AMORES INESPERADOS
AMORES INESPERADOS
- Escritório de Advocacia Dr. Fernando Macedo, Michele falando, boa tarde.
- Alô, boa tarde. Eu poderia falar com o Dr. Isaac Costa?.
- Dr. Isaac Costa? Desculpe senhor, aqui não temos nenhum advogado com esse nome. Aliás, não temos ninguém com esse nome.”
Miguel sorriu intimamente e sentiu um arrepio percorrer sua espinha e um calor que subiu até o seu peito, no momento que escutou aquela voz aveludada do outro lado da linha. Imediatamente olhou para o visor do seu aparelho telefônico e percebeu que teclara o número invertido, mas aquela voz... Aquela voz fez com que ele, com ar divertido e irônico, desse continuidade à conversa, mesmo sabendo que o engano havia sido seu.
Michele tentou ajudar o rapaz, mas logo percebeu que ele estava se aproveitando do engano ou talvez fosse algum engraçadinho conhecido que resolvera brincar com ela. Tratou logo de colocar-se na defensiva e encerrar a ligação, mas ele tinha uma voz tão bonita e um jeito tão agradável de conduzir o diálogo, que ela logo se descobriu conversando com ele.
- Ok, Michele, realmente teclei um número errado e não era para um escritório de advocacia que eu queria ligar e sim para uma empresa de engenharia, mas de qualquer modo, me desculpe a sinceridade e a ousadia, mas com certeza você já deve ter ouvido inúmeras vezes, que tem uma linda voz, não?
- Às vezes, senhor.
Ela achou melhor continuar a tratá-lo assim, formalmente, não só para manter a distância profissional, como para se proteger, caso fosse algum colega seu fazendo uma brincadeira, mas logo viu que não era. O rapaz, que se apresentou como Miguel, conversou com ela por mais alguns minutos e despediu-se, se desculpando mais uma vez, porém Michele passou os últimos quinze minutos que faltavam para o fim do expediente, pensado naquela voz.
Fazia alguns meses que o romance de Michele e Ricardo tinha ido pro brejo, depois de 02 anos de namoro e agora, sozinha e no auge da carência afetiva, ela se deixou levar pelo que calor gostoso que seu corpo sentiu quando falou com Miguel.
No dia seguinte, pela manhã, ainda se lembrava dele, chegando a comentar com uma colega sobre a conversa com o desconhecido Miguel, mas com os afazeres e os incontáveis telefonemas que seu posto de telefonista recebia, ela terminou por esquecer daquela história, ficando apenas uma sensação gostosa.
Faltava exatamente meia hora para o final do expediente, quando o telefone tocou. Mecanicamente, Michele atendeu pronunciando sua saudação automática:
- Escritório de Advocacia Dr. Fernando Macedo, Michele falando, boa tarde.
- Oi Michele, tudo bem, é o Miguel, lembra de mim?
- Cla-cla-claro! Lembro sim! – gaguejou Michele, sentindo o coração dar um salto no peito, mas recobrando seu equilíbrio profissional rapidamente. - Em que posso ajudá-lo, Miguel?
- Pôxa, Michele, não precisa ser tão formal. Na verdade só liguei para conversarmos um pouco. Ontem eu fiquei com uma sensação que poderíamos ser amigos...
- E o que lhe fez pensar assim? – perguntou Michele na defensiva. – Você não me conhece!!!
- Tem razão, não lhe conheço, mas é como lhe conhecesse. Sei que parece cantada de esquina, mas estou sendo absolutamente sincero. Aliás pra ser mais sincero ainda, gostei da sua voz, da sua conversa, mesmo tendo sido breve e da sua postura profissional.
- Ah, tá bom, muito obrigada – sorriu Michele, sentindo seu ego ser massageado em vários pontos.
Daí a conversa fluiu mesmo até o final do expediente. Michele não se deu conta do horário até que Fabiane, sua colega, a cutucasse no ombro e batesse com o dedo indicador no relógio de pulso, indicando que estava na hora de ir.
