TRÊS MARIAS

TRÊS MARIAS

Meados da década de 70. Quermesse no Bairro Poti Velho. Dia 29 de junho – procissão de São Pedro. Para a noite, a Prefeitura Municipal de Teresina programara uma festa com a apresentação do cantor piauiense Roberto Muller.

Maria dos Anjos estava ansiosa, não só para assistir ao show, mas também para reencontrar Orlando, jovem operário da construção civil com quem namorava há quase três meses. A relação entre ambos, não era do tipo que inspirasse a esperança de uma união futura, mas atendia aos desejos de quem, como mulher, sem nenhuma experiência com relação aos reclames do sexo, vivenciava a cada novo encontro com Orlando, novas emoções provocadas por novas descobertas erógenas.

Antes do pôr do sol Dos Anjos – assim ela era chamada, terminou a confecção de um vestido seu, especialmente pensado e acabado para adornar seu corpo naquela noite. Dos Anjos era costureira e graças às suas habilidades, ajudava sua mãe, Maria dos Milagres, confeccionando roupas por encomenda.

Cedo da noite Dos Anjos chegou à praça para logo em seguida encontrar Orlando.

Como sempre aconteciam todos os anos, as comemorações do Dia de São Pedro, o bairro engalanava-se para receber boa parte da população da cidade e o último evento, geralmente a apresentação de um artista popular, chamava a atenção da população jovem do bairro e do resto da cidade.

Barraquinhas improvisadas no entorno da praça caracterizavam a pujança do comércio informal, que primava em oferecer petiscos e iguarias regionais, que excitavam o paladar dos freqüentadores.

A festa era e continua sendo uma tradição local. Por isso, as pessoas, jovens e adultos procuravam, e ainda procuram “marcar presença” de modo simples, seja mostrando uma roupa nova, seja esbanjando suas emoções das mais variadas formas. Para algumas dessas pessoas, a festa de São Pedro, marca de forma indelével o resto de suas vidas. Dos Anjos foi uma dessas pessoas.

Na praça, por onde se andasse, se ouvia a música “Entre espumas” interpretada pelo artista convidado para abrilhantar aquela noite. Às 21h, um conjunto musical local precedeu a apresentação do cantor, dando início a uma festa dançante, onde casais apaixonados se enroscavam no centro da quadra esportiva.

Dos Anjos não bebia, mas naquela noite resolveu tomar um copo de cerveja e a ingestão de um segundo copo deixou-a mais solta, denotando uma esfuziante alegria, para a alegria maior de seu parceiro que a convidou para dançar.

Abraçados no meio da massa que dançava, Orlando e Dos Anjos sentiam mais intensamente, o fulgor das vontades íntimas, provocada pelo calor de seus corpos cingidos, quase escravos da paixão. De mãos dadas caminharam até uma barraca próxima para tomarem mais uma cerveja. A cerveja não estava bem gelada e a espuma, cantada por Roberto Muller, marcava bem o momento dos dois.

Bastou o terceiro copo para que Dos Anjos vulcanizasse seus desejos, dando a entender para Orlando, que amar seria o melhor remédio para arrefecer seu corpo em brasa.

Enquanto todos se concentravam na espera do astro principal da festa, Orlando e Dos Anjos se afastaram até chegarem às margens do Rio Poti. Lá, amaram sob a luz prateada da lua, sujando o vestido novo de Dos Anjos. Noutros dois finais de semana, o casal se encontrou para viver novos momentos de amor. Em nenhum deles, Dos Anjos se preocupou em conhecer melhor o seu parceiro, muito menos em fazer planos para o futuro, haja vista que nele, estaria fincada a mais indelével lembrança do passado – a sua filha Maria das Graças.

Orlando sumiu antes mesmo que Dos Anjos tivesse a certeza de que esperava um filho. Nela ficou a lembrança de três espaçados encontros de amor e a certeza de que dali pra frente, tudo iria mudar e como de fato mudou.

