A Outra

- Sr. Paulo Vitor! Pode ir se explicando! E não se faça de bobo, porque eu vi, com os meus próprios olhos! Quem era aquela sirigaita, que estava com você, ontem à noite? E ainda por cima, na sua casa!!?

- Era a Débora, meu bem!

- Débora!? Como assim!?

- A Débora, sabe a...

- Pode parar, Vitor! As minhas amigas, sempre me diziam, que você era um “galinha”, mas não! A boba aqui, acreditando no seu amor, por mim! Aiii, como sou boba, gente!

- Mas Rita, a Débora é...

- Cheeega, Vitor! Não quero saber! Acabou! Vou para a casa, da mamãe! E pensar que foram dez anos, convivendo com você! Dez anos! Aiii, que ódio!

- Mas, Rita...

- Caaalado! Você não tem, mais moral para falar comigo, Sr. Paulo “Galinha” Vitor! A-ca-bou!!!

- Rita, você está exagerando!

- Exagerando!? Eu exagerando, Paulo Vitor!? Pego você, com outra no quarto e na nossa cama! E você diz, que estou exagerando? Tenha decência, Paulo Vitor! Acabou! Vou-me embora! E desta vez, é para sempre!

- Mas, Rita...

- Sem “mas”, Paulo Vitor! É o fim!... Adeus!

(anda, que anda e para na porta!)

- Paulo Vitor! Antes que eu vá embora, para sempre... me diga o que você viu, naquela magricela, feia e descabelada, para me trair assim!!?

- Rita, a Débora é a minha esposa... Lembra-se!?