"Um conto mesclado com termos à tupi-guarani".

Estou só, eu, e, a minha solidão, dia [02] de fevereiro, [2008], primeiro dia do Carnaval, a festa em homenagem à baco já vai começar... - mas, por que falo de baco? Baco não é um deus da mitologia romana? Sim, mas não somos todos romanos? Afinal, Roma não dominou dois terços do mundo? Não impôs a sua cultura? Não impôs a sua língua? Não impôs os seus costumes, e, as suas tradições? Ou, o português, o espanhol, o italiano, o romeno, o frances não são línguas latinas?

Sete interrogativas e uma flechada...

Não no escuro, mas, no vir à luz do texto, e, da evidência; de que somos todos romanos.

Bem, acabo de acordar em minha [oca], casa, e, lembro-me; sou uma espécie de [moru-bi-saua] chefe de minha própria pessoa, de [pa-je] médico ou curandeiro do meu insignificante ser, e, nessas condições, vejo uma multidão de [tupi-näba], índios da tribo dos tupinambás, e, de [tupi-naki], silvícolas da nação tupiniquins, e, de [tapy-ya], tapuias, e, [karia-a-sa], e, de [kari-io] carijós acampados ao longo da [para-na-pia-kaba], visão da mar na distinta São Viocente, armados com [taka-pe], espécie de porrete, e, demais apetrechos de guerra ou não, acocorados entre as [yaua-ti-kaba], jaboticabas, e, os [ibira-pitäga], pau brasil, e, os [ara-sa], araçá ou goiaba silvestre, e, os [yua-kati], abacaxi, e, as [aya-ka], jacas, e, os [iaka-räda], jacarandás, e, as [key-sara], caiçaras, e, os [yikyt-yua], jiquitibás, e, os [ieta-i], entre as árvores do [y-pe] ipês quer os amarelos ou roxos.

De onde estamos ouvimos os passos de [iaua-ra], jaguar, e, de [iaua-ra-tirika], jagutirica, e, de [tatu], bola, talvez, das [tape-ra], espécie de galpão onde descansamos nos alimentando de [ay-pï], aipim, e, de [[typy-oka], tapioca com suco de [asa-i], a palmeira do açai.

Não estamos no norte do país, mas vivemos na região onde será, por intermédio de José de Anchieta; [leia-se Rosé de Antcheta], pois o lendário personagem da história do Brasil é originário da Ilha de Tenerife, e, por aqui, entre nós é chamado de [aba-re-bebe], padre voador dada a sua capacidade de saltar elevações, ainda que não tão significativas, decidido a fundar o Colégio de São Paulo de Piratininga, programa a fundação para o 10º dia do mês de Sebate, 25 de janeiro no calendário Gregoriano, do Papa Gregórius XIII, a data do nascimento do Apóstolo Paulo, a fim de justificar-se o nome de São Paulo, quando, para tanto se viu obrigado, ainda que temporariamente, a habitar em [Teyu - pabas], cabanas improvisadas ao longo do caminho do Planalto de Piratininga, entre as [Pï - do - bosu], palmeiras grandes, altas, ele, José de Anchieta, referenciado pelos indígenas como sendo o [nhe - ëky - yara], o senhor que fala, e, também, [yäde - ruba, yäde - yara], nosso pai, nosso senhor dado ao respeito que impunha aos nativos, [pa , aáni]... sim ou não.

[Pya-pe pei-ke ae pesä-suba] entrai de coração, ele é o nosso amor.

José de Anchieta para uns, para minha pessoa pronuncio Rosé de Antchieta se dedicou tanto a causa brasileira que, hoje, na história ostenta o título de [Apóstolo do Brasil] e, nessas condições, não se poderá, em tempo algum, excluí-lo dos livros e da história da nação. Dele é a autoria da primeira gramática que se escreveu do idioma tupi-guarani, a lingua da maioria das nações nativas desta terra.

Este texto, mesclado com termos do idioma original desta terra é uma homenagem que faço a ninguém mais ninguém menos do que José de Anchieta!

Isso aí...
YOSEPH YOMSHYSHY
Enviado por YOSEPH YOMSHYSHY em 17/04/2008
Reeditado em 17/04/2008
Código do texto: T949623
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