Sejam felizes",no que respondiam
agradecidos.