A manutenção da casa somente era possível graças a aposentadoria de Maria dos Milagres, que era apenas de um salário mínimo, resultado de 30 anos de trabalho, como zeladora de uma escola municipal. Vez por outra, Milagres recebia uma pequena ajuda de seu filho mais velho, José Aparecido, que morava em São Paulo e trabalhava como motorista de ônibus há mais de 10 anos. Mas, Aparecido tinha sua família e por lá também enfrentava as dificuldades inerentes aos humildes trabalhadores brasileiros. O sustento das duas, mãe e filha, era administrado em função da renda recebida por Milagres, haja vista que a renda de Maria dos Anjos era incerta.

Diversas foram as noites de sábado que Dos Anjos esperou por Orlando, que da sua vida sumiu para nunca mais aparecer.

Os enjôos constantes obrigaram Maria dos Anjos a confessar a sua mãe que estava grávida e como era de se esperar, recebeu dela, palavras de repúdio e indignação.

- Sabe pelo menos quem é o pai?

- Sei. É Orlando.

- Ele já sabe?

- Não. Não sabe. Ele sumiu.

- Você já pensou o que significa a sua irresponsabilidade?

- Já. Não vai ser diferente da sua. Até hoje não sei quem é o meu pai.

- Não me venha com essa de querer dizer que eu sou a culpada de sua gravidez. Você nasceu de um ato de amor com um homem no qual eu depositei toda minha esperança, já que estava decepcionada com o pai de seu irmão.

- Pois bem, minha mãe, eu não fiz diferente. Nisso, somos iguais.

- E agora, como vamos criar essa criança?

- Não sei. Deus e São Pedro hão de me ajudar.

- Vai sobrar pra mim. O que você ganha com essas costuras não dá nem pra você, como vai dá pra dois?

- Posso mudar de vida. Ouvi a senhora dizer o tempo todo que é a dor que ensina a gemer. Quando essa criança nascer, eu vou mudar a senhora vai ver.

- Mude mesmo, mas cuidado pra não arranjar outra barriga. Quando eu tive seu irmão, eu também pensava assim. Sabe o que me aconteceu? Ganhei você.

- Não pense assim. Serei diferente.

- Vamos esperar pra ver.

Igual a todas as mulheres, Maria dos Anjos aguardou a chegada de Maria das Graças, consciente das dificuldades que iria encontrar, mas esperançosa de que tudo poderia mudar com a chegada do fruto de seu amor não compartilhado pelo homem que encontrou.

Foram dois anos de intensa luta e muita dificuldade para que Maria das Graças conseguisse chegar aos dois anos de idade.

Como não conseguia emprego para ajudar na manutenção da família, agora acrescida de mais um membro e tendo em vista que as encomendas contratadas continuavam raras, Maria dos Anjos apelou para o irmão através de carta, falando da intenção de ir para São Paulo, a fim de lá tentar a vida como costureira.

Trinta dias depois, Aparecido lhe mandou o dinheiro da passagem.

Sem relutar, Dos Anjos partiu, deixando com a mãe, a filha Maria das Graças, prometendo para ambas que, de São Paulo, tudo faria para que suas vidas melhorassem.

Maria dos Milagres assumia a guarda e os cuidados com Maria das Graças para suprir a maternidade ausente. Maria dos Anjos prometeu o sustento das duas, se tudo acontecesse como planejava. Pacto feito luta iniciada.

Em São Paulo, Maria dos Anjos arrumou-se como pode. Por sorte arranjou emprego na indústria de confecção na Rua Maria Paulina e, durante cinco anos, nunca deixou de mandar o que julgava suficiente para que sua mãe criasse sua filha.

Aos sete anos, Maria das Graças recebeu a visita da mãe durante as festividades do dia de São Pedro. Pela praça, Maria dos Anjos e Maria das Graças caminharam de mãos dadas, fazendo nascer na primeira, um sentimento de orgulho por ter ao seu lado, o fruto de um amor nascido no Poti Velho e que perdeu-se no tempo.

