Educação e Consciência Ecológica

Era 02 de novembro de 2015 na porta do cemitério da cidade que moro, eu estava ali na calçada, observando os comerciantes de oportunidades que aproveitavam o dia de finados para vender seus produtos velas, flores, água mineral, refrigerantes, sorvetes, laranja, melancia, enfim todos aproveitando a oportunidade.

Mas o fato que me chamou atenção foi um Senhor de mais ou menos 53 anos que vendia água mineral e refrigerante, colocou próximo à sua barraquinha uma lixeira e do lado um saco plástico para coletar separadamente os recicláveis, num dado momento um “cidadão” aparentando uns 40 anos tira um cigarro do maço e por ser o último amassa o maço e joga no chão, na frente da barraca do vendedor, quase nos pés do mesmo, e eu ali observando.

O vendedor abaixou e recolheu a carteira de cigarro e jogou dentro da lixeira que estava a menos de dois metros, isso envergonhou a esposa do fumante que argumentou, que o marido tinha este mau hábito até mesmo dentro de casa e completou que se o mesmo estiver assistindo TV na sala chega a jogar tocos de cigarro e carteira vazia no chão da sala, percebi então que não era questão de conscientização e sim de educação.

Por mais alguns instantes permaneci ali e já estava desacreditando na índole do ser humano e próximo a mim tinha uma criança de mais ou menos sete anos, eu imaginava o reflexo daquelas atitudes na mente daquela criança, então perguntei a criança, se estava ali sozinha para puxar um assunto, ao que me respondeu que esperava sua mãe que estava dentro do cemitério, logo sai uma mulher vindo com outra criança um pouco maior e o chama, ao se aproximar do carro que estava ao meu lado a mãe chama aquele garoto e dá-lhe um dinheiro e diz:

- Filho compre uma água mineral pra mim e um refrigerante pra você e outro pro seu irmão, e o garoto diz para a mãe;

- Vou comprar na barraca do tiozinho ali porque ele coleta o lixo e separa para reciclagem.

Tomaram os refrigerantes e a água e o garoto foi até o saco de recicláveis e depositou ali os três vasilhames. Naquele momento eu percebi que ainda vale a pena acreditar no ser humano e na preservação ambiental.

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 16/11/2024
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