Théo e o dia que tudo deu certo
Eu nunca vou esquecer aquele jogo. O campinho estava cheio de gente vibrando, gritando, e eu sabia que aquele era o meu momento. Eu estava pronto para brilhar.
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O primeiro gol veio rápido, e foi questão de esperteza. O time adversário estava embolado na área, todo mundo tentando afastar a bola, mas eu fiquei de olho. Assim que ela sobrou, dei um chute de canhota sem pensar duas vezes. A rede balançou, e o grito da torcida veio como um trovão. "GOOOOOOL DO THÉO!" Era só o começo.
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Logo depois, o Denis me lançou uma bola perfeita na ponta direita, só que o marcador estava em cima. Dei um toque rápido para tirar a marcação, mas a bola quase saiu. No limite, estiquei a perna e chutei. O goleiro ainda tentou defender, mas a bola bateu nele, voltou em mim, e entrou. Um gol meio bagunçado, mas foi meu. Quando olhei para a arquibancada, vi minha avó pulando e vibrando. A sensação era indescritível!
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O terceiro gol foi meu favorito. Denis e eu fizemos uma tabela daquelas que parecem coreografia. Passe para cá, passe para lá. Driblei o Davi, tirei da Isadora, e devolvi para o Denis. Ele me achou na ponta direita de novo, e aí eu sabia que só tinha uma chance. Ajeitei meu corpo, mirei no cantinho, e chutei de canhota com tudo. Foi tão perfeito que eu juro, o goleiro nem viu passar.
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E ainda teve o pênalti. Eu peguei a bola com confiança, respirei fundo, e olhei para o goleiro. Corri, chutei com força, e mandei no ângulo. Um chute indefensável.
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No finalzinho substituí o goleiro e o Matheus Alexandre resolveu testar minha habilidade. Ele chutou três vezes, e eu peguei as três. Cada defesa era como se eu tivesse marcado mais um gol. A cada defesa, eu ouvia os gritos de admiração: "Que defesaça, Théo!"
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Quando o jogo terminou, fiquei no centro do campo, ouvindo os comentários ao meu redor. Eles aplaudiam e diziam que eu tinha jogado muito bem!
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Então, foi assim... Entendo que cada dia é único, e nenhum é igual ao outro. Só espero que dias como este se tornem cada vez mais frequentes.
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[Contado pelo neto Théo, transformado em história pelo vô, com a vó Léa presente e garantindo que tudo aconteceu de verdade.]
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