A norma da empresa, e a separação.

Encontravam-se algumas vezes sem alongar conversa, era local de trabalho.

Tinham desconfiança de que a troca de olhar poderia fazer com que os superiores os questionassem ferindo o rígido regulamento da empresa.

Aquele local era para produzir para a empresa, não para flertes ou paqueras.

Ainda havia certas restrições não explicitas que naquela empresa não se permitia formação de casais.

Encontros acabaram ser inevitáveis pelos corredores ou mesmo na copa na hora do café.

Até no final de ano com a festa de confraternização da empresa, após algumas doses de bebida foram se sentar exatamente um ao lado do outro.

Conversa vem e vai, olhares se cruzaram e o inevitável aconteceu. Beijaram-se ardentemente.

Após alguns dias, ele foi chamado no RH para a demissão.

Ainda havia essa absurda restrição de formação de casal na empresa.

Ela continuou no trabalho da mesma forma com sua costumeira eficiência.

Ele sem opções, revoltado com o ocorrido, partiu para realizar o sonho americano, indo buscar novo caminho nos Estados Unidos, porém antes de partir ainda fez um convite para que ela o acompanhasse.

Ela com cautela por uma mudança tão brusca, acomodada, declinou da ideia de partir.

Após um tempo, ela acabou se casando com um personal e dele não mais soube notícias.

Hoje ela ainda fica algumas noites rolando na cama, com insônia imaginando se não deveria ter o acompanhado na aventura em outro país, onde atualmente estaria quem sabe em outra atividade recebendo seu salário em dólar...