Um amor de amor

Ela o amou no primeiro dia e ele soube disso.O nome dela é Florbela,mas às vezes ele a chama de menininha, meu amor, ou apenas baixinha. Estão fora do habitual, do convencional do relacionamento de um casal. Mas perto do amor, das flores, do sensível e do essencial para a felicidade. Um dia Florbela descobriu que viveria para esse amor, que entregaria seu corpo e sua alma. Que amaria o belo, que veria o dia com mais nitidez, a noite com mais brilho. E foi o que ela fez. Imaginou ser poeta, ser poeta, ser poeta.

Não existem provas de amor neste caso, mas Florbela sabe que seus gestos e seus carinhos são provas disso.Ela tenta cuidar dele com desvelo,mesmo de longe, mesmo sabendo que estar longe dele é a morte para ela. Ainda assim reza todos os dias, para o seu amor, para a sua saúde, e senti que com esse sentimento de cuidar é o único jeito de mostrar o seu amor incondicional.

Ela fala de muitas coisas para ele, por exemplo de como se cuidar, do amor, da vida, dos sentimentos de um homem e uma mulher.

Em um dia de muita tristeza, felizmente já longínquo, ela jogou coisas ao mar. E com certeza as ondas do mar suspiraram qualquer coisa de segredo. Segredos que jamais contaremos. Do vêm e vão. Das idas e dos retornos. Por isso regressaram ao amor.

Mesmo que a lassidão do mundo seja freqüente em vossas vidas. O que eles têm para o hoje é a renovação das energias, o brinde à alegria e o prazer de conviver ainda que distante com esse amor de amor.

Belaflor