Liberdade, mesmo que tardia
Kate Weiss
Era tarde da noite, e, ele ainda estava olhando os seus e-mails. Havia discutido com um amigo sobre a liberdade de expressão, e o sono simplesmente desapareceu.
Ah! Sobre este assunto ele sabia muito bem discorrer, afinal senão de que teriam valido todos aqueles anos nos bancos da faculdade. Seria ferrenho defensor da liberdade de expressão, afinal ainda outro dia ele assistia à mini-série "Queridos amigos" e a lembrança daqueles anos de censura o deixavam sempre com ódio. Sim ódio, vontade de matar qualquer pessoa que lhe atravessasse o caminho.
Aliás, como seria bom ter alguém para conversar sobre isso, mas, o "ter alguém " para ele era passado, um passado muito longínquo, quando ele ainda tinha consigo aquela mulher especial. Ou, seria quando ainda estava na casa de seus pais. Deu mais uma tragada e imediatamente procurou um novo cigarro no maço, para acender.
Dentre a fumaça, aos poucos foram se formando imagens de um passado recente, quando ele mantivera uma senhora e a filha (dela) em cárcere privado por algumas horas. Em seguida, ainda absorto nas lembranças, ele via a policia chegando, e a confusão.
Não, não, não! Teria que esquecer, por que raios apareciam estes pensamentos justamente agora quando ele tentava responder aquele e-mail sobre a liberdade de expressão. De-fi-ni-ti-va-men-te! não.
Deu mais uma tragada profunda no cigarro, seu único companheiro na solidão em que se transformara a sua vida. Balançando a cabeça esperava que aqueles pensamentos se dissolvessem tal qual a fumaça que subia. Suavemente, seu rosto pendeu por sobre a escrivaninha, o sono havia chegado, trazendo uma paz, e um sentimento de liberdade que ele não sentia acordado.
******
Mote Poesia On line - 21.04.08
“ Libertas quae sera tamen "
(Liberdade ainda que tardia) proposto por Lorenzo Giuliano Ferrari )
-Fugindo um pouco do tema -
Kate Weiss
Era tarde da noite, e, ele ainda estava olhando os seus e-mails. Havia discutido com um amigo sobre a liberdade de expressão, e o sono simplesmente desapareceu.
Ah! Sobre este assunto ele sabia muito bem discorrer, afinal senão de que teriam valido todos aqueles anos nos bancos da faculdade. Seria ferrenho defensor da liberdade de expressão, afinal ainda outro dia ele assistia à mini-série "Queridos amigos" e a lembrança daqueles anos de censura o deixavam sempre com ódio. Sim ódio, vontade de matar qualquer pessoa que lhe atravessasse o caminho.
Aliás, como seria bom ter alguém para conversar sobre isso, mas, o "ter alguém " para ele era passado, um passado muito longínquo, quando ele ainda tinha consigo aquela mulher especial. Ou, seria quando ainda estava na casa de seus pais. Deu mais uma tragada e imediatamente procurou um novo cigarro no maço, para acender.
Dentre a fumaça, aos poucos foram se formando imagens de um passado recente, quando ele mantivera uma senhora e a filha (dela) em cárcere privado por algumas horas. Em seguida, ainda absorto nas lembranças, ele via a policia chegando, e a confusão.
Não, não, não! Teria que esquecer, por que raios apareciam estes pensamentos justamente agora quando ele tentava responder aquele e-mail sobre a liberdade de expressão. De-fi-ni-ti-va-men-te! não.
Deu mais uma tragada profunda no cigarro, seu único companheiro na solidão em que se transformara a sua vida. Balançando a cabeça esperava que aqueles pensamentos se dissolvessem tal qual a fumaça que subia. Suavemente, seu rosto pendeu por sobre a escrivaninha, o sono havia chegado, trazendo uma paz, e um sentimento de liberdade que ele não sentia acordado.
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Mote Poesia On line - 21.04.08
“ Libertas quae sera tamen "
(Liberdade ainda que tardia) proposto por Lorenzo Giuliano Ferrari )
-Fugindo um pouco do tema -