Anjo Rafael
A chuva não se cala, enchendo minha mente de presenças ocultas, à noite assim para, nas buscas infinitas de coisas que fazem o bem, de noite o amargura invade meu quarto, com raios e tempestades que infiltram nas paredes, meus membros não se mechem, meus olhos não se fecham, me calo e tenho reflexos
A porta se abre, entra no meu coração uma pessoa quê se acaba
Quem éramos, quem sou, o nosso futuro esta aqui ou acabou?
Da janela vejo a rua, lá fora o jardim cada dia mais lindo, e a chuva me ignora, os ônibus passam me livram de longos passos, minha mente adormecida por algo que não sei explicar
Lá esta ele no parapeito da janela, sabia que vinha, em busca dela. Meu anjo da guarda, pequeno Rafael, dos olhos azuis, menino fiel, louros cabelos, sorria, mas eu não podia me mexer, e percebi que tinha algo diferente, ele não podia agir, e se calava, não falava, me olhava, meu o coração o sentia, o via e apenas sorria.
Suas asas doíam, algo o afligia, com grande agonia, pequeno Rafael, o menino que morria, eu sentia, não existia mais alegria, só havia agonia. Assim sumia, morria, minha vida ficava vazia, novamente ficava sozinha, sem anjo, sem amigo, sem ombro e sem suas asinhas. Meu ar fluía, o sono chegou e me fez companhia.
Ele sofria, eu sabia que suas asas caiam, mais um anjo caído, na minha vida surgia, pelo vidro suas lagrimas caiam, assim ia meu anjo, sem passo, sem vôo, sem ar.
Anjo menino pequeno, que me ensinou a amar.