NATAL POR OUTRO ÂNGULO
As ruas estavam vazias. Lojas e shoppings decorados com árvores de Natal e milhares de luzes coloridas que piscavam intermitentemente. O clima natalino pairava no ar. Fogos de artifícios estouravam aqui e ali. Algumas pessoas ainda passavam correndo em direção ao lar. Certamente a ceia estava sendo preparada e os familiares as esperavam para a confraternização. A casa à frente tinha uma mesa farta, repleta de refrigerantes, cervejas, panetones, rabanadas e uma infinidade de guloseimas. Crianças correndo pra lá e pra cá brincando com seus presentes que o Papai Noel trouxera. Uma música animada convidava todos a uma dança.
Meia-noite. Homens, mulheres e crianças se abraçavamm e trocavam presentes, bebiam e comiam à vontade. Confraternizavam-se. A TV começava a apresentar a Missa do Galo. A paz, a comunhão, a solidariedade.
O Pivete certamente não conhecia aquelas palavras; isso nem mesmo fazia parte de seu vocabulário. Na verdade ele nem sabia o que significava vocabulário. Assim como também não sabia de que forma saciar sua fome.
E saiu sozinho pelas tristes ruas de uma alegre noite de Natal.