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Ele chorou... seus olhos afogaram-se em lágrimas intermináveis.
Diante de seus olhos, sua vida corria momento à momento. Ele percebia o quão vaga ela foi.
Ah! ele nunca amou, ele tinha apenas um lema, "viver para o prazer". Isso fez com que nunca viesse à amar, com exceção a uma única vez.
Sim, Joanne, ela permeou sua vida como uma luz divina, o dominou completamente.
Momentos de amor puro, felicidade intensa, que por desatino foi-lhe tirado, arrancado de sua alma pungente.
Joanne tornou-se lasciva, devassa, o traíra com seu melhor amigo, mostrou sua falta de caráter.
Depois disso, sua vida mudou completamente.. Bebidas, drogas e sexo. Transformando-se num libertino.
A única coisa boa nisso, era a sua inspiração para seus poemas.
Poemas de amor inexistente, que ele nunca mandará, que nunca ninguém receberá, já que seu coração morreu, seu amor esvaiu-se.
Aventuras, loucuras e noites torpes, ébrio, isso foi se tornando parte de sua vida.. rotina de vida..
Anos a fio, mulheres que jamais lembrara o nome, dopado em busca de sexo.
Aos poucos matou sua alma, deu-a de bandeja ao demônio.
Depois de tanto tempo, tantas décadas, adoecido, sozinho e sem nenhum legado, cá esta ele, diante sua própria morte, ele percebeu que sua vida nunca foi realmente vivida, que tudo foi ilusório.
Percebeu que jamais sentiu sua alma arder de amor e que agora, perecerá e estará destinado à danação eterna, por medo de arriscar-se.
Diante de sua morte, ele, Edward, se arrependeu de nunca ter vivido.
Mas antes de morrer solitário, deixou um recado póstumo.
"Faça sua vida valer realmente a pena".