O tempo passou rápido e duas vezes mais, Maria dos Anjos voltou ao Poti Velho para ver a mãe e a filha. Tentou levar ambas para São Paulo, mas o amor de Maria dos Milagres pelo bairro onde nasceu e o apego da neta por ela, culminaram por vencer os argumentos de Maria dos Anjos.

Maria dos Anjos não teve mais filhos e durante os 13 anos em que viveu em São Paulo, empregou toda sua energia no trabalho. Em março de 1991, escreveu para a filha:

São Paulo, 20 de março de 1991.

“Filha querida, estás uma moça. No próximo dia 26 deste mês, completas 15 anos. Estou orgulhosa de ti e também com muitas saudades. Saudades de você, de minha mãe e dos festejos do Poti Velho, que no próximo mês de junho, se repetirá como sempre acontece. Hás de me perguntar: por que saudades dos festejos? E eu te respondo: foi nele que te concebi. És minha maior alegria e por isso, tenho lutado para que tenhas um futuro melhor que o meu presente. Não tenho feito outra coisa a não ser trabalhar e pensar em ti. Além de meu emprego, estou também prestando serviços a uma outra empresa. Trabalham comigo mais duas outras amigas. Ganhamos pela produção. Estou juntando dinheiro para em breve voltar para minha terra querida. Penso em me instalar com um atelier, ai no Poti Velho. Ver você crescer e se formar. Esse o meu sonho. Espero que Deus me ajude a realizá-lo.

Não estou bem de saúde. Sinto dores horríveis no pé da barriga. Ontem fiz um exame chamado Papanicolau – é assim que os médicos chamam. Estou com uma suspeita de câncer no útero, mas é apenas uma suspeita. Depois de amanhã vou receber o resultado. Espero que não seja nada de grave. Deus vai me ajudar. Amanhã estarei colocando um dinheiro pra você comprar um vestido novo ou um par de sapatos. O que for melhor pra você. No final do ano, se Deus me der saúde, estarei aí. Passaremos o Natal juntas: Eu você e mãe. Cuide-se! Veja com quem anda, aonde anda e não dê trabalho a sua avó. Te amo bem muitão. Um beijo de sua mãe.”

Dos Anjos.

Dois dias após escrever a carta para a filha, Maria dos Anjos foi internada num hospital. Portava um câncer uterino em estágio avançado e em decorrência veio a falecer.

Ao ler a carta da mãe, Maria das Graças pôs-se a pensar: “se um dia eu tiver um filho, a primeira coisa que eu vou querer saber, é o nome de seu pai para que ele não sinta a tristeza que eu sinto por não conhecer o meu. Se o pai dele for embora, não sossego até descobrir onde ele anda para que conheça seu filho.”

Pensando assim e já sem a mãe, Maria das Graças iniciou uma outra história de amor, prematura, é certo, mas vivida com a percepção de quem sabia já, valorizar a sua função de mulher na sociedade.

A demora parecia incentivar as dores. O S.O.S. foi chamado por uma vizinha complacente, mas sem o compromisso com a dor de Maria das Graças, que agonizava revoltada com o momento de dor que pensava não merecer. Afinal, o florescer de uma juventude, pressupõe para todos, um oásis de sonhos, para tantos quantos cheguem aos 16 anos. Se alguma coisa ruim pudesse torturar e fazer sofrer um ser humano, seria acontecimento a se revelar na vida adulta, mas não na vida de uma jovem adolescente – assim pensava ela.

Finalmente, a ambulância chegou. Um motorista gordo e mal encarado acompanhado por uma senhora magra e de expressões cadavéricas, porém não tanto infeliz ou carrancuda como deixava transparecer o motorista.

