"Grazzilês... - idioma, dialeto, ou, língua mesmo?".
Se bem me lembro eram, aproximadamente, uma hora e quarenta e cinco da manhã, quando a Grazille, impossibilitada de nascer de um parto normal em razão da pouca dilatação da bacia de sua mãe, Angela Gabriela, a um dezoito de setembro, nasce de parto à moda [Nerus Caesar]; isto é, cesáreo.
De fato, já em mil, novecentos e noventa e seis, portanto com quatro anos de idade, no Bairro Vital Brazil, em Niteroi, ensaiava o seu complicado graziellês...
Assim é que, certo dia, ouço:... - [Má vô quéio janjana!]... - não entendi. Que negócio é esse de janjana?
Ela repete:... - [Má vô quéio janjana!]... - Ufa, a tal janjana é laranja.
Algum tempo mais tarde... - [Ih,hoze tá fio, má vó dá mó cagacho!].É, parece chinês?
Não, chinês tem muito (in)...
Arigatô, tae-kuwendô... - será que é japonês?
[Má vó dá mó cagacho!]... - Que lingua será essa?
Caramba, não pode ser... - o cagacho é casaco!
[In, hoze tá frio, má vó me dá mó cagacho; e... - Ih, hoje está frio, minha vó me dá o meu casaco!].
Tempos depois, outra dose... - [Eh, fifô lidicadô poquê quebô o coto.].
Que será isso agora?
Japonês, será, Javanês, talvez, chinês, impossível... - já sei isso é Grazillês, e, só há um meio de entender. Elaborar o alfabeto, o dicionário, e, a gramática, e, tudo mais... - um dia depois; tudo pronto...
[Eh (e) fifô (pifou) o lidicadô (liquidificador) poquê (porque) quebô (quebrou) ô (o) coto (copo).
E, de novo, [Má vô, ma vó, tô falano fifô o lidicador poquês quebô o coto.
Meu avô, minha avó pifou o liquidificador porque quebrou o copo.
Não obstante, hoje dezesseis anos depois o Graziellês virou português, e, não é mais Graziellês.
Isso mesmo!