Michele se despediu de Miguel e saiu dali com a promessa dele em ligar no dia seguinte, no mesmo horário.
E assim foi por alguns meses. Miguel telefonava pontualmente às 17:30hs, enquanto uma Michele ansiosa aguardava do outro lado da linha.
Houve alguns dias que ele não havia sido tão pontual, mas nunca deixara de ligar, até mesmo num dia em que precisou sair, ele ligou da rua, do celular.
Em outras vezes, o telefone dela estava ocupado com algum cliente justamente nesse horário e ela terminava por fazer de tudo para despachar o inconveniente.
Tanta atenção assim não poderia resultar em outra coisa: Ambos estavam ansiosos para se conhecerem pessoalmente.
Michele já fizera milhares de imagens de como ele seria. Tivera vergonha de perguntar diretamente, mas ele dava umas dicas de vez em quando, entre um papo e outro.
Ela já sabia que ele tinha 32 anos, não era casado e nem tinha namorada (coisas que ela teria que averiguar, pois não confiava muito na fidelidade masculina). Trabalhava num escritório de engenharia e morava sozinho. Seus pais eram do interior (assim como os dela) e ele vivera alguns anos com uma tia até conseguir comprar seu cantinho. Eles também combinavam em muitas outras coisas: Gostavam de dançar, de ler livros de suspense, de filmes de ação e eram loucos por chocolate!
Essas afinidades fizeram com que a meia hora que passava falando com ele, se tornasse curte demais.
Finalmente ela resolveu aceitar seu convite para almoçarem juntos. Resolveram marcar um encontro no horário de almoço, num dos Shoppings, próximo ao trabalho dela. Dava para ela ir à pé e como ele estava de carro, não demoraria para chegar ao local marcado, apesar do Shopping Norte ser longe do escritório onde ele trabalhava.
No caminho, Miguel reuniu em suas lembranças, tudo o que sabia sobre ela. Michele era divertida e inteligente. Ria das suas piadas, mas também sabia falar seriamente sobre vários assuntos. Sua paixão pelos livros era incomum nas moças da idade dela e sentiu-se empolgado, na expectativa de conhecê-la. Quem sabe não estaria logo, logo, diante da sua alma-gêmea.
Infelizmente pegou um belo engarrafamento pelo caminho e começou a ficar ansioso por causa do horário.
Quando chegou ao Shopping Norte, dirigiu-se à área de alimentação, correndo os olhos para ver se encontrava uma moça vestida com um conjunto de calça e casaco cor de vinho. Por causa do atraso, a área de alimentação já não se encontrava muito cheia e logo ele viu que não tinha nenhuma morena, de cabelos castanhos compridos, presos num rabo-de-cavalo, em nenhuma das mesas.
Olhou para o celular. Nenhuma ligação. Havia dado seu número a ela, mas ela o havia informado que não tinha celular. Essa informação, Miguel não sabia ser verdadeira. Talvez ela tivesse medo de dar o número ou tivesse um outro motivo para não fazê-lo. Afinal de contas, ela era uma desconhecida e ele também era um desconhecido para ela. Não sabiam exatamente até onde as informações eram verdadeiras.
Passaram-se quarenta minutos e Miguel continuava de olho nas mesas e na entrada de acesso à Praça de Alimentação. Começou a achar que levara um “bolo”. Ela não aparecia e nem lhe ligara. Tentou relaxar e pediu um chopp. Já estava no segundo chopp quando, sentindo o corpo mais relaxado, passou a olhar melhor o recinto. Já não estava mais tão ansioso e estava mais conformado com o “bolo” que levara. Sentia mesmo era uma raiva incontida de mais uma vez acreditar nas mulheres! Como era tolo! Abrira sua alma, sua vida e estava disposto a abrir seu coração, mas mulheres são seres difíceis de se entender. Prestou mais atenção às mesas e ao vai-e-e-vem e o entra-e-sai dos clientes.
