Promete ficar quietinho?
Ela não podia ir embora aquela noite, nem queria ir.
-mas você sabe, eu tenho medo de dormir sozinha.
-você tem medo?
-amor, sempre tive. Deita aqui comigo, antes das cinco quando sua mãe ainda estiver dormindo você passa para outra cama. Eu não quero que ela veja nos dois juntos.
(Com um sorriso arrebatador no rosto ela disse; -vou ficar sem jeito você sabe).
-mas a gente vai ficar quietinho, você entende não é?
-entendo claro!
Talvez tenhamos ficado uns quatro minutos serenos, foi uma eternidade.
Pensei em varias coisas que queria fazer naquela noite.
Coisas que poderia dizer. Bem eu não disse muita coisa.
E de repente...
Com leveza ela me olha, acaricia o meu rosto e me beija com seus lábios vermelhos e sedentos.
Não tinha como minhas mãos não deslizarem aquele corpo curvilíneo.
Apertar os seus quadris com ardor, beijar cada pedacinho de sua pele macia e perfumada.
Nos acariciamos sobre as luzes da cidade refletindo através janela, realçando nossos sorrisos luminosos aquela noite. À vontade de penetrar aquele corpo agradável cresceu com um arrepio apetitoso sobre meu ser.
E ela não sentiu mais medo.
Quando fomos dormir, já estava claro, estava cedo.