Praia do Indaia

Não passava das seis horas da tarde, o por do sol ganhava cena do espetáculo da natureza.

A brisa da praia mais ainda. O calor dava trégua,  enquanto a miragem do cenário mudava.

Sentei e prestigiei ao que pude. De quatro metros ou mais, uma barraca soltava a nostalgia do pop rock anos oitenta e noventa.

Pouco me importei se já estava dando a hora de subir a serra.

O barulho da onda se batia do norte para o sul, e a aglomeração dos pedestres pela praia do Indaia, pouco a pouco foi sumindo.

Mergulhei minha mente nas adrenalina daquele espectáculo, fui longe e audacioso. Compus até melodias e flagrei na inspiração de escrever contos e poemas.

Levantei minutos a mais e percorri na sensação de despedir daquela praia.  Queria a levar comigo, enfim não tinha como. Emboquei-a no meu coração e a levei o que pude.

Fiquei quase uma semana na nostalgia daquela praia.

Minha mente comprovou o quando a psicanálise sempre me alertou: passear e conhecer a natureza é um dos maiores remédios para o corpo e alma.

Peguei trânsito.  Senti tão anestesiado. Só fui perceber que o trânsito estaca lendo quando descobri que de toda extensão da rodovia Tamoios, noventa por cento eu fiquei só na abrangência de Paraibuna.

Caguei para isso. Apaixonei pelo cenário extenso da natureza por toda extensão da rodovia.

Dizem que o cachorro é o melhor amigo do homem. Ele que me desculpe,  a natureza também entra na disputa.

Onde já se viu, o homem sendo tão ingrato com a natureza,  ela ainda nos surpreende com tantas coisas boas, fora do oxigênio: o nosso combustível. 

Levei duas horas para subir a serra, mas a minha mente, levou semanas.

Dias que logo após encerrados, minha alma já pedia o retorno à praia.

Tinham cenas que me entristecia.  Como o homem é tão ingrato! O que custa se apropriar do próprio lixo acumulado?  Vamos fazer nossa parte, pois a natureza tem cuidado tão bem de nós!