Daí foi que um detalhe lhe chamou a atenção: Em uma das mesas, havia uma moça que, assim como ele, estava sozinha desde a hora em que ele entrou. Como ele estava esperando uma pessoa completamente diferente, esse detalhe lhe escapara, mas seu inconsciente havia registrado o fato.
A moça era loira, cabelos soltos e com lindos cachos que caiam sobre seus ombros. Trajava uma saia até a altura do joelho, mas o movimento que fazia para cruzar e descruzar as pernas revelava belas coxas torneadas. Era esbelta, cintura bem feita, e deveria ter no máximo uns trinta anos. Seu constante passar de mãos pela farta cabeleira, fizera Miguel deduzir que ela estava um pouco nervosa. Discretamente ele observou que ela deixava escapar um suspiro alto, enquanto balançava a perna cruzada. Em dado momento, observou-a mordendo os lábios e levando as unhas à boca, como se fosse roê-las.
Observar a moça, fez com que Miguel esquecesse o motivo da sua estada ali. A moça de vez em quando olhava para a entrada do local e também olhava ao redor, como se buscasse alguém nas outras mesas. Por diversas vezes, seus olhares se cruzaram.
Já passava muito do horário marcado com Michele, mas Miguel estava mesmo intrigado com aquela nova desconhecida. Fez-se várias perguntas:
“Será que essa moça esperava um namorado que não veio?” “Será que espera um desconhecido assim como ele?” “Será que ela marcou com alguma amiga para resolver algo importante e essa estava muito atrasada?”
Depois de algum tempo a observar a moça até um ponto em que ela parecia estar incomodada por perceber sua constante observação, Miguel teve um pensamento que fez seu coração dar um pulo no peito: “E se ela fosse a Michele, que resolvera lhe passar informações completamente diferentes? Mas, por outro lado, por que ela faria uma coisa dessas? Segurança? Desconfiança? Mas se ela fosse a Michele, por que estaria tão nervosa? Não, não... Estava enganado, ela não podia ser Michele”
Chegando a essa conclusão seu coração acalmou-se dentro do peito e fez-lhe baixar o olhar mais uma vez para o celular e para as horas. Definitivamente levara um “bolo”!
Ao suspender as vistas para olhar novamente a entrada, as mesas e a moça loira, Miguel levou outro susto quando viu que a loira caminhava em sua direção e já se encontrava bem próxima dele.
Levantou-se imediatamente, quando ela parou ao seu lado. Sem meias palavras ela lhe perguntou com uma voz ríspida e irritada e um olhar que saía faíscas:
- Você é Eduardo Nogueira?
- Não, não. Por que? O que houve? Não quer se sentar? – perguntou Miguel, atropelando-se nas palavras.
A moça respirou fundo. Como se estivesse confusa e desconsertada, ela resolveu sentar e ao fazer isso, caiu num choro, carregado de soluços que deixara Miguel confuso e constrangido. As poucas pessoas que ainda restavam no local, olhavam estranhamente para aquele casal à mesa.
Miguel retirou alguns guardanapos de papel da mesa e entregou a ela. Ela se desculpou e ainda de cabeça baixa, enxugou os olhos e limpou o nariz.
Miguel achou que aquele seria um bom momento e voltou a perguntar o que aconteceu.
Mais calma, depois do desabafo a moça disse se chamar Caroline e depois de se certificar que o nome de Miguel não era mesmo Eduardo Nogueira, contou que estava ali à espera de um rapaz que conhecera pela internet. Numa sala de bate-papos, descobriu-se conversando com ele por acaso e depois de muitas conversas noites adentro, descobriram várias afinidades. Ele gostava de cantar em karaokê, amava música e praticava Yoga, como ela.
Miguel ouviu tudo pacientemente e descobriu-se rindo alto. Caroline olhou séria para ele, achando que ele estava zombando da fraqueza dela, mas ele apressou-se em explicar que estava rindo da situação. E contou a ela o que ele estava fazendo ali.
