A sobremesa da madruga
Acorda o silencio ensurdecedor e a escuridão domina o ambiente, de ponta de pé caminha até a cozinha sem acender nenhuma luz não quer chamar atenção de ninguém. Tateando, apoiando nos moveis conhece bem o lugar, escuta o barulho do motor da geladeira é pra lá que se dirige. Lentamente abre a porta a claridade da lâmpada em contraste com a escuridão do ambiente até o assusta, mas vai em frente. Numa travessa está lá o manjar de leite condensado com frutas avermelhadas típicas da época natalina parece que está hipnotizado. Agora bem mais perto do “pódio” e vai degustar a guloseima geladíssima, procura um talher na gaveta da pia procurando não fazer barulho. OK! Tudo está ocorrendo nos conforme, mas quando vai levar a colher na boca escuta alguém dizer: “Bonitão bem que eu sabia que os sumiços da geladeira não era as almas desencarnadas, e sim um gatuno da madrugada que dorme ao meu lado.