Estátua
Sou como uma estátua na praça
Com a cara toda arranhada
A cabeça envergada,
Para servir de memória
Entre o patrimônio tombado,
A bandeira, no mastro toda rasgada
E o vento saliente balançando
Toda aquela fiapeira.
O homem triste passava
O sol, trincando ao meio dia
Os pés descalço da estátua
Brilhava o bronze amarelado
E uma placa indagando
Quem era ele?
Saudosa memória.