Miguel pediu mais um chopp e Caroline o acompanhou. Ele contou toda sua história com Michele e como se sentia, até notar a presença de Caroline. Ela, por sua vez, depois do terceiro chopp, contou-lhe que a presença daquele homem moreno, alto e de costas largas, também não lhe passara despercebida, mas que no momento estava tão aflita pelo sumiço do Eduardo, que não havia parado para repará-lo até a hora em que ele começou a olhá-la com muita insistência.
Conjeturaram o que poderia ter acontecido com os seus pretensos “namorados” e não conseguiram explicações plausíveis. Chegaram à conclusão de que tinham mesmo era levado um “bolo” e que amanhã, quando ele ligasse para Michele (ou vice-versa, já que ela já tinha o número do seu celular) e quando Caroline acessasse a sala virtual, tudo estaria esclarecido.
Ao chegarem a essa conclusão, ficaram alguns segundos se olhando e Miguel experimentou a sensação de que não queria que nada daquilo acontecesse. Não queria mais que Michele ligasse, não queria mais que ela ligasse lhe explicando nada. Naquele momento, algo mágico estava no ar e nada mais importava a não ser o doce perfume que exalava de Caroline e do formato de coração que a sua boca tinha.
Caroline experimentava também, a mesma sensação. Naquele momento mágico, as afinidades om Eduardo, as noites de conversas intermináveis, parecia-lhe inúteis e vazias.
Seus lábios se encontraram e ambos experimentaram sentimentos que nunca haviam sentido antes. Miguel viu seu mundo rodar, dar mil voltas em torno de si mesmo. Sua cabeça rodopiava e seu coração batia numa velocidade que ele poderia jurar nunca ter batido antes. Caroline experimentou uma sensação semelhante além de ter a impressão de que iria desmaiar. Afastou-se rapidamente por achar aquilo tudo precipitado e exagerado, mas Miguel a olhava com uma expressão que a fez sentir-se a mulher mais amada do mundo.E voltaram a beijar-se. Dessa vez o beijo foi ainda mais intenso, mas cheio de emoções nunca antes experimentadas!
Depois de trocarem algumas palavras, eles não conseguiam mais deixar de se beijarem. O beijo se tornou imprescindível e teimava em fazer parte daquela conversa.
Depois de um longo tempo, Caroline percebeu que já era tarde e lhe perguntou:
- Você não está atrasado para o trabalho? Não havia tirado o horário de almoço para encontra-se com Michele?
- Já me dei conta disso e meu patrão não irá se queixar se eu faltar uma tarde, afinal sou um funcionário exemplar e ele um grande amigo. Não costumo fazer esse tipo de coisa e ele certamente saberá compreender quando eu lhe explicar que tive um assunto urgente a resolver.
- Que bom que eu estou de férias desde a semana passada e não preciso ter pressa... – sorriu-lhe com o mais doce sorriso que Miguel havia visto.
Saíram dali e ele a deixou em casa. Trocaram telefone e nem Caroline e nem Miguel sabiam como explicar o que lhes acontecera mas de uma coisa, ambos tinham certeza: Haviam encontrado a sua alma-gêmea e não se separariam por nada desse mundo.
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No dia seguinte, Miguel aguardou um contato de Michele. Pelo celular ela não o contatou até chegar a hora em que eles haviam conversado nos últimos meses. Faltava meia hora para as 18:00hs e Miguel resolveu ligar. Precisa explicar a Michele tudo o que acontecera. Precisava explicar o que acontecera e como sua vida havia dado uma guinada inesperada e inexplicável. Ela era sua amiga e como era inteligente, certamente entenderia o que estava acontecendo. Mas como explicar, se nem mesmo ele conseguia entender? Diria que havia encontrado sua alma-gêmea? Isso existia? Ela acreditaria em amor à primeira vista? Tomaria todo cuidado para não magoá-la, pois agora a via como uma grande amiga.
Com esses pensamentos atropelando-lhe, ligou várias vezes e o telefone do escritório de advocacia só dava ocupado. Nesse ínterim, mais pensamentos assolavam a sua cabeça. Enquanto teclava o redial automaticamente para rediscar o número, Miguel pensava nas lágrimas, no sorriso, no rosto, na boca, nos cabelos, no corpo lindo de Caroline.