Maria das Graças, num instante de paz proporcionado entre um espasmo e outro, apressou-se em caminhar até o carro branco, sem se preocupar, em nenhum momento com o que ficava para trás: a velha avó que, moribunda e paralítica arquejava numa rede. Aliás, num breve e urgente pensar ao sair, Maria das Graças debitava e culpava a mãe, Maria dos Anjos, pela incômoda situação na qual se encontrava – ia ser mãe prematuramente e só por isso pensava que se a mãe tivesse lhe instruído ao invés de abandoná-la, entregando-a a avó, talvez ela tivesse livre daquela barriga e solta para amar quem quisesse ou desejasse.

Feito um raio o carro partiu por entre as ruas estreitas do Poti Velho onde morava a indigente. O trepidar do carro rompendo valetas e ondulações, provocava solavancos na pobre mulher que se contorcia e a cada contração, renegava clamar pela misericórdia de Deus. Solitária e agonizante pensava que naquele momento era melhor pedir piedade ao satanás que a atormentava com tanta dor.

Para aumentar sua aflição, lembrava do infeliz momento que contraiu aquela gravidez indesejada: não recordava o rosto de quem lhe atendeu aos impulsos de fêmea no cio. Fora um gesto animal praticado em função da curiosidade feminina em possuir um macho; um macho que lhe varasse as entranhas e amenizasse o frisson da genitália. Um misto de dor e gozo lhe fez mulher.

Seduzida e abandonada por seu algoz após saciar-se, foi da relva úmida onde fora possuída, a única e silenciosa expressão de carinho que recebera. Em sua lembrança, ficou apenas a sensação incômoda e repugnante de que um líquido pegajoso e quente lhe queimava a vagina e as coxas.

Vestiu a calcinha e, a esmo, voltou para casa incomodada pela umidade que lhe escorria pelas coxas. Nada mais ficou além do que a natureza lhe reservara: um filho que nem sabia que iria ter.

Nova contração lhe afastou do passado e as luzes de uma larga avenida lhe prenunciavam a proximidade de lugar onde pudesse se desvencilhar daquele peso que lhe comprimia o ventre e sufocava a alma

Era madrugada e na sala da recepção do hospital, um policial sonolento e uma atendente descompromissada lhe recepcionaram.

- Vamos fazer sua ficha – falou a atendente ao tempo em que perguntou à esquelética: a bolsa já rompeu? – Até agora não - respondeu.

Sem a menor noção do que falavam, Milagres aguardava o momento em que uma alma caridosa lhe estendesse a mão com um gesto de carinho que lhe mitigasse a dor. Espera vã, própria dos desamados.

No minuto seguinte, a atendente falou:

Preciso preencher sua ficha: Seu nome? – Maria das Graças dos Santos. – Nome do pai? – Não sei. – Não tem pai? Tenho, mas não sei quem é. – Nome da mãe? – Maria dos Anjos dos Santos. Endereço?... Nesse momento outra contração impediu Maria das Graças de declarar seu endereço. Elas, as contrações, estavam muito freqüentes e o melhor, segundo dedução de quem a atendia, seria encaminhá-la para o trabalho de parto, depois claro, de passar pela assepsia. Naquele momento a bolsa d’água se rompeu.

A partir dali tudo aconteceu como acontece com todas as mulheres: a expulsão do novo ente, do novo ser, pronto para encarar a vida e suas adversidades.

Muito cedo do novo dia: mais uma mãe e mais uma brasileira nasceu.

De Maria das Graças aproxima-se uma assistente social. Outra Maria, Maria Flor, não tão sofrida, mas preocupada com as condições sociais das dezenas de mães que diariamente atende.

Parcialmente refeita do trauma físico da maternidade primeira, Maria das Graças acorda com um sentimento de repulsa pelo que acabara de oferecer ao mundo. Afinal, aquela gravidez não era bem o que sonhara para seu mundo juvenil.

Com doçura, Maria Flor, acompanhada de uma auxiliar de enfermagem, acerca-se do leito de Maria das Graças e com uma voz terna, balbucia aos seus ouvidos:

-Acorda mamãe, está aqui o teu bebê!

Sem a menor expressão de carinho para com a cria, Maria das Graças esbraveja:

- Esse porra já veio me acordar! – Não é um porra como diz você. É uma linda menininha que está ansiosa por uma mamada. Acalme-se - sugere Maria Flor.

Com os seios intumescidos e a contragosto, Maria das Graças se expõe à filha com pouca receptividade.

O desejo de saciar a fome, próprio de quem chega ao mundo, se contrapunha à má vontade de quem podia atendê-la.

Passado o momento do encontro da mãe com a filha e estando esta saciada por aquela, Maria Flor novamente abordou Maria das Graças:

- Temos que preencher a ficha do bebê. Seu nome? – Maria das Graças. – Maria das Graças de quê? – Dos Santos. Nome de seu pai? - Não tenho. Como é o nome do Pai dela? – Não sei. – Já pensou no nome que vai dar para ela? – Ainda não, mas bota aí: Maria Teresina.

Apática e sem nenhum interesse pelo diálogo, Maria das Graças virou para o lado onde estava a filha. De início olhou-a com desdém, mas aos poucos foi se afeiçoando com o rosto angelical que parecia querer conquistar sua alma. Uma lágrima rolou no rosto de Maria das Graças e num monólogo conversou com seu Deus:

- “Essa menina poderia ser filha daquele hippy peruano que conheci, mas não, é filha de um brasileiro que nem sei o nome. Somos brasileiras e eu estou só para criá-la. Ajuda-me com teu santo amor a fazer dela, uma Maria diferente de tantas Marias brasileiras infelizes, como minha mãe, como eu”.

Com um leve afago no rosto da filha, Maria das Graças antes de novamente adormecer, lembrou-se da doçura de Maria Flor, a primeira Maria que lhe tratou com carinho. Associou aquela doçura à Maria Teresina e com singular brandura balbuciou baixinho aos ouvidos da filha:

- És o fruto do amor que eu não sonhei para mim, mas és o amor que preciso ter. Cerrou os olhos e foi dormir para sonhar com o futuro de sua Maria.

Dia seguinte novamente Maria Flor passou pela enfermaria com o intuito de saber de Maria das Graças qual o motivo que a levou a colocar o nome da filha de Maria Teresina.

- Bom dia Maria das Graças, como está a princesinha? – Está bem – respondeu.

- Estou aqui curiosa: gostaria de saber por que o nome Maria Teresina?

- Ela é peruana? Perguntou Maria das Graças com ares de inocente.

- Não. Ela é brasileira – respondeu a Assistente Social, acrescentando mais uma pergunta: você tem algum outro motivo para colocar esse nome em sua filha?

- Tenho muitos e não sei por que essa admiração. Não temos aqui Maria da Inglaterra?

- Temos sim – respondeu Maria Flor. Então foram somente esses dois motivos?

- Não. Vou lhe dizer alguns outros: primeiro o nome minha avó é Maria dos Milagres e em sua vida, nunca um milagre aconteceu; segundo, o nome de minha mãe é Maria dos Anjos e nenhum anjo foi capaz de ajudá-la a superar suas dificuldades enquanto vida teve e por fim, o meu nome é Maria das Graças e eu não vejo graça nenhuma em ser mãe com a idade que tenho. Foram esses os motivos. Quem sabe com esse nome ela consiga ser diferente da mãe, cujo maior milagre foi colocá-la no mundo com a participação de um anjo fujão, que não é o peruano, é brasileiro e que não vai ter sossego enquanto não assumir a paternidade de Maria Teresina, com a graça de Deus.

Sem entender bem a filosofia de Milagres, Maria Flor deu-se por satisfeita com a resposta. De qualquer forma, o nome da filha de Milagres era diferente e fazia sentido: era uma mulher e era uma Maria brasileira, nascida em Teresina, no Bairro Poti Velho.

Rui Azevedo
Enviado por Rui Azevedo em 18/04/2008
Código do texto: T952127