“Teria sido efeito dos chopps? Não, não... Ele não era fraco assim para bebidas e não tomara muitos...” “Mas talvez fosse pelo estômago vazio, afinal não almoçara... Também não. Seu estômago não estava vazio, já que havia tomado o café da manhã muito cedo e alguns momentos antes de sair para se encontrar com Michele, havia feito um pequeno lanche, no trabalho. Então, o que foi aquilo? Carência? Raiva de termos ambos tomado um fora? Definitivamente não! Tinha certeza que a última coisa que pensara enquanto estava com Caroline, foi algum tipo de vingança, raiva ou outro tipo de sentimento nessa linha. Não. O que sentira foi especial, mágico, maravilhoso. Tinha a sensação que com ela acontecera o mesmo. Não via a hora de vê-la novamente, tocá-la, acariciá-la, beijá-la...”
O telefone chamou, chamou e Miguel despertou dos seus sonhos, colocando-se em alerta para falar com Michele, mas o telefone continuava tocando, sem que ninguém o atendesse.
Olhou para o relógio e verificou que passara mais de meia hora tentando falar com Michele. Passava das 18:00hs e ela já deveria ter ido embora.
É... tentaria amanhã. Agora iria para casa se arrumar para encontrar Caroline. Por precaução e morrendo de rir os dois combinaram de se encontrarem na porta da casa dela. Afinal, chega de desencontros! Feliz Miguel dirigiu-se ao carro e Michele já não fazia mais parte dos seus pensamentos.
Do outro lado da cidade, em um ônibus lotado, Michele encontrava-se sentada no lado da janela. A brisa batia em seu rosto e, de olhos fechados ela experimentava o ar frio da noite. Seu coração batia forte e feliz! Estava indo ao encontro do seu amado! Como aquilo pôde lhe acontecer? Sentia-se apaixonada até o último fio de cabelo. Amanhã tentaria novamente falar com Miguel e explicaria tudo ao seu amigo. Ele era um homem vivido e inteligente e com certeza entenderia que ela, finalmente encontrara sua alma-gêmea. Não sabia porque ele não havia aparecido no Shopping Sul, como haviam combinado e agora pouco lhe importava saber porque a moça que seu amado marcara no Shooping Sul também não havia aparecido.
Amanhã tentaria ligar para Miguel e explicar tudo. Hoje não tivera sorte. Perdera seu número de celular e o número que achou que seria o dele, era de uma mulher. Resolvera ligar para o escritório de engenharia, no horário combinado, mas só dava ocupado! Amanhã, talvez, tivesse mais sorte, mas não estava muito preocupada com isso... Voltou a sentir a brisa bater em seu rosto e sorrindo, se imaginou novamente nos braços do seu amado...
Eduardo Nogueira também estava muito feliz em não ter encontrado uma loira amiga virtual, para consolar aquela morena maravilhosa, que chorava e que precisava urgentemente retornar ao trabalho, já que passara do horário de almoço e o rapaz que lhe ela esperava e que lhe daria uma carona, resolveu lhe dar um “bolo”. Eduardo a deixou em seu trabalho para mais tarde vir buscá-la para saírem e eles tiveram uma noite mágica e cheia de sonhos realizados! Talvez Caroline, a sua amiga virtual, tivesse entrado em contato, mas como ele não acessara a sala de bate-papos, ela não sabia o que havia acontecido, mas não faltaria oportunidade para explicar-lhe que o que havia entre eles era uma somente grande amizade. E que ele havia encontrado a mulher dos seus sonhos.
Caroline acessara a sala virtual e Eduardo não estava lá. Precisa lhe contar o que acontecera. Acreditava que ele não ficaria magoado e também gostaria de saber se estava tudo bem com ele, já que ele não havia comparecido ao Shopping Norte, como combinaram.
Ele entenderia que ela finalmente havia encontrado sua alma-gêmea!
FIM
Licínia Carvalho
13